79ª Sessão da Assembleia Geral ONU/Presidente da
República apela a reforma das Nações Unidas
Bissau, 25 Set 24(ANG) – O Presidente da República disse que continua apelar
para a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas que
deve ter em conta os interesses da África, nos termos do Consenso de Ezulwini e
da Declaração de Sirte dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana.
Umaro Sissoco Embalo que
discursava hoje, na 79ª Asssembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, disse que oito décadas depois da fundação da
ONU em 1945, vivemos hoje num contexto mundial totalmente diferente.
“Reformar a arquitetura
financeira internacional é fundamental, para promover uma maior inclusão
nomeadamente da África, tendo em conta o papel e a contribuição do continente
africano na economia mundial.Neste contexto, saudamos a realização da Cimeira
do Futuro”, salientou.
O Presidente da República
disse esperar que o “Pacto para o Futuro” possa impulsionar esforços coletivos,
com vista a alcançar as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
(ODS) e a “Agenda 2063: A África que Queremos” da União Africana.
“Como membro do Grupo
de Trabalho Global sobre a Proteção Social para Nutrição, Capital Humano e
Desenvolvimento Económico Local do Grupo dos Sete Mais (G7+) vamos trabalhar
juntos com outros distintos membros do Grupo, com vista, a erradicação da fome
e a realização progressiva de todos os outros Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS)”, sublinhou Umaro Sissoco Embalo.
O chefe de Estado
frisou que na Guiné-Bissau estão empenhados na promoção do diálogo, da
reconciliação nacional, da consolidação da democracia e do Estado de Direito,
bem como no desenvolvimento sustentável do pais. Apesar do impacto negativo da
difícil situação económica e financeira mundial, a economia guineense continua
a crescer como resultado de políticas públicas acertadas.
Adiantou que a prática de
prestação de contas tem garantido uma maior transparência na gestão económica e
financeira do Estado.
“Adotamos medidas que, sendo
difíceis, revelaram ser necessárias para impulsionar o sector privado e criar
bases mais sólidas para uma economia dinâmica e inclusiva”, disse.
Declarou que, estão a promover
uma maior participação das mulheres e dos jovens empreendedores. Estamos a
investir na construção e melhoramento de infra_estruturas básicas, rodoviárias
e outras.
“Declaramos guerra à corrupção
e ao crime organizado. Conseguimos restaurar a confiança nas nossas relações
com instituições financeiras internacionais e com outros parceiros bilaterais e
multilaterais”, salientou.
Embalo afirmou que continuam a apostar no reforço das relações de amizade e
cooperação que a Guiné-Bissau mantém no mundo, frisando que, por isso
prosseguem uma política de consolidação da paz e da resolução pacífica de
conflitos, na África Ocidental, no continente africano, e em geral no mundo.
“È neste quadro que se inseriu
as visitas de amizade e trabalho que, nos últimos meses, efectuei a Rússia, a
Ucrânia, a Israel e a Palestina. Nesse contexto, reitero o meu apelo para se
pôr fim ao embargo injusto e muito prejudicial a que o povo irmão de Cuba está
submetido há décadas”, disse.
O Presidente da República
sublinhou que recentemente, tive a honra de servir a África como Presidente da
Aliança de Líderes Africanos Contra Malária.
“Registamos progressos
significativos num contexto mundial muito difícil. Apostamos na mobilização de
apoios para a reposição do Fundo Global. Trabalhamos com o sector privado para
promover a produção de medicamentos, vacinas e redes contra a malária”, disse.
O chefe de Estado adiantou que
encoraja a transferência de tecnologias para empresas africanas. Lançamos
Conselhos de Fundos para Acabar com a Malária e apoiamos movimento de jovens
contra a malária..
“Apesar dos progressos que
foram alcançados, os desafios persistem. Nos próximos três anos, a ALMA vai
registar um déficit de 1,5 mil milhões de dólares. O aquecimento global e as
precipitações associadas as alterações climáticas estão a expandir o alcance
geográfico dos mosquitos, e, assim a expor à ameaça da Malária mais 170 milhões
de pessoas no continente africano”, revelou Umaro Sissoco Embalo.
O Debate Geral da 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU começou terça-feira (24) na Sede das Nações Unidas em Nova York. Presidentes, chefes governamentais e representantes de alto nível de vários países vão apresentar o posicionamento e as soluções de cada país sobre questões de interesse comum, tais como agravamento dos conflitos geopolíticos, promoção do desenvolvimento sustentável e resposta a crises globais.ANG/ÂC
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