sexta-feira, 21 de março de 2025

Bélgica/Líder da diplomacia europeia saúda anúncio de Trump sobre defesa aérea

Bissau, 21 Mar 25 (ANG) - A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, saudou hoje o anúncio de Trump de ajuda à defesa aérea da Ucrânia como extremamente importante.

"Congratulo-me com o anúncio do Presidente [Donald] Trump de que os Estados Unidos estão a tentar encontrar defesas aéreas adicionais para a Ucrânia, isto é extremamente importante", afirmou Kaja Kallas em declarações à entrada para a reunião do Conselho Europeu.


A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, adiantou que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu a Trump sistemas de defesa antiaéria e que este "aceitou trabalhar com ele para ver o que está disponível, nomeadanente na Europa".


Leavitt acrescentou que os Estados Unidos irão manter "a partilha de informações militares para a defesa da Ucrânia".


As próximas conversações russo-americanas sobre o conflito na Ucrânia vão decorrer na Arábia Saudita no domingo ou no início da próxima semana, anunciou hoje o Kremlin (presidência russa).


"Pode não ser no domingo, estamos a tentar chegar a acordo sobre todas as 'nuances'. Também poderá ser no início da próxima semana", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

As negociações terão lugar "a nível de peritos", referiu, citado pela agência francesa AFP.


A Rússia ainda não deu o acordo ao plano norte-americano de tréguas de 30 dias, aceite por Kyiv sob pressão de Washington.


Por enquanto, o Presidente russo, Vladimir Putin, limitou-se a uma moratória recíproca de um mês sobre os ataques contra as infraestruturas energéticas.


A ajuda à Ucrânia e o plano para rearmar a Europa estão hoje na agenda dos trabalhos da cimeira, em que Portugal está representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

ANG/Inforpress/Lusa


Moçambique/Governo  garante que não há ordem para atirar com balas reais contra manifestantes

Bissau, 21 Mar 25(ANG) -O Ministro do Interior de Moçambique garantiu que não há orientações para que os agentes da polícia, nas suas mais diversas unidades, usem balas reais na sua actuação contra os manifestantes, referindo-se nomeadamente à morte por bala na passada terça-feira de um homem durante uma manifestação num dos subúrbios da capital.

Paulo Chachine considerou que os agentes da polícia actuam em estrito respeito da lei, mas considera que em casos de excessos, estão sujeitos a penalizações.

O baleamento mortal de manifestantes pela polícia tem estado a ocorrer em Moçambique e o caso mais recente foi o de um jovem na Casa Branca, na Matola, arredores de Maputo, na passada terça-feira. Ontem, o Ministro do Interior garantiu, contudo, que não há ordens nesse sentido.

“Não há ordens para uso de balas reais durante as manifestações. Quando é que foram usadas balas reais? A polícia age dentro daquilo que são os limites e dentro da lei, com os meios necessários naquele momento e para cada actuação”, assegurou o governante.

Paulo Chachine que falava em Maputo, garantiu que em casos comprovados de uso de balas reais, nenhum agente vai ficar impune.

“Em todo o momento e em todo o local em que há excessos, há sempre responsabilização dos agentes e cada acto, cada facto e cada momento é analisado casuisticamente e eu acredito que uma analise foi feita. Se houve excessos e se houve falha, medidas foram tomadas ou serão tomadas”, vincou o Ministro do Interior.

Por sua vez, falando hoje durante uma cerimónia em Maputo, o Presidente da República deixou um aviso aos manifestantes. Ao declarar que são conhecidos e estão “bem identificados os rostos envolvidos nas manifestações pós-eleitorais, Daniel Chapo pediu atenção ao “incitamento à violência através de plataformas digitais.

Recorde-se que segundo os últimos dados da plataforma de observação eleitoral Decide, ascende a 361 o número de cidadãos mortos por baleamento pela polícia, no âmbito das manifestações decorrentes da contestação dos resultados das eleições gerais de 9 de Outubro do ano passado. As autoridades moçambicanas que, por sua vez, confirmam pelo menos 80 óbitos, contabilizaram a destruição de 1.677 estabelecimentos comerciais, de 177 escolas e de 23 unidades sanitárias durante as manifestações. ANG/RFI

quinta-feira, 20 de março de 2025

Regiões/ Sindicato de Motoristas de Prábis aplica coima de 2.500 francos para táxi-moto superlotados

Prábis, 20 Mar 25(ANG) – O Sindicato de Motoristas do setor de  Prábis, região de Biombo, vai passar a aplicar   coima de 2.500 francos para infratores de táxi-moto, cada vez que transportam  mais de três passageiros.

Em declarações à ANG, Único Francisco Có, afirmou que a medida já entrou em vigor e que existe um documento que regulamenta a prática, que ainda contempla a não utilização de capacetes e excesso de velocidade.

Aquele responsável frisou que os fiscais já estão no terreno para monitorar o cumprimento dessa medida.

Único Có disse que, desde que assumiu a liderança da organização, o sindicato passou a organizar o funcionamento da  Paragem de Prábis, em colaboração com a administração local .

Acrescenta que estão a obrigar a todos os moto-taxistas o uso  de  coletes de identificação.

Confrontado pela ANG sobre as referidas medidas tomadas pelo Sindicato de  Motoristas, o Comandante da Polícia do Setor de Prábis, Jeremias Mendes Tavares disse que tomaram conhecimento sobre essas multas e que os membros do sindicato lhes informaram e pediram a colaboração para a materialização prática dessas medidas.  ANG/MN/JD/ÂC//SG


Regiões
/ Administrador do Setor de Prábis apoia reconstrução da escola na secção de Cumura  Papel

Prábis, 20 mar 25 (ANG) - O Administrador do Sector de Prabis, região de Biombo, Mamadu Turé  doou 20 sacos de cimento e 250 blocos para a  reconstrução da Escola de Ensino Básico de Bumine, seção de Cumura  Papel, sector de Prábis.

Em representação do diretor da escola, Mário Zico Pereira agradeceu o gesto do administrador.

Em nome dos Pais e Encarregados de Educação, da  seção de Cumura  Papel, Eusébio Clute agradeceu o administrador e disse que a reconstrução vai permitir  que os alunos matriculados na escola possam estudar e usufruir de uma infraestrutura digna.

Mamadu Turé prometeu acompanhar os trabalhos de reconstrução do referido estabelecimento de ensino básico até a sua rearbertura.

A referida escola com capacidade de duas salas de aulas alberga 272 alunos do nível do 1º ao 6º ano de escolaridade.

ANG/MN/LPG/ÂC//SG


 

Taxas de câmbio para quinta-feira, 20 de março de 2025

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Fonte:BCEAO

Sociedade/”Senegal pode ultrapassar Guiné-Bissau no número de falantes de língua portuguesa”, diz Dautarim

Bissau, 20 Mar 25 (ANG) - O sociólogo e antigo ministro da Educação guineense Dautarim da Costa receia que o Senegal venha a ter mais falantes de português que a Guiné-Bissau devido às deficiências do sistema educativo do país.

Para Dautarim da Costa, o perigo é que a Guiné-Bissau poderá “perder a própria soberania” por falta de quadros qualificados. O ministro exprimiu-se à margem da apresentação de um relatório elaborado pelo Banco Mundial sobre a análise do capital humano na Guiné-Bissau, através de indicadores e políticas públicas nos setores da saúde, educação e proteção social.

Aqui ao lado, no nosso país vizinho, Senegal, temos milhares de falantes do português que estudaram o português, que sabem escrever português, e que têm qualificações escolares, em princípio, mais consistentes do que aquelas que nós produzimos”, enfatizou o investigador em declarações à Agência Lusa.

O documento do Banco Mundial aponta que existem lacunas nesses três sectores e técnicos de diferentes ministérios do Governo guineense reconheceram ser necessário reforçar as políticas públicas nos mesmos.

Para Dautarim da Costa, que foi um dos animadores da sessão da apresentação do relatório, “mais do que tudo”, a Guiné-Bissau deve olhar para a formação de quadros como “prioridade número um”.ANG/RFI

 

Portugal/África Ocidental enfrenta aumento do uso de drogas sintéticas e desafios na fiscalização, alerta JIFE

Bissau, 20 Mar 25 (ANG) – A África Ocidental enfrenta desafios crescentes no combate ao tráfico e ao consumo de drogas sintéticas, revelou recentemente o Relatório Anual de 2024 da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE).

A apresentação em um ‘webinário’ do primeiro capítulo do relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE) 2024, pela primeira vez em língua portuguesa e em parceria com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), destacou a proliferação dessas substâncias e os riscos associados à saúde pública e à segurança na região.

“O uso indevido do tramadol [opioides] está a crescer na África Ocidental, Central e do Norte, devido às suas propriedades psicoativas, tornando-se uma preocupação fundamental para a saúde e segurança públicas”, realçou o relatório, alertando que a África Ocidental tem registado um aumento no uso não médico dessas substâncias sintéticas.

Além do uso de opioides sintéticos, a JIFE observou que o tráfico de estimulantes do tipo anfetamina para a África Ocidental tem vindo a aumentar de forma consistente, sustentando que “a demanda por metanfetamina já começa a superar a procura por outras drogas tradicionais, como cannabis, cocaína e heroína, em algumas partes da região”.

“O uso de kush continua sendo uma preocupação na África Ocidental. Kush é uma mistura de drogas que pode conter diversas substâncias psicoativas”, explicou.

Outro ponto crítico apontado pelo relatório é a dificuldade de fiscalização e combate ao tráfico, uma vez que as drogas sintéticas podem ser fabricadas com facilidade em pequenos laboratórios clandestinos, sem necessidade de vastas plantações ou complexos sistemas de produção e que os traficantes exploram falhas na regulamentação e utilizam rotas já estabelecidas para o tráfico de drogas convencionais.

A JIFE sublinhou ainda que, apesar das crescentes preocupações, muitos países da África Ocidental enfrentam limitações significativas na capacidade de resposta ao problema, já que “os recursos para tratamento de drogas e programas de reabilitação na região são limitados, o que pode levar a danos sérios e de longo prazo para as populações”.

Diante desse cenário, a JIFE recomendou que os governos da região implementem estratégias mais eficazes de monitoramento, fortalecimento da fiscalização e cooperação internacional para combater o tráfico e consumo de drogas sintéticas.

Também enfatizou a importância de aumentar o acesso a programas de prevenção e tratamento para reduzir o impacto dessas substâncias na sociedade.

A apresentação do relatório contou com a participação a representante da JIFE, Mariângela Simão, do secretário Executivo da CPLP, Zacarias da Costa, e de representantes dos Estados-membros da comunidade.

A CPLP é constituída por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

A JIFE é o órgão independente, estabelecida pela Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961, que promove e monitora o cumprimento do Governo com as convenções internacionais de controle de drogas, e os 13 membros da Junta são eleitos a título pessoal pelo Conselho Económico e Social da ONU para mandatos de cinco anos.

 ANG/Inforpress

 

     Irão/Ali Khamenei exige fim de ataques dos EUA contra hutis no Iémen

Bissau, 20 Mar 25 (ANG) - O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, condenou hoje os ataques norte-americanos contra os hutis no Iémen, apoiados por Teerão, e exigiu o fim da agressão contra os civis iemenitas.

Este ataque contra o povo do Iémen, contra os civis iemenitas, é também um crime que tem de acabar", afirmou Khamenei num vídeo publicado na sua página na internet.

Os Estados Unidos lançaram uma série de ataques aéreos no fim de semana contra várias cidades controladas pelos rebeldes xiitas hutis no norte e centro do Iémen e na capital, Sana.

Os ataques causaram cerca de 50 mortos, segundo os hutis.

Os bombardeamentos foram ordenados pelo Presidente Donald Trump para travar os ataques dos hutis contra o transporte marítimo e o comércio internacional no Mar Vermelho e no Mar Arábico.

Os rebeldes iemenitas anunciaram na semana passada que iriam retomar as operações militares contra navios israelitas ou ligados a Israel em apoio as grupo extremista palestiniano Hamas no conflito na Faixa de Gaza.

A diplomacia iraniana também se pronunciou hoje sobre os ataques norte-americanos no Iémen e israelitas em Gaza para criticar o silêncio do Conselho de Segurança da ONU e de outras organizações internacionais.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Esmaeil Baqaei, apelou ainda aos governos islâmicos para que tomem medidas decisivas para travar a agressão dos Estados Unidos e de Israel.

Exortou também a Organização de Cooperação Islâmica a dar prioridade a esta questão, segundo a agência oficial iraniana Irna.ANG/Lusa

 

Costa do Marfim/Especialistas da CEDEAO reúnem-se em Abidjan para combater pesca ilegal

Bissau, 20 Mar 25 (ANG) – Especialistas da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) estão reunidos desde o dia 18 na Costa do Marfim a discutir  a problemática da pesca ilícita, não declarada e não regulamentada (pesca INN) na região.

Intervindo na sessão de abertura dos trabalhos, o ministro ivoirense dos Recursos Animais e Pescas, Sidi Tiémoko Touré, sublinhou que a pesca INN leva à sobre-exploração dos stocks, ameaçando a biodiversidade marinha e os ecossistemas.

Recordou o impacto económico da pesca INN, privando os estados de receitas estimadas em “centenas de milhões de dólares e criando concorrência desleal para os pescadores legais”.

Por sua vez, o Comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança da CEDEAO, Abdoul Fataou Moussa, manifestou a esperança de que surjam “recomendações fortes” até ao final da sessão, agendada para 21 de Março.

Organizada pelo Departamento de Assuntos Políticos, Paz e Segurança da CEDEAO, esta reunião visa desenvolver uma estrutura de cooperação para a gestão sustentável dos recursos oceânicos e o crescimento económico inclusivo.

Esta reunião regional tem como objectivo estabelecer um quadro regional de cooperação com vista a melhorar a utilização sustentável e integrada dos recursos oceânicos na África Ocidental, estimulando um crescimento económico inclusivo através de um combate regional concertado e eficaz contra a pesca INN.

Cabo Verde está representado neste evento na pessoa da inspectora de pescas Nereida de Carvalho Delgado. ANG/Inforpress

 

Israel/ ONU confirma a morte de 5 funcionários e critica bombardeamentos

Bissau, 20 Mar 25 (ANG) - O chefe da agência da ONU para os refugiados palestinianos denunciou hoje a morte de cinco trabalhadores estrangeiros na sequência dos bombardeamentos de Israel contra Gaza desde terça-feira.


De acordo com Philippe Lazzarini, foi confirmada a morte dos cinco funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA) na sequência dos novos  bombardeamentos israelitas, aumentando para 284 o número de funcionários das Nações Unida mortos em Gaza desde o início da guerra, em 2023.

Segundo as Nações Unidas os funcionários mortos eram professores, médicos e enfermeiros. 

Através de um comunicado difundido nas redes sociais o responsável da agência das Nações Unidas disse também que bombardeamento aéreo e marítimo das forças israelitas continua hoje pelo terceiro dia consecutivo.

"Todos os dias, perante os nossos olhos, a população de Gaza revive vezes sem conta o pior pesadelo", criticou Lazzarini receando que Israel prepara uma nova invasão terrestre.

Neste sentido, o mesmo comunicado refere que militares israelitas foram destacados para o corredor de Netzarim - de onde tinha sido retirados em fevereiro -, e que Israel lançou hoje novos avisos à circulação na estrada de Saladino, a via que liga o norte ao sul de Gaza. 

As declarações de Lazzarini ocorreram um dia depois de o diretor executivo do Gabinete de Serviços para Projetos da ONU (UNOPS), o português Jorge Moreira da Silva, ter confirmado a morte de um trabalhador da agência num ataque a um prédio em Gaza.

O Exército israelita afirmou que vai investigar o que considerou incidente.

Israel retomou os bombardeamentos na Faixa de Gaza na terça-feira, deixando até agora mais de 430 mortos, incluindo mais de 180 crianças, e centenas de feridos, quebrando o cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro. ANG/Lusa

 

Nagorno-Karabakh/ Arménia pede ao Azerbaijão que assine acordo de paz

Bissau, 20 Mar 25 (ANG) - A Arménia instou hoje o Azerbaijão a assinar um acordo de paz, definido há uma semana, entre os dois países do Cáucaso, que travaram duas guerras por causa do enclave de Nagorno-Karabakh.


"Oesboço do acordo de paz entre a Arménia e o Azerbaijão foi acertado e aguarda assinatura", escreveu o primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, na plataforma de mensagens Telegram.

"Proponho ao presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, que inicie consultas sobre a assinatura do acordo de paz, cujo projeto foi aprovado" por ambas as partes, enfatizou.

Pachinian afirmou ainda que tinha instruído o Ministério da Defesa para impedir qualquer violação do cessar-fogo entre as partes, aludindo às recentes trocas de tiros relatadas por Baku na fronteira comum.

"A Arménia está a caminhar para a paz, não para a guerra", concluiu.

Os comentários do primeiro-ministro arménio surgiram depois de o Governo do Azerbaijão ter apelado ao fim dos disparos militares arménios contra posições azeris como "pré-requisito" para a assinatura do acordo de paz.

No entanto, as autoridades arménias negaram o incidente e consideraram as alegações como desinformação.

Em 13 de março, Azerbaijão e Arménia definiram um acordo de paz na sequência de negociações destinadas a pôr um fim a décadas de conflito entre os dois países rivais do Cáucaso.

Os dois países travaram duas guerras, uma vencida pela Arménia após a queda da URSS, no início da década de 1990, e a outra vencida pelo Azerbaijão, em 2020.

Ambos os conflitos foram travados pelo controlo da região de Nagorno-Karabakh, no Azerbaijão.

As forças do Azerbaijão reconquistaram finalmente toda a região aos separatistas arménios em setembro de 2023, após uma ofensiva militar relâmpago.

Arménios e azeris têm estado envolvidos numa série de confrontos transfronteiriços desde a sua independência da URSS, em 1991. 

A Rússia, a União Europeia (UE) e os Estados Unidos têm estado envolvidos em esforços de mediação em várias ocasiões.

As negociações bilaterais decorrem há vários anos e têm sido marcadas por períodos de progresso e de tensão.

Em janeiro, Nikol Pachinian anunciou progressos, mas sublinhou que dois artigos continuavam pendentes.

O chefe da diplomacia do Azerbaijão, por seu lado, garantiu que "a Arménia aceitou as propostas do Azerbaijão sobre os dois artigos do tratado de paz".

Segundo a mesma fonte, o Azerbaijão espera que a Arménia altere a sua Constituição, que faz referência à declaração de independência, um documento que menciona os pontos de vista de Erevan sobre Nagorno-Karabakh.

A Arménia já reconheceu a soberania do Azerbaijão sobre esta região montanhosa.

Na sequência da ofensiva azeri de setembro de 2023, Baku recuperou o controlo de Nagorno-Karabakh, forçando a fuga de quase toda a população de etnia arménia, cerca de 100 mil pessoas.ANG/Lusa

 

RegiõesPopulares da  Secção de Candjadja-Fula lamenta falta de infraestruturas escolares

Mansabá, 20 mar 25 (ANG) –  Os populares da Secção de Candjadja-Fula no sector de Mansabá, região de Oio, lamentam a falta de infraestruturas e instalações adequadas para funcionamento das aulas.

A preocupação foi manifestada , quarta-feira, em declarações ao correspondente regional da ANG, pelo representante da juventude local  Ussumane Candé.

Disse que a  escola construída pela população local  conta apenas com duas turmas, mas com falta de condições básicas para funcionamento, porque não dispõe de carteiras para alunos se sentarem.

Ussumane Candé acrescentou que o estabelecimento, com único professor, funciona em dois períodos, e que no  período de manhã  os alunos de 1ª e 2ª classes assistem aulas e no período da tarde recebe os alunos de 3ª e 4ª classes.

Disse que, são no total  cerca de 150 crianças, divididos por duas turmas, sendo que cada turma conta com 75 alunos de primeira a quarta classe.

Perante esta situação, o representante da juventude da secção de Candjadja Ussumane Candé  pede apoio do Governo para a construção de mais estabelecimentos que oferecem melhores condições para atividades escolares na áreas.

“Uma infraestrutura inadequada, além de prejudicar a qualidade do ensino diminui   o interesse dos alunos pelos estudos e aumenta a taxas de abandono escolar”, disse, acrescentando “é importante que o governo invista na construção de infraestruturas escolares, com  condições básicas para estimular os alunos e gerar o interesse pelo ensino e pela escola”.ANG/DA/LPG/ÂC//SG

Educação/PR recomenda maior empenho e dedicação aos 50 bolseiros de  Venezuela  

Bissau, 20 Mar 25 (ANG) - O Presidente da República (PR) recomendou, quarta-feira, maior empenho e dedicação aos 50 estudantes guineenses que beneficiaram de bolsas de estudo para Venezuela na área de medicina.

“A função dos médicos exige tamanha responsabilidade e sacrifício de modo a estar pronta para missão de salvar vidas", disse Umaro Sissoco Embaló, na cerimónia de  despedida dos referidos bolseiros que vão deixar o país no dia 22 de Março , rumo à Venezuela para uma formação que deve durar sete anos.

“O médicos juram salvar até seus inimigos. Por isso, têm grande responsabilidade, desejo-lhes boa sorte e recomendo maior empenho e  aproveitamento desta oportunidade de adquirir conhecimentos na área de medicina”, disse o Chede de Estado Guineense.

Sissoco Embaló considerou  de nobre a profissão da medicina, mas advertiu que exige sacrifício, muita atenção, dinâmica e força de vontade, tudo para garantir o bem-estar da população.

 “ Vocês devem se comportar bem na Venezuela. Não devem optar  pela escolha de fazer filhos ali  e muito menos desrespeitar as regras daquela nação ” aconselhou Embaló.

O representante  dos bolseiros, Daia Adilson Togna agradeceu o esforço do Presidente da República, do ministro da Educação Nacional e dos Pais e Encarregados de Educação pelo apoio prestado e que tornaram possível a ida a Venezuela .

Adilson Togna disse que, pelo que já sabem a vida na Venezuela não é fácil mas diz que estudar no estrangeiro é sempre um desafio, uma vez que vão deixar as suas  casas, suas famílias e amigos para trás.

Disse que  vão precisar do apoio, tanto dos pais, bem como dos governantes para que possam cumprir  o objetivo de formar para servir a Guiné-Bissau no futuro.

A porta-voz dos Pais e Encarregados de Educação, Titina Gomes Biagué pediu que mais bolsas sejam encontradas para tantos outros quadros de medicina de que o país necessita. ANG/AALS/ÂC//SG

quarta-feira, 19 de março de 2025

Sociedade/ Relator Especial da ONU afirma que 74 por cento dos guineenses consomem água não bebível

Bissau, 19 Mar 25(ANG) – O Relator Especial das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos Humanos , Água Potável Segura e  Saneamento  afirmou hoje  que 74 por cento dos guineenses consomem água não bebível.

Pedro Arrojo-Agudo que falava em conferência de imprensa, disse que a estatística oficial feita durante a sua visita de 10 à 19 deste mês, aponta que apenas 24 por cento da população guineense  tem acesso à serviços de água potável gerido de forma segura.

Afirmou que para além de grande esforço associado a recolha da água, o próprio líquido é muitas vezes inseguro, carecendo de cloração e desinfeção adequadas.

O especialista se alarmou com  o facto de não haver acesso a água potável nas instalações sanitárias, nas escolas,  e nos centros de detenção.

Arrojo-Agudo disse que é urgente que o país dê prioridade à água e ao saneamento, se quiser melhorar a vida da sua população, em particular das mulheres e das crianças.

O perito da ONU sublinhou que o país tem um tesouro nos seus aquíferos(formações geológicas
que pode armazenar água subterrânea) e deve fazer esforços consistentes para os preservar, particularmente, à luz dos riscos crescentes colocados pelas alterações climáticas.

Recomenda que  os aquíferos da Guiné-Bissau sejam estudados e mapeados, a fim de os proteger e optimizar as suas utilizações.

 “Apesar disso, a Guiné-Bissau registou progressos nos acordos transfronteiriços assinados para gestão sustentável das  bacias hidrográficas e do aquífero atlântico,” afirmou.

Pedro Arrojo-Agudo disse que 80 por cento da população se debate  com problemas de salinidade nas zonas costeiras e diz que é urgente resolver o problema dos aquíferos devido a subida do nível do mar.

 “Um caso extremo que testemunhei nas comunidades insulares de Djobel, que não têm água e necessitam, urgentemente, de uma reinstalação condigna”, frisou.

Pedro recomendou ao Governo a tomada de  medidas imediatas para garantir que todos os centros de saúde tenham um abastecimento de água fiável e que a mesma deve ser recolhida em tanques seguras, e ainda exortou a realização de campanhas de  sensibilização do público sobre a importância da cloração da água.ANG/JD/ÂC//SG

 

Cultura/Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense   e Governo promovem festival da francofonia

Bissau, 19 Mar 25 (ANG) – O Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense (CCFBG), vai promover o festival da francofonia 2025 entre os dias 20 e 29 do corrente mês  com a realização de várias atividades, nomeadamente,  culturais e gastronómicas.

Segundo um comunicado à imprensa enviado a redação da ANG, o evento internacional celebra a diversidade cultural e linguística dos países francófonos, promovendo intercâmbios através de espetáculos, oficinas, exibições cinematográficas, conferências e atividades pedagógicas nas escolas.

O evento conta com a colaboração das embaixadas de Cabo Verde, França, República da Guiné, Marrocos, Mauritânia e Senegal e com apoios dos  Ministérios guineenses da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica e  dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades.

 “A cerimónia incluirá uma apresentação especial da companhia de teatro senegalesa Djarama”, lê-se no comunicado segundo o qual haverá uma noite de  degustação de diferentes tipos de pratos.

O Festival da Francofonia 2025  decorrerá de 20 a 29 do mês en cursso,no CCFBG,  na praça Che Guevara (Retunda de Baiana), em Bissau.ANG/LLA/ÂC//SG