Tempestade
Boris semeia a destruição na Europa Central
Bissau, 16 Set 24 (ANG) - Chuvas torrenciais,
inundações impressionantes e evacuações em massa: a tempestade Boris semeia a
destruição na Europa Central e o balanço das vítimas subiu para pelo menos sete
mortos e vários desaparecidos.
Danos consideráveis e inundações catastróficas na República
Checa, Eslováquia, Polónia, Áustria e Roménia. A tempestade Boris provocou
ainda, nestes países, cortes maciços de electricidade, falhas na rede de
transportes e evacuações em massa.
Para já, o balanço das vítimas mortais é de sete. Na Roménia
subiu para cinco o número de mortos, uma pessoa afogada na Polónia e um
bombeiro morto na Áustria. Além disso, quatro pessoas estão dadas como
desaparecidas na República Checa.
As imagens das inundações são impressionantes, bairros inteiros
inundados, ruas submersas, habitantes resgatados com água até ao peito na
Roménia, barreiras de areia para tentar limitar a subida das águas e pessoas
refugiadas em escolas.
Na Roménia, a região mais afectada é a de Galati, sudeste, onde
milhares de casas foram atingidas.
O tráfego ferroviário entre a Polónia e a República Checa foi
cortado e milhares de pessoas foram retiradas de ambos os lados da fronteira.
A situação é particularmente grave no nordeste da República
Checa, onde grande parte da cidade de Opava foi evacuada devido ao transbordo
do rio Opava. França
Os fornecedores de electricidade checos informaram este domingo
de manhã, 15 de Setembro, que 260.000 lares estavam sem electricidade devido às
inundações.
Na Áustria, o tráfego ferroviário foi interrompido na noite de
sábado para domingo em parte do país. Os jogos da Bundesliga de futebol foram
cancelados.
Três linhas do metro de Viena foram parcialmente encerradas, uma
vez que a rede estava ameaçada pelo rio Wien e pelo canal do Danúbio, que
atravessam a capital austríaca. Foram erguidas barreiras de areia dentro dos
túneis.
A região mais afectada pela tempestade na Áustria, a Baixa
Áustria (nordeste), foi classificada como zona de catástrofe natural. Com 1,72
milhões de habitantes, é a segunda região mais populosa do país, a seguir a
Viena.
Já em 2022, num mundo que enfrenta um aquecimento médio de 1,5°C, especialistas climáticos do IPCC, alertavam para o aumento das inundações causadas por fortes chuvas na Europa Central e Ocidental.ANG/RFI
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