segunda-feira, 24 de outubro de 2011

CREPA

CREPA lança iniciativa GLAAS na Guiné-Bissau

Bissau, ANG – A Analise e Avaliação Global de Saneamento e Agua Potável (GLAAS), uma iniciativa da ONU para o sector do líquido precioso, implementada pela OMS, para monitorar, ao nível global, a prestação dos serviços básicos de saúde, foi, no passado dia 20, lançado na Guiné-Bissau.
 
A avaliação deste conceito aborda especificamente a natureza e o impacto das políticas e instituições do governo ligadas ao sector de água, higiene e saneamento, os investimentos nele feitos em termos de recursos financeiros e humanos, o volume e a contribuição da ajuda externa. 

Enfim, ela avalia o estado do ambiente favorável a extensão do saneamento e da água potável ao nível global.

A cerimónia de lançamento foi presidida por Anita Djaló Sani, em representação do Ministro da Energia, Industria e dos Recursos Naturais (MEIRN), que na altura reconheceu os esforços dos parceiros como UNICEF, OMS, SNV e Plan Internacional na promoção e desenvolvimento do sector da água, higiene e saneamento.

Esta responsável sublinhou que a condução da iniciativa GLAAS no país pelo Centro de Aprovisionamento em Agua Potável Baixo Custo (CREPA), constitui um grande sinal da OMS e enorme desafio para aquela organização face aos objectivos fixados para os próximos 5 anos que é o de fornecer e permitir acesso durável aos serviços da água, higiene e saneamento a pelo menos 500 mil guineense dos 50 milhões de africanos previstos.

A questão de acesso a agua e saneamento persiste no continente como uma questão maior, essencial e vital, pois para muitos dos países africanos, quer no meio urbano ou rural regista-se um baixo nível de acesso a estes serviços de base, referiu Anita Djaló Sani.

“Em África as oportunidades para atingirem os Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento (OMD) estão fortemente ameaçadas, se se tiver em conta que 500 milhões de pessoas vivem sem acesso a instalações sanitárias melhoradas, enquanto 300 milhões de outras não dispõem de pontos de água melhoradas”, advertiu a representante do MEIRN.

Por isso, esta quadro superior do MEIRN advogou que só melhorando a governação em matéria da água, saneamento e associada a durabilidade e equidade é que se pode levar o continente africano a sair da situação sombria acima descrita.

“Para a elaboração de políticas coerentes e pertinentes sobre o sector são necessárias informações fiáveis disponíveis, por isso se organizou este encontro para o lançamento da GLAAS, cujo objectivo é harmonizar, com os pontos focais, o processo de facilitação da recolha de dados ao nível do país” explicou.

GLAAS, avançou ainda, consolida informações sobre o país para o sector da água, higiene e saneamento, que posteriormente irão engrossar o relatório global que fornece dados sobre questões chaves e constitui também oportunidade de avaliação do esforço do Estado na implementação de um dos OMD que é “Assegurar um ambiente durável” no qual o fornecimento deste líquido precioso, higienes e saneamento.

“O impacto junto dos nossos parceiros foi enorme, uma vez que é a primeira vez que se organiza um ateliê deste género no país”, avaliou o Director nacional do CREPA no final dos trabalhos, tendo lamentado o facto de em 2009 a Guiné-Bissau não ter tido oportunidade de constar no então GLAAS.

Bernardino dos Santos confirmou que com a realização desta iniciativa este ano, vai permitir com que se tenha uma visão larga sobre os financiamentos existentes a escala mundial no domínio da água, higiene e saneamento, bem como determinar o montante até aqui absorvido pela Guiné-Bissau no quadro de projectos ligados a este sector.

“A filosofia da partilha de montantes destinados a sub-região é de atribuir maior fatias aos países como o nosso com maiores necessidades ligadas a agua, higiene e saneamento, para que possam atingir os Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento”, frisou apontando a UNICEF, Plan Internacional, SNV, Direcção geral dos Recursos Hídricos entre outros foram convidados a tomar parte neste evento.

De acordo com este responsável, GLAAS é uma iniciativa da ONU-agua que mandatou a OMS que, por sua vez, responsabilizou o CREPA, enquanto parceiro privilegiado, para sua execução ao nível de 26 Estado em África.

Entretanto, na mesma ocasião, aprovou-se o programa de actividades do CREPA para os próximos tempos, facto que o seu Director enalteceu lembrando que isso vai constituir como que “bússola orientadora” na prossecução dos objectivos preconizados por esta organização.

JAM/ANG



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