Portugal/Mais de 100 fogos activos, com vento a levar ao "descontrolo" da situação
Bissau, 18 Set 24 (ANG) - O vento em Portugal não está a ajudar os esforços dos bombeiros para apagar os fogos, havendo 100 incêncios activos no centro e Norte do país.
O primeiro-ministro português propôs a criação de uma
força especial de investigação para lidar com quem ateia fogos ilegalmente.
Os incêndios em Portugal estão longe de estar controlados, com
novas rajadas de vento esta manhã que arrastam as chamas para o Norte e
interior do país. Também no centro, a situação está a degradar-se com um incêndio
que lavra em Águeda, que está "descontrolado", segundo o presidente
do município, Jorge Almeida.
Com mais de 100 fogos activos no país, entre novos focos de
incêndio e reactivamento de fogos anteriormente considerados extintos, várias
estradas continuavam esta manhã cortadas à circulação. Em vários conselhos do
Norte e centro do país, a degradação da qualidade do ar já levou ao
cancelamento de actividades ao ar livre e é aconselhado que as crianças fiquem
no interior das escolas e das casas.
Várias casas já terão ardido esta manhã na região de Chaves
e Vila Pouca de Aguiar, assim como Arouca, São Pedro do Sul e
Magualde.
Após um conselho de ministros extraordinário devido aos
incêndios, o Governo português decidiu criar uma força
"especializada" para investigar criminalmente a origem dos incêndios
dos últimos dias, como anunciou Luís Montenegro.
"Nós não podemos perdoar a
quem não tem perdão. Nós não podemos perdoar atitudes criminosas que estão na
base de muitas das ignições que ocorreram nos últimos dias. Sabemos que há
fenómenos naturais e sabemos que há circunstâncias de negligência, mas há
coincidências a mais. E há, portanto, uma necessidade das portuguesas e dos
portugueses saberem que o Estado, em seu nome, vai atrás dos responsáveis por estas
atrocidades", declarou.
Este anúncio surge numa altura em que cinco pessoas já foram
detidas devido a possível mão criminosa nestes fogos.
Sete pessoas morreram já morreram neste incêndios e 40 ficaram feridas, duas com gravidade. Estes incêndios que atingem Portugal desde Domingo já foram consumidos pelas chamas 62 mil hectares.ANG/RFI
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