Dia Mundial de Turismo/Empresário Adnane Yahya aconselha Governo a adoptar políticas e leis que favoreçam o desenvolvimento de turismo no país
Bissau,27 Set 24(ANG) – O
empresário guineense Adnane Yahya disse hoje que o Governo deve adoptar
políticas e leis que irão favorecer os
operadores do sector no desenvolvimento de turismo no país.
Em entrevista exclusiva à ANG, no âmbito da celebração do Dia Mundial do Turismo que se assinala hoje, 27 de Setembro, Adnane Yahya frisou que a efeméride devia ser marcada de realização de um programa que conta com participação dos operadores privados do sector.
“A data podia ser assinalada
com a realização de uma jornada de pelo menos uma semana, contando com
a participação de todos, e que contempla a realização de visitas aos Museus
históricos, Casa de Escravos em Cacheu
entre outros”, disse Yahya igualmente proprietário do Restaurante Papa Loca.
Questionado sobre o que deve
ser feito para que a Guiné-Bissau seja um destino privilegiado de turismo, como
Cabo Verde, Senegal, Gâmbia e outros, aquele empresário respondeu que devem
saber diferenciar o tipo de turismo que pretendem para a Guiné-Bissau.
“A título de exemplo, não se
pode comparar o turismo que se pratica em Cabo Verde com o da Guiné-Bissau. Em
Cabo Verde o turismo que se pratica é de praia e pesca, ou seja mais agressivo,
onde aspessoas utilizam o sistema de pulseiras, e as grandes empreendimentos
hoteleiros podem receber até 2 mil turistas”, salientou.
Adnane Yahya disse que a
Guiné-Bissau ainda não atingiu o nível deste tipo de turismo, por vários
motivos, frisando que, um dos factores, se deve a falta de adopção de políticas
e leis que permitem os operadores do sector trabalhar para o desenvolvimento de
turismo.
Perguntado sobre quais são
as maiores dificuldades com que os operadores turísticos deparam no seu
dia-à-dia, aquele responsável salientou que, antes devemos saber diferenciar o
tipo de turismo que temos, ou seja se é um turismo externo ou local.
“Na minha opinião o
principal potencialidade turistico do país é a ilha dos Bijagós sem menosprezar
outros sitios que devemos levar em conta, através de visitas de forma a
permitir ao povo guineense desfrutar das suas potencialidades”, frisou.
Adnane Yahya informou que, existem Parques de Orango, de
Cantanhez, e entre outros que podem servir de destinos turísticos, mas enquanto
não dispomos de capacidades organizacionais não podemos fazer nada.
“Ou seja uma empresa privada
ou pública, podia ser usada de forma a facilitar as referidas viagens para que
as pessoas possam ter acesso aos referidos locais”, sublinhou.
Disse que, ao nível
internacional, para um turista visitar a Guiné-Bissau necessita de vistos,
acrescentando que em comparação com o Senegal nenhum turista precisa de vistos pelo
menos os provenientes de paises europeus.
O empresário frisou que, por isso o destino para a Guiné-Bissau ou seja as elevadas taxas aeroportuárias que continua ainda muito caro e mesmo para os países da sub-região, constituem estrangulamentos para o desenvolvimento do nosso turismo.
“Outro aspecto do
constrangimento, tem a ver com as infraestruturas, por isso eu sempre defendo a
organização de visitas de equipas de jornalistas estrangeiros ao país, de
forma a virem fazer reportagens sobre as
potencialidades turisticas do país e enumerar as nossas dificuldades e como
corrigi-las”, salientou.
Com
o tema "Turismo e Paz", a ONU
Turismo, organização que substituiu a Organização Mundial de Turismo(OMT), escolheu a Geórgia como anfitriã para a
comemoração oficial do Dia Mundial do Turismo deste
ano, colocando em evidência o papel das viagens e do turismo em prol da
harmonia global.
O
dia é dedicado a uma reflexão sobre o papel fundamental do turismo na
promoção da paz mundial, o grande desafio reside no modelo
de desenvolvimento e implementação de políticas e estratégias de
turismo capazes de contribuir de forma mais incidente para a
paz, para a qualidade de vida das populações e para a conservação do planeta.ANG/ÂC
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