terça-feira, 15 de julho de 2025

Rússia/ Kremlin declara dissipabilidade de  voltar à mesa de negociações com a Ucrânia

Bissau, 15 Jul 25 (ANG) - O porta-voz do Kremlin anunciou esta terça-feira, que Moscovo está disposto a voltar à mesa de negociações com a Ucrânia, sublinhado que precisa de tempo para responder às declarações "sérias" de Donald Trump, que deu 50 dias à Rússia para a acabar com a guerra.

O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, explicou que Moscovo precisa de tempo para analisar e responder o que classificou de declarações "sérias" de Donald Trump.

Dmitry Peskov reiterou a ideia de que do lado russo há disponibilidade para negociar e acusa os ucranianos de não estarem na mesma pauta, aproveitando as declarações de americanos, europeus e países da NATO para manterem a guerra acesa.

Ontem, o Presidente norte-americano mostrou-se desiludido com a falta de progresso nas negociações entre Rússia e Ucrânia, dando 50 dias aos russos para que se chegue a um acordo, ameaçando Moscovo e os seus aliados com pesadas tarifas comerciais.

No ano passado, os principais parceiros comerciais da Rússia foram a China, responsável por cerca de 34% do comércio total, bem como, em menor escala, a Índia, a Turquia e a Bielorrússia. Pequim denunciou na terça-feira “coerção que não leva a lugar nenhum”.

Horas depois, em entrevista à BBC, Donald Trump admitiu que não desistiu de procurar um acordo com Moscovo para pôr fim à guerra na Ucrânia. Nesta segunda-feira, Donald Trump revelou que vai enviar mísseis de defesa aérea Patriot para a Ucrânia. ANG/RFI

 

Ambiente /  Ministro diz que inscrição das ilhas dos  Bijagós na lista de Património Natural Mundial da UNESCO é um desafio para país

Bissau, 15 Jul 25 (ANG) – O Ministro do Ambiente, da Biodiversidade e da Ação Climática da Guiné-Bissau, disse que a classificação, no domingo, pela UNESCO, em Paris, do Arquipélago de Bijagós como Património Mundial Natural é um desafio para o país.

Viriato Cassamá  falava hoje no aeroporto intencional Osvaldo Vieira, após regressar de Paris, onde participou na  47ª reunião do Comité do Património Mundial da UNESCO, na qual foi  anunciada a inclusão do Arquipélagos de Bijagós, na lista de Património Natural Mundial.

Defendeu a rigorosidade na gestão e exploração dos recursos naturais do Arquipélago dos Bijagós, porque, segundo o ministro do Ambiente, a partir de agora a gestão das ilhas será partilhada.

Para garantir a conservação do arquipélago, disse que vai ser preciso trabalhar de mãos dadas, sobretudo com alguns ministérios, nomeadamente o Ministério dos Recurso Naturais,  da Administração do Território e Poder Local e das Pescas para garantir uma exploração dos recursos com base em critérios internacionalmente aceites.

“No ano que vem uma missão do Comité do Património Mundial da UNESCO estará no país para uma avaliação daquilo que apresentamos na candidatura”, disse Cassamá.

Enalteceu a magistratura de influência exercida pelo Presidente da República, sobretudo pelo convite que fez a Diretora-geral da UNESCO  para vir ao país e visitar o Arquipélago para constatar as potencialidades naturais da Guiné-Bissau.

Ao referir-se ao falhanço da candidatura da Guiné-Bissau em 2013,  Cassamá afirmou que desta vez  a candidatura foi “muito bem preparada”.

“Em 2013  o país apresentou uma candidatura que, infelizmente, não passou, por causa de algumas falhas. Foram feitas várias recomendações por parte do Comité do Património Mundial e nós durante os últimos anos, trabalhámos para cumprir com todos os pressupostos elencados na altura pelo Comité e conseguimos cumprir com todos esses pressupostos, razão pela qual reapresentámos a candidatura do Arquipélago de Bijagós ao sítio de Património Natural da UNESCO", sublinhou informou.

Viriato Cassamá referiu  que  a elevação do Arquipélago de  Bijagós ao Património Natural Mundial da UNESCO é resultado de  trabalhos de um conjunto de personalidades, mas destacou os nomes de  Guilherme da Costa,( quadro sénior do Ministério do Ambiente) Alfredo Simões da Silva(Ex diretor do IBAP) e Dauda Sow. ANG/LPG//SG

 CPLP/ Diretora-geral da Cooperação Internacional, Maria Pinto Cardoso assume  coordenação dos Pontos Focais da Comunidade

Bissau, 15 jul 25 (ANG) – A Diretora-Geral da Cooperação Internacional da Guiné-Bissau assumiu a Coordenação dos Pontos Focais da Cooperação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Maria Pinto Cardoso  assumiu o cargo no  final da 50ª reunião dos pontos Focais  da comunidade, que decorreu entre segunda e terça-feira, em Bissau, no âmbito da XV Cimeira de Chefes de Estado e Governo da CPLP.

No  discurso de encerramento defendeu o fortalecimento das ações ligadas a educação, cultura, saúde e igualdade de género entre tantos outros, e diz que   será uma prova da força da CPLP , enquanto  instrumento de transformação positiva das  sociedades nos nove países membros.

Maria Cardoso agradeceu a confiança depositada na sua pessoa para assumir a função de coordenação dos Pontos Focais da Cooperação da CPLP, no contexto da Presidência rotativa da Guiné-Bissau. um país, que  reafirma o seu papel ativo na consolidação da  comunidade.

“Esta 50ª reunião além de simbolizar um marco histórico no percurso da nossa colaboração, reafirma também a vitalidade do trabalho técnico e estratégico que os pontos focias tem desenvolvido com grande dedicação”, enalteceu Maria Cardoso.

A nova coordenadora de Pontos Focais de Cooperação da CPLP reafirmou o compromisso de salvaguarda dos valores que  unem os membros da comunidade , a língua portuguesa ,o diálogo como ferramenta diplomática e a cooperação para o desenvolvimento.

Disse que as discussões que se encerram foram ricas, pertinentes e demonstraram, mais uma vez, o quanto é possivel avançar juntos, respeitando a diversidade  que  careteriza e valoriza a experiência de cada Estado.

A diretora geral da Cooperação Internacional da Guiné-Bissau agradeceu em nome da Presidência da Guiné-Bissau à todos os que contribuiram para o sucesso da reunião e aos pontos focais pelo rigor e pela franquesa na suas opiniões. E ainda ao Secretariado Executivo da CPLP  pelo contínuo apoio, tido como  essencial para a articulação  das  deliberações.

Segundo Maria Pinto Cardodos,  os compromisso assumidos  nesta reunião, reafirmaram o empenho em promover uma CPLP mais próxima dos cidadãos e mais dinâmica nas suas iniciativas e mais  relevante no cenário internacional.

“Contem comigo para trabalhar de forma colaborativa, escutando e promovendo ações que contribuam para uma CPLP cada vez mais coesa, resiliente e promotora do desenvolvimento sustentavel”, declarou.

Disse esperar  a  50ª  reunião seja lembrada,  não apenas como um marco númerico, mas como um verdadeiro ponto de viragem para uma nova etapa de cooperação  mais ousada, mais eficaz e sobretudo  mais humana.

O Coordenador do Programa da CPLP Philip Baverstoock agradeceu a colaboração de todos pelo andamento dos trabalhos e a vontade que expressaram, que permitiu uma interação mais proxima sobre como  melhorar a cooperação ao nivel da CPLP.

ANG/LPG//SG

 

Regiões/Chefe de tabancas de Farim preocupado com má condições de estrada  daquela zona Norte do país  

Farim, 15 Jul 25 (ANG)- O Chefe de tabancas do Setor de Farim, Lassana Baio agradece ao Presidente da República Umaro Sissoco Embaló pelo cumprimento da promessa de oferta de camas e máquina de lavoura feita em maio passado.


Em declarações ao Correspondente da ANG na Região, Baio disse que chegaram ao sector em cumprimento dessa  promessa 20 camas e uma máquina para a lavoura.

Mudando de assunto, Lassana Baio lamenta as mãs condições em que se encontram a estrada que liga Farim à Cuntima.

 “Para esta zona faltam meios de transporte para atender as necessidades de deslocação das populações   à diferentes localedades. Lamentavelmente esta situação tem que ver com o estado degradante da estrada que liga Farim à Cuntima”, disse.

Apelou  as autoridades regionais e Central para se empenharem mais no processo  de desenvolvimento das diferentes regiões da Guiné-Bissau, devido ao estado da degradação progressiva em que encontram em vários domínios.

Baio aproveitou a ocasião para exortar aos criadores de gado o cumprimento do acordo assinado com os agricultores, relativamente aos  cuidados com os animais para que não danifiquem as culturas. ANG/AD/AALS//SG

                       Cultura/CPLP Lança  3ª edição PAV  dia 1 de Agosto  

Bissau, 15 Jul 25 (ANG) – A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) anuncia o lançamento oficial da 3ª edição do Programa CPLP Audiovisual (PAV III) no próximo dia 1 de Agosto , com várias  eventos programados nas nove capitais dos Estados-Membros da comunidade.

A informação consta na página Oficial do Facebook da CPLP, visitada hoje pela ANG.

A mesma publicação indica que o objetivo central do PAV III é implantar uma política compartilhada de   desenvolvimento do setor audiovisual nos Países de Língua Portuguesa, através da realização de programas de fomento à produção e a teledifusão de documentários e obras de ficção.

O PAV III conta com investimentos aportados por Angola, Brasil e Portugal, sendo coordenado pelo Secretariado Executivo da CPLP, através de uma Unidade Técnica implantada pelo  Instituto de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros (ICAB) para o gerenciamento executivo do programa nos nove países participantes da Rede CPLP Audiovisual. 

A organização acrescenta que o PAV III 2025 - promoverá a realização de Convocatórias Nacionais de seleção de projetos de documentários e obras de ficção em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. O lançamento das Convocatórias Nacionais será no dia 01/08/2025, simultaneamente, em todas as capitais dos Estados-Membros da CPLP.

 O PAV 2025  desenvolve vários eixos de  trabalho, nomeadamente a realização de um amplo conjunto de ações de formação e capacitação, seja em dinâmicas implementadas em cada Polo Nacional participante, seja em dinâmicas unificadas, envolvendo participantes do conjunto dos Polos Nacionais, ora em regime presencial, ora em atividades online.

 Serão realizadas oficinas voltadas à formação em gestão , desenvolvimento de projetos, técnicas de fotografia e captação de som, montagem, curadoria de programação e planejamento de difusão. 

A composição do Painel Audiovisual da CPLP promoverá o impulso na cooperação setorial entre os Estados-Membros e com os parceiros internacionais, além de localizar áreas estratégicas para a formulação de novas políticas públicas para o audiovisual nos contextos nacionais e multilaterais.

Pesquisa e Publicação relativa ao mapeamento dos setores audiovisuais dos Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

O Processo de diagnóstico da cadeia produtiva dos setores audiovisuais dos países da Rede CPLP AV com levantamento dos agentes atuantes no setor,os  indicadores de infraestrutura, volume de produção, expressão econômica, estruturas de governança e marcos regulatórios em cada cenário nacional.

O Programa de Intercâmbio e compartilhamento de conteúdos entre as emissoras públicas de televisão dos Estados-Membros da CPLP, voltado ao licenciamento e teledifusão de documentários produzidos e selecionados na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. 

Cada país participante da Rede CPLP AV selecionará um documentário nacional para licenciamento de exibição, compondo uma série de 09 obras, cuja temática apresentará uma visão contemporânea das realidades nacionais e da diversidade cultural do mundo da língua portuguesa. 

As obras comporão uma faixa de programação a ser exibida, em período simultâneo, nas emissoras públicas da REDE CPLP. ANG/JD//SG

segunda-feira, 14 de julho de 2025

        Rússia/Escritor Boris Akunin condenado a 14 anos de prisão 

Bissau, 14 Jul 25 (ANG) –O tribunal do Segundo Distrito Militar Ocidental proferiu a sentença contra o autor, de 69 anos, especificando que a condenação também se deve por o escritor se recusar a cumprir os deveres como agente estrangeiro, uma lista na qual foi incluído em 2023.

Akunin, exilado há mais de uma década, é acusado de justificar o terrorismo, de contribuir para atividades terroristas e de se recusar a cumprir os deveres como agente estrangeiro, uma lista em que foi colocado em 2023.

O escritor, que desde 2014 se tem mostrado muito crítico em relação à guerra na Ucrânia, terá de cumprir a pena numa prisão de segurança máxima, explicou o procurador durante a audiência no tribunal do Segundo Distrito Militar Ocidental.

No início do ano passado, já tinha sido declarado procurado por defender ações terroristas e divulgar informações falsas sobre as forças armadas russas.

Em 2000, Akunin (pseudónimo de Grigori Chjartishvili) foi declarado "escritor russo do ano" e recebeu numerosos prémios fora da Rússia, foi incluído numa lista de "extremistas e terroristas" em 2023.

O escritor ganhou fama com uma série de romances ambientados na segunda metade do século XIX e no início do século XX, em que Erast Fandorin, um detetive, se tornou uma personagem cativante para os leitores.

Na véspera do início da guerra da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, Akunin deu uma entrevista à agência de notícias EFE na qual acusou o Presidente russo, Vladimir Putin, de ser "um ditador" com ambições pós-imperialistas e de ter levado o país a um estado de "semi-desintegração".

Moscovo considera a Ucrânia e as outras antigas repúblicas soviéticas parte da sua "zona de influência" e não quer que esta diminua. Toda a crise ucraniana, desde a tomada da Crimeia até ao financiamento da revolta no Donbass, é um castigo para a Ucrânia porque, em 2014, o novo governo decidiu virar-se do Leste para o Oeste", afirmou, na altura, o autor.

Akunin descreveu Putin como "um político do século XX", quando se pensava que "quanto mais território um país tem e quanto mais temido é no mundo, mais poderoso é".

Apesar de considerar que "ainda tem um longo caminho a percorrer para ser como [Josef] Estaline", Akunin disse acreditar que Putin está a seguir o caminho do ditador: "eliminar a divisão de poderes, privar as regiões de toda a autonomia, colocar-se à margem de qualquer crítica, destruir a independência judicial".ANG/Lusa

 

        Ucrânia/ Estados Unidos confirmam entrega de mísseis Patriot

Bissau, 14 Jul 25 (ANG) – O enviado americano, Keith Kellog, chegou nesta segunda-feira ao país, escassas horas após o presidente Donald Trump ter confirmado que forneceria à defesa ucraniana mísseis Patriot. 

A Ucrânia pede mais meios de defesa para fazer face aos ataques massivos da Rússia, protagonizados por mísseis e drones.

Donald Trump admitiu no domingo que os ucranianos precisavam, mesmo, de mísseis Patriot, admitindo que o seu homólogo russo muitas vezes diz uma coisa, mas faz outra.

Será, porém, a União Europeia, a assumir os custos destes mísseis enviados pelos Estados Unidos, a Alemanha, nomeadamente, prontificou-se em pagar a operação.

De realçar que o presidente americano deve também avistar-se ainda esta semana com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, para abordar um leque de assuntos, incluindo a Ucrânia.

Entretanto a visita de Keith Kellog, emissário americano, que hoje começou deve ser o momento de passar em revista as questões mais prementes para a Ucrânia em termos de segurança.ANG/RFI

 Moçambique/ Assembleia parlamentar da CPLP inicia trabalhos da 14ª reunião

Bissau, 14 Jul 25 (ANG) - Arrancou nesta segunda-feira,  em Maputo, a 14ª reunião ordinária da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, com Moçambique a assumir a presidência rotativa da AP-CPLP.

Durante os próximos dois dias, os Estados membros vão debater questões relacionadas com a paz, democracia e boa governação. 

Moçambique vai assumir a presidência rotativa da AP-CPLP na 14.ª reunião que decorre, nos próximos dois dias, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo, sucedendo à Guiné Equatorial, num mandato de dois anos, focado na paz e inclusão.

O chefe do grupo nacional junto à Assembleia Parlamentar da CPLP, Feliz Sílvia, referiu que as questões da paz, democracia e boa governação vão marcar a ordem dos trabalhos dos responsáveis políticos, sublinhado, porém que a Guiné-Bissau não estará presente na reunião.

"O principal tema a ser debatido dentro desta sessão tem a ver com a promoção da paz, democracia e boa governação. Com a excepção de Guiné-Bissau que antes havia confirmado a sua presença todos os países já confirmaram as presenças”, explicou.

Todavia, a antiga chefe da diplomacia guineense, Rute Monteiro, contactou a RFI para informar que a Guiné-Bissau se faz representar, virtualmente, nesta reunião pelo presidente da Assembleia, Domingos Simões Pereira, ela própria e outros dois deputados.

Recorde-se que o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o Parlamento do país em Dezembro de 2023, antes de passados os 12 meses, fixados pela Constituição, das eleições legislativas ganhas pela Plataforma Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka), liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

A presidência cessante da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), liderada pela Guiné Equatorial, aproveitou a ocasião para pedir a aplicação do acordo de mobilidade entre lusófonos, reconhecendo as actuais dificuldades.

O acordo de mobilidade dentro da CPLP foi assinado em 17 de Julho de 2021, na capital angolana, pelos chefes de Estado e de Governo da comunidade, mas só alguns países avançaram com a sua aplicação.

 O chefe de Estado de Moçambique, Daniel Chapo, falou da necessidade de se aprofundar o diálogo para a construção de uma cidadania intercomunitária que promova a mobilidade dos cidadãos”, acrescentando ainda que tudo fará para promover “o intercâmbio do conhecimento com vista a desenvolvimento sustentável e equitativo dos nossos países e povos”.

A 14a reunião ordinária da Assembleia parlamentar da CPLP decorre por dois dias na capital moçambicana. Fundada em 1996, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa integra nove países – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.ANG/RFI

 

    França/UNESCO: Arquipélago dos Bijagós já é Património Mundial Natural

Bissau, 14 Jul 25 (ANG) - O arquipélago dos Bijagós, na Guiné-Bissau, foi classificado no domingo pela UNESCO, em Paris, como Património mundial natural.

Não era a primeira candidatura destas ilhas, que já são também Reserva da Biosfera. Viriato Cassamá, Ministro do Ambiente, da Biodiversidade Ação Climática, festejou com a sua delegação na capital francesa. O Insituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas  também celebrou o evento na noite de domingo, na capital guineense.

O Comité do Património Mundial da UNESCO está reunido até dia 16 em Paris, na sede da organização.

Foi neste contexto que o Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura anunciou no domingo ter validado este segundo pedido da Guiné-Bissau para que as Ilhas Bijagós ficassem doravante com o estatuto de Património Natural Mundial.

O arquipélago de 88 ilhas é habitado por 33 000 pessoas e possuía desde 1996 o estatuto de Reserva da Biosfera.

Estas ilhas têm três parques naturais, nas ilhas de Orango, em João Vieira e Poilão e nas ilhas Urok.

Uma área natural onde nidificam tartarugas, vivem hipópotamos e se alimentam aves migratórias, provenientes do norte da Europa.

O Ministro do Ambiente, Viriato Cassamá, contou à RFI, o que foi feito para que, desta feita, se alcançasse, mesmo, este prestigioso estatuto para as Ilhas Bijagós, após o chumbo de uma primeira candidatura há mais de uma década.

“Houve várias recomendações por parte do Comité do Património Mundial e nós, ao longo desses últimos anos, trabalhámos arduamente a fim de podermos cumprir com todos os pressupostos elencados na altura pelo Comité e, felizmente, conseguimos cumprir com todos esses pressupostos. A razão pela qual reapresentámos a candidatura do arquipélago dos Bijagós ao sítio de Património Natural da UNESCO.

Estamos a celebrar porque é um acontecimento que todo o povo e amigos da Guiné-Bissau tem acompanhado nestes últimos meses e, felizmente hoje, pela reacção de todo o pessoal, nota-se que todo o mundo está contente porque trata-se de um desígnio nacional, um património mundial natural no nosso país é muito importante. De mais a mais, é o primeiro que nós temos ao nível da Guiné-Bissau. Está todo o mundo contente. Estamos a festejar não só aqui em Paris, como também em Bissau, na sede do Instituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas. Hoje, às 19h de Bissau, iremos celebrar, mas quando regressarmos vamos ter que celebrar em força esta acontecimento”, disse o governante.

Mas qual será, de facto, a grande diferença entre a Reserva da Biosfera que já era? Este arquipélago guineense  agora chegar a este patamar. Prevêem-se grandes mudanças ?

“A Reserva da Biosfera é uma classificação que não chega ao patamar do Património natural mundial. Com certeza... nós estamos muito contentes porque a partir de agora, a Guiné-Bissau irá figurar no mapa do mundo no que toca à conservação da biodiversidade e do ambiente no seu todo, não é?”, disse Cassamá.

Mas não é uma faca de dois gumes ? Ou seja, mais visibilidade, maior notoriedade, talvez mais turismo, mais visitantes, maior pressão demográfica. E, de facto, o ambiente destas 88 ilhas é extremamente frágil, vulnerável, há muitas insuficiências a nível de infra-estruturas sanitárias e tantas outras.

Como é que vai ser gerir isto? E em que medida é que, de facto, o que é o "Tesouro" da Guiné-Bissau, em relação a esta área natural, pode ser mesmo preservada sem um afluxo que possa vir a colocar em causa este "tesouro"?

“Sem sombra de dúvida. Por isso é que há o princípio do desenvolvimento sustentável nós temos que saber equilibrar o desenvolvimento económico, cultural e ambiental, não é?

E é nesta base que se propôs a candidatura. Nós temos a plena consciência dos possíveis perigos, mas vamos trabalhar nisso porque agora a classificação passou, não é?

Mas vamos ter que trabalhar nisso. Vamos ter que ter um plano de acção. Como é que vamos gerir isto tudo? Porque nós temos uma política da sustentabilidade no país e vamos promover muito mais o turismo sustentável, porque esta passagem para o Património Mundial natural da UNESCO tem uma importância não só estratégica como também ecológica, cultural e socio-económica. Não é pelas seguintes razões que eu posso elencar aqui. O reconhecimento internacional do valor excepcional do património natural da Guiné-Bissau vai, com certeza, em termos de biodiversidade e conservação ambiental, como eu disse, colocar a Guiné-Bissau no mapa global da excelência Ambiental.

Também representa o reconhecimento oficial da comunidade internacional do valor universal que o arquipélago tem, particularmente pelas suas zonas húmidas, ecossistemas costeiros, florestas, mangais, praias onde se edificam as tartarugas marinhas e as zonas de alimentação de muitas aves migratórias que saem mesmo dos países nórdicos da Europa.

E como segundo ponto, nós apontámos muito o reforço da protecção e da conservação ambiental que irá permitir, com certeza, fortalecer os mecanismos de gestão e de conservação dos ecossistemas sensíveis através de parcerias técnicas e financeiras com algumas instituições internacionais.

Também iremos atrair muitos investimentos para protecção da biodiversidade. Neste caso, a protecção das espécies emblemáticas como o manatim africano, que estão em vias de extinção, as tartarugas marinhas, os hipopótamos e algumas aves migratórias.

Também temos que promover o "saber fazer" tradicional, porque o que temos nos Bijagós é graças ao "saber fazer" tradicional das comunidades ancestrais e tem posto em prática e passar este conhecimento para as novas gerações, não é? Por isso é que temos todo esse manancial de biodiversidade no arquipélago dos Bijagós. E temos que continuar e valorizar o saber fazer tradicional, preservar a identidade cultural única dos Bijagós. Nós pensamos que essa nossa política irá continuar. Irá ser o apanágio de toda a nossa acção. A sua inscrição também trará, com certeza, as oportunidades do desenvolvimento sustentável”, disse.

E o isolamento relativo em termos de acesso às comunicações aleatórias não podem ser um calcanhar de Aquiles para implementar muitas destas políticas ?

“Sem sombra de dúvida. Por isso é que existe um fundo do Comité do Património Mundial. É este fundo. Ainda tive reuniões paralelas antes de ontem. Fundo do Comité do Património Mundial está disposto para acompanhar a Guiné-Bissau. O arquipélago existe. Já há turismo na zona, independentemente de ser o Património natural mundial da UNESCO. Como disse e bem, já era Reserva da Biosfera. E, mas nós temos estado a equilibrar o turismo com a preservação da biodiversidade”.

Portanto, não será só Bubaque. João Vieira Outras ilhas poderão vir a ser apostas deste turismo tão ligado para o meio ambiente ?

“Sem sombra de dúvidas, sim, sim”.disse Viriata Cassamá. ANG/RFI

 

Segurança Alimentar na CPLP/ “Não se pode combater a fome dependendo de importações”, diz Secretário do Conselho Nacional de Segurança Alimentar da Guiné-Bissau

Bissau,14 Jul 25 (ANG) – O Secretário do Conselho Nacional de Segurança Alimentar da Guiné-Bissau disse hoje que não se pode combater a fome dependendo do mercado dos terceiros para fazer as importações.

Samba Baldé  falava  na abertura da V Reunião Ordinária do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP, sob o lema “Soberania Alimentar e o Direito Humano à Alimentação Adequada: Bases para uma Justiça Social e Sistemas Alimentares Sustentáveis na CPLP”, que decorre de 14 a 15 de Julho, em Bissau, no âmbito da XV Cimeira dos Chefe de Estado e de Governo da organização.

Durante  dois dias os representantes dos Estados-membros vão analisar os avanços da implementação das estratégia de segurança Alimentar da CPLP, Mecanismos de  facilitação da participação da Sociedade Civil, das Universidades e  dos Parlamentares.

Para o efeito, Samba Baldé disse que é preciso lançar as ações  com vista a  materialização  do objectivo de se alcançar a segurança alimentar, com reformulação das politicas agroalimentares e estabelecer estratégias de combate à fome.

Referindo se ao Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Baldé disse que a instituição  tornou- se impotente de alguns anos para cá, perante os desafios inerentes a sua área de intervenção, porque nunca foi lhe alocado verbas para seu funcionamento .

“O mais triste até hoje, é que funciona com base das quotas provenientes dos bolsos dos funcionários que dão de graça, para realização dos trabalhos extras, para garantir as suas sobrevivências”, acrescentou Samba Baldé.

Revelou que    número de pessoas em situação de insegurança alimentar na Guiné-Bissau aumentou nos últimos 12 anos em 24 por cento.

 “De  Junho à Agosto deste ano, estima-se que  número de pessoas em situação de insegurança alimentar ascenda um pouco mais de 140 mil ”, afirmou.

A situação de segurança alimentar está intimamente associada à instabilidades e conflitos de interesses políticos e geoeconómicas, à ideologia  de politica de importação de alimentos que tem sido um grande obstáculo na autonomia alimentar.

Samba Baldé defende que é hora  de fazer estudos comparados no espaço da CPLP , por forma a remover alguns obstáculos, e aponta  a obrigatoriedade de pedido de  vistos de entrada em alguns países para os técnicos em  missões de serviço como alguns desses obstáculos.

O Secretário do Conselho Nacional de Segurança Alimentar de São Tomé e Príncipe,  Célsio Garrido disse que o Conselho de Segurança Alimentar da CPLP trabalhou junto dos países membros  com as organizações das sociedade civil para ter  políticas no âmbito da segurança alimentar e nutricional nos estados membros, de forma mais coordenada e coerente, o que permitiu trilhar caminhos que galvanizaram  ações  do conselho durante estes anos.

À título de exemplo, no caso de São Tomé e Príncipe, revelou que  conseguiram criar um conselho nacional, após o qual se estabeleceu políticas coerentes, que fortaleceram as ações ligadas ao programa nacional de alimentação escolar, programas de nutrição e agricultura familiar.

Garrido  defendeu que cada um deve fazer  advocacia  forte e segura para que o Conselho da CPLP não morre e que os conselhos nacionais de cada um dos países membros se fortaleçam  e  possam ter  política públicas que ajudem as populações.

ANG/LPG//SG

Regiões/ AAFASS pede CMB  tratamento adequado de lixos no vazadouro de Safim

Safim, 14 Jul 25 (ANG) –O Presidente da  Associação Académica dos filhos e Amigos de setor de Safim (AAFASS) pediu,  domingo, à Câmara Municipal de Bissau(CMB), tratamento adequado de lixos no vazadouro de Safim.

Mário Clanqui Indi,que falava em conferência de imprensa, em jeito de reação ao tratamento do lixo feito pelos funcionários da Câmara Municipal de Bissau, disse que o fumo de lixos queimados no vazadouro causa intoxicação aos moradores, e que  quando  chove a água contamina o  rio onde as pessoas fazem a pesca.

Disse que atualmente não se consegue comer com tranquilidade  em Safim, por causa das moscas, por isso renova o pedido para a CMB melhorar a situação, que deve passar pela  mudança do vazadouro para outro sítio.

“ Não é aconselhável tirar lixos de Bissau para Safim uma vez que a capital tem a sua câmara e o setor também tem a sua.Já que os lixos são transportados para aqui exigimos que criem condições para sua deposição,” disse Indi.

O Presidente da AAFASS acusou a CMB de fazer cobranças nas feiras de bairo de Cupul que faz parte do setor de Safim, região de Biombo,o que diz, “não pode ser”.

Lamentou a situação da esquadra local, que diz que está sem murro de vedação, e que, para além da degradação do edifício, não tem carro… só motorizadas.

Em relação ao ensino no sector, referiu que da escola Ensino Básico Unificado de Safim foi demolido no período da construção de auto estrada que liga aeroporto à Safim, mas que o Ministério das Obras Públicas não fez indemnização para que seja reconstruída.

Disse que esta situação  está a causar transtorno às  crianças que têm que estudar num espaço improvisado e que está superlotado.

Quanto ao centro de saúde de Safim, o presidente da AAFASS disse que enfrenta muitas dificuldades, em termos de recursos humanos, que não correspondem com a população residente.

 “O serviço da  na maternidade dispõe apenas de uma cama e  o espaço para a consulta dos utentes é muito pequeno, precisa ser  ampilhado e equipado”, disse.ANG/MN/JD//SG.

 França/Celebração de  14 de Julho em estado de prontidão militar a pensar na Rússia

Bissau, 14 Jul 25 (ANG) – O espectro da guerra pairou sobre o tradicional desfile do 14 de Julho em França, e os Campos Elísios foram palco de uma demonstração de força um dia depois do presidente da república ter anunciado um aumento sem precedentes do orçamento da defesa para enfrentar "um mundo mais brutal".

Emmanuel Macron presidiu às cerimónias que assinalam a festa nacional de França. O desfile do 14 de Julho na avenida dos Campos Elísios, em Paris, juntou sete mil militares, encenando umas forças armadas em estado de prontidão.

Na véspera, o presidente da república francesa, num discurso perante as altas patentes do Estado-Maior, denunciou a ameaça que pesa sobre a paz na Europa e apontou o dedo à Rússia.

Emmanuel Macron lançou o país numa corrida aos armamentos por considerar que "para se ser livre neste mundo, é preciso ser-se temido, para se ser temido é preciso ser-se poderoso."

No final do seu mandato, em 2027, o orçamento da defesa terá praticamente duplicado em dez anos, cifrando-se então nos 64 mil milhões de euros.

Paris pretende ser capaz de mobilizar uma brigada 7 mil homens em dez dias, ainda este ano. Em 2027, o objectivo é de mobilizar uma divisão de mais de 20 mil homens em trinta dias.

A Indonésia foi o país convidado a participar neste desfile do 14 de Julho com 450 militares do país do sudeste asiático a marcharem na capital francesa. Macron presenciou o desfile ao lado do homólogo, Prabowo Subianto. A França e a Indonésia estabeleceram uma parceria estratégica para actuar da região do Indo-Pacífico e tentar contrariar a crescente hegemonia da China que tem como objectivo estratégico tornar-se na primeira potência mundial em 2050.

Paris publicou esta segunda-feira a  Revista Nacional Estratégica 2025, um documento no qual é explicado o rumo militar do país para os próximos anos face aos desafios geoestratégicos actuais.ANG/RFI

 

                Líbia/Desmantelado grupo de tráfico e extorsão de migrantes

Bissau, 14 Jul 25 (ANG) - As autoridades líbias desmantelaram um alegado grupo criminoso dedicado ao tráfico de migrantes, cujas vítimas foram raptadas e torturadas por membros do gangue, anunciou hoje o Ministério Público líbio.

Os cinco indivíduos que lideravam o grupo, detidos em flagrante no nordeste da Líbia durante a operação, organizaram todo o processo criminoso desde o recrutamento dos migrantes até ao seu rapto, tortura e negociação, extorquindo os seus familiares e exigindo uma determinada quantia de dinheiro para libertar as vítimas, de acordo com os procuradores.

Durante a operação policial, foram libertadas mais de 100 pessoas detidas pelo grupo, depois de terem sido vítimas de "um tratamento cruel, humilhante e desumano".

O Ministério Público verificou as provas apresentadas pela polícia e conduziu o interrogatório, após o qual os cinco indivíduos detidos foram colocados em prisão preventiva, aguardando julgamento nos tribunais.

Desde a queda do regime do ex-Presidente Muammar Kadhafi, em 2011, a Líbia tornou-se um relevante país de trânsito de migrantes para a Europa, principalmente da África Subsariana.

Este ano, a Líbia voltou a ser o principal ponto de partida na rota de migrantes do Mediterrâneo Central.ANG/Lusa

 

Comunicação Social /Jornalistas participantes do seminário sobre   Igualdade de Género recomendam  introdução  deste tema  no corículo escolar  nacional

Bissau, 14 Jul 25 (ANG)- Mais de 20 Jornalistas de diferentes órgãos de informação recomendaram que seja introduzida a questão da promoção de igualdade entre homens e mulheres no corículo escolar da Guiné-Bissau para incutir na mente das crianças que todos são iguais perante a lei.

A recomendação foi feita após dois dias de formação destinada às jornalistas de diferentes órgãos públicos e privados do país, promovida pela  Rede Nacional das Rádios e Televisões Comunitárias (RENARC), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Durante dois dias os participantes  falaram das Noções Básicas dos Direitos Humanos, introdução ao jornalismo e Direitos Humanos, a relação entre os meios de Comunição Social e Direitos Humanos e Igualdade de Género.

Na cerimónia de encerramento do siminário, a porta-voz dos  jornalistas Filomena Alfredo Sami contou que aproveitaram, no máximo, a oportunidade de reforço de capacidades dada pela Rede Nacional das Rádios e Televisões Comunitárias (RENARC) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

“Na realidade, este tipo de capacitação é de suma importância uma vez que ainda há muito que fazer sobre a matéria de igualdade de Género e de Direitos Humanos. Nós, enquanto jornalistas, temos grande responsabilidade na promoção destes temas para o bem da sociadade em geral”, disse Alfredo Sami.

Filomena renconheceu o esforço da RENARC no que tange a capacitação dos jornalistas e pediu que a atividade do género continue de modo a ter uma Comunicação Social mais responsável, isenta, imparcial e objetiva no cumprimrnto da função jornalística.

O Presidente da RENARC, Braima Sanhá justificou a realização dessa formação com a necessidade capacitação dos jornalistas para melhor poder dar as suas contribuiºões sobre as questões de  violação dos Direitos Humanos e de Igualdade do Género.

Aquele responsável sublinhou que, a produção de conteúdo de qualidade sobre Direitos Humanos e Igualdade do Género com base numa abordagem ética e inclusiva permitirá com que os governantes tenham mais consciência sobre a necessidade de respeito pelos valores inerrentes à vida humana.

No siminário, os participantes aprenderam que o contexto da igualdade de género na Guiné-Bissau se caracteriza por descriminação, cultura machista, falta de oportunidade básica entre os meninos e meninas, fraca participação das mulheres nos lugares de tomada de decisões,, violência contra mulheres e extrema pobreza com maior ênfase no sexo feminino.ANG/AALS//SG

Ambiente /LGDH considera inscrição do  Arquipélago de Bijagós na lista do Património Natural Mundial da UNESCO como  “uma conquista para celebrar e um direito para defender”

Bissau, 14 Jul 25 (ANG) – A Liga Guineense dos direitos Humanos (LGDH),considerou a inscrição do Arquipélago de  Bijagós na lista do Património Mundial Natural da Humanidade da UNESCO como uma “conquista para celebrar e um direito para defender”.

A reação da liga à decisão da UNESCO foi manifestado em comunicado à imprensa, à que a ANG teve acesso esta segunda-feira, segundo o qual  este feito é para proteger e organização refere que “saúda com imenso orgulho e emoção o povo Bijagó”.

No comunicado a LGDH parabenizou ao Instituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas (IBAP), que  e indica que a dedicação incansável deste instituto foi decisiva para este feito que considera histórico, bem como a todas as instituições do Estado que, com empenho e determinação, abraçaram esta causa.

“A LGDH felicita igualmente as organizações não-governamentais, com especial destaque para a TINIGUENA – Esta Terra é Nossa, que há mais de três décadas tem lutado incansavelmente pela defesa da rica biodiversidade dos Bijagós e pelos direitos das comunidades locais, assim como os académicos, ambientalistas e todas as vozes comprometidas que tornaram possível esta vitória”,lê-se no comunicado.

A organização que defende os direitos humanos considerou que este reconhecimento internacional é o tributo à sabedoria milenar, à força invencível e à resiliência do povo Bijagó, e à riqueza única e incomparável da natureza da Guiné-Bissau e diz ainda que  é a prova viva  de que a harmonia entre o ser humano e o ambiente não só é possível, como deve ser um exemplo brilhante para o mundo.

Para a LGDH  o feito é mais do que uma distinção ambiental ,  representa um avanço decisivo na defesa dos direitos humanos,uma  reafirmação do direito sagrado das comunidades tradicionais à sua terra, à sua cultura e ao seu futuro.

Esta declaração, segundo o comunicado, constitui também uma muralha intransponível contra a apropriação, os negócios e as especulações mercantilistas que ameaçam as terras dos Bijagós - protegendo o seu território da voracidade do lucro desenfreado e garantindo que permaneça nas mãos do seu povo.

No documento, a LGDH alerta que o Arquipélago dos Bijagós não pode continuar a ser o “parente pobre” das políticas públicas nacionais e diz que é imperativo que o Estado guineense assuma um compromisso firme e sustentável para entre outros,preservar a biodiversidade única e frágil do arquipélago.

“Garantir e proteger os direitos ancestrais das comunidades locais, homens e mulheres,combater com rigor a criminalidade organizada, nomeadamente o tráfico de drogas, que ameaça a paz e a segurança da região e fomentar investimentos que promovam um turismo responsável, de qualidade, que respeite o ambiente e proteja a dignidade humana”,são outras recomendações feitas pela  LGDH .

No comunicado a LGDH apela a uma gestão integrada, participativa e transparente deste património mundial, que assegure o desenvolvimento sustentável do arquipélago, respeitando a dignidade das suas populações e preservando o equilíbrio dos seus ecossistemas. ANG/MSC//SG