terça-feira, 18 de outubro de 2011

Empresariado Nacional


27 Empresas exportaram castanha de caju sem pagar FUNPI

Bissau, ANG – Vinte e sete empresas, entre as quais está a Geta-Bissau de Victor Mandinga, exportaram um volume superior da castanha de caju, que ultrapassaram os limites autorizados pelo Ministério do Comercio e não pagaram os 50 francos por quilograma exportado e destinado a financiar o Fundo de Promoção à Industrialização (FUNPI).

O Ministro do Comércio confidenciando com o PM
A denúncia foi feita pelo Presidente da Comissão Instituída pelo Ministro do Comercio, Turismo e Artesanato, quando procedia a esclarecimentos de questões levantadas numa conferência de imprensa organizada por um grupo de operadores económicos que questionavam a gestão do FUNPI.

Malam Djaura que falava num encontro entre os intervenientes no sector de caju com Botche Candé afirmou que no exercício das suas actividades a Comissão registou até ao momento cerca 162 mil toneladas da castanha exportadas, o que equivale em termos monetários, pouco mais de oito biliões de francos CFA, provenientes dos descontos do FUNPI.

O Presidente da Comissão informou que ao contrário do que dizem os operadores económicos liderados por Victor Mandinga, quanto a existência de empresas que não pagaram o FUNPI, esclareceu que dispõe de uma lista com vinte e sete empresas que já exportaram, mas que no momento de pesagem na báscula, a Inspecção Geral do Comercio descobriu uma soma de 3.372 toneladas exportada sem fossem descontados o FUNPI.

“Por exemplo, alguém foi autorizado para exportar 7.250 toneladas e exportou mais 100 toneladas, tal constitui uma diferença ligeira, mas mesmo assim não deixa de ser uma quantidade exportada fora das normas”, exemplificou Malam Djaura.

Declarou que dentre as empresas que exportaram para além da quantidade autorizada, constam entre outras, as empresa Geta-Bissau, Djabi & filhos, SK-Bissau, Cheta-Guiné Lda., Car-Silva.

Para deitar água na fervura, Botche Candé frisou que deve-se evitar sempre as contradições no seio da classe empresarial guineense, referindo-se a denúncia pública de Victor Mandinga sobre alegado desvio de parte do FUNPI pelo Presidente da Câmara do Comercio Industria, Agricultura e Serviços.

“É uma vergonha estarmos a discutir na praça pública com insultos e difamações. É pena”, lamentou aquele governante que exortou aos empresários mais idosos a saberem contemporizar nas suas relações e saberem entender-se uns aos outros.

Aquele governante criticou o empresário Carlos Silva por ter exportado grande quantidade de castanha sem pagar os 50 francos CFA do FUNPI.
“Da última vez, pediu aos inspectores que o deixassem exportar para não perder o barco tendo em conta que aquele período coincidiu com um fim-de-semana”, disse.
Relativamente ao dinheiro do FUNPI depositados quatro Bancos, Botche Candé esclareceu que o que foi acordado no início é as contas teriam dupla assinaturas ou seja do Presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços e o ministro do Comércio em nome do governo.

“Devo reafirmar aqui, na presença de todos de que, desde altura que a conta bancária foi aberta nos referidos Bancos, ninguém autorizou um único cheque para retirar qualquer montante em dinheiro”, garantiu Botche Candé que desafiou todos a provarem o contrário.

ANG/ÂC

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