Conflito
Médio Oriente/Papa condena "terrível escalada" da violência no
Líbano
Bissau, 26 Set 24 (ANG) - O Papa Francisco denunciou
quarta-feira a “terrível escalada” da violência no conflito entre Israel e o
movimento xiita Hezbollah no Líbano, qualificando-a de inaceitável, e apelou à
comunidade internacional para fazer todos os esforços para encerrar o conflito.
“Estou triste com as
notícias vindas do Líbano, onde intensos bombardeamentos causaram inúmeras
vítimas e destruição nos últimos dias. Espero que a comunidade internacional
faça todos os esforços possíveis para colocar um fim a esta terrível escalada”,
declarou o Papa.
“Expresso o meu apoio ao povo
libanês que já sofreu muito no passado recente”, acrescentou Francisco,
apelando à oração “por todas as pessoas que sofrem por causa da guerra”.
Desde segunda-feira que
intensos ataques israelitas têm como alvo redutos do Hezbollah, o poderoso
movimento xiita pró-iraniano, no sul e leste do Líbano, assim como nos
subúrbios a sul de Beirute.
O Hezbollah disparou hoje um
míssil balístico contra Israel, afirmando que tinha como alvo a sede da Mossad,
o serviço de informações israelita, perto de Telavive, uma novidade segundo o
exército israelita.
Os chefes da diplomacia do
Egito, Iraque e Jordânia acusaram também hoje Israel de estar a "empurrar
a região para uma guerra total", condenando os ataques israelitas.
As autoridades libanesas
aumentaram para 564 o número de mortos em dois dias de ataques aéreos
israelitas contra o Hezbollah, responsável pelo lançamento de centenas de
'rockets' contra o norte de Israel.
Os militares israelitas
afirmam que vão fazer "tudo o que for necessário" para afastar o
Hezbollah (Partido de Deus) da fronteira do Líbano com Israel.
Israel e o Hezbollah têm
intensificado a troca de tiros desde o início da guerra entre os israelitas e o
grupo islamita palestiniano Hamas em Gaza, em outubro de 2023. O movimento
libanês, pró-iraniano, apoia o Hamas no conflito contra Israel.
Desde a segunda-feira, os ataques israelitas levaram milhares de pessoas a fugirem do sul do Líbano, bloqueando a principal autoestrada para Beirute, no maior êxodo desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah.ANG/Inforpress/Lusa
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