sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Governo/ONU


Vinda de Ban Ki Moon é mais-valia para Guiné-Bissau, considera PM

Bissau, ANG - O Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior, revelou que no encontro privado que manteve com o Secretário-geral da ONU em Nova-Yorke aproveitou para lhe convidar a visitar a Guiné-Bissau, convite esse prontamente aceite, faltando apenas a marcação da data da visita.

Carlos Gomes Júnior que falava dia 5, aos jornalistas sobre o balanço da sua participação na 64ª Assembleia Geral das Nações Unidas, qualificou o evento de “altamente positivo”, tendo salientado ter feito um discurso no dia da independência do país, 24 de Setembro.
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Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior
O chefe do executivo guineense disse que à margem da reunião da Assembleia geral da ONU, teve igualmente um encontro com seu homólogo português, Pedro Passos Coelho em que este patenteou toda a disponibilidade em ajudar o país a organizar a visita de Ban Ki Moon à Bissau para que isso seja de facto um sucesso.

Informou que, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, manteve contactos com Presidentes e Primeiros-Ministros de países amigos, nomeadamente com o chefe de Estado da Guiné-Conacry.

Adiantou que, esteve igualmente em Washington onde teve encontros com os Administradores do Banco Mundial e no dia seguinte foi recebido pelo Presidente desta organização, Robert Zoellick e manteve reunião com a Directora Geral do Fundo Monetário Internacional, Cristine Lagard.

“De maneira que, penso que esta minha deslocação aos Estados Unidos foi muito positivo, porque permitiu dar outra visibilidade à Guiné-Bissau no exterior”, enalteceu o chefe do governo guineense.

Sublinhou que teve um outro encontro com o Presidente do Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID), organização financeira da qual a Guiné-Bissau é um dos membros fundadores.

“Pensamos que brevemente vamos retomar a nossa cooperação com o BID para podermos conseguir financiamento para grandes obras de infra-estruturas e demais projectos”, informou.

Carlos Gomes Júnior frisou que paralelamente a isso, foi recebido no Departamento de Estado norte-americano, pelo Secretário de Estado dos Assuntos Africanos, com o qual debateu vários Assuntos, com destaque para a da reabertura da Embaixada dos EUA em Bissau, bem como a necessidade de apoio ao país na luta contra o narcotráfico e crime organizado.

Questionado sobre para quando a visita do Secretário-geral da ONU à Bissau, Gomes Júnior, bem-humorado disse:” Penso que os partidos da oposição não estão interessados nisso. Mas nós enquanto governo estamos muito interessados nesta visita. Como sabem através da acção directa do Secretário-geral da ONU, o país conseguiu vários financiamentos no quadro da reforma no sector da defesa e segurança através do UNIOGBIS”, salientou.

Gomes Júnior afirmou que ainda há duas semanas, inauguraram uma Esquadra Modelo no Bairro Militar em Bissau. “Portanto isso é uma forma de fazer o Ban ki Moon vir constatar directamente com a realidade guineense e para saber que a reforma no sector da defesa e segurança já é uma realidade”.

Perguntado sobre o quê que a Guiné-Bissau pode ganhar com a visita do Secretário-geral da ONU, Carlos Gomes Júnior, declarou que através do Fundo de Consolidação da Paz da ONU sob a orientação da Embaixadora Luísa Viotti, já foi anunciado um apoio directo de pouco mais de dezasseis milhões e dólares para apoiar a reforma no sector da defesa e segurança.

Abordado sobre as opiniões dos responsáveis das organizações do Bretton Woods sobre as perspectivas económicas da Guiné-Bissau, o Primeiro-Ministro disse que, todos eles fizeram elogios a governação actual do país, pelos resultados alcançados.

“Como sabem, a última missão do FMI que recentemente esteve no país e conduzida por Paulo Drumoond, anunciou que a Guiné-Bissau conseguiu para além do perdão da dívida externa, manter uma taxa de crescimento na ordem de 5,3 por cento”, frisou acrescentando que o país é referenciado como exemplo na costa ocidental de África, pois a taxa de na UEMOA é de 4 por cento.

Isso, na sua opinião, demonstra que o seu governo tem dado mostras da transparência na governação do país e está a usar bem todos os apoios que recebe da Comunidade Internacional.

“Vejam factos concretos hoje na Avenida Combatentes da Liberdade da Pátria, que pensamos inaugurar no dia 16 de Novembro do ano em curso. Como sabem é o dia das nossas Forças Armadas. Esta obra é elogiada em todas as partes do mundo. Muitos guineenses ainda pensam que é um sonho ao verem as nossas ruas com semáforos e passadeiras aéreas. Portanto isso é um sinal concreto de uma boa governação”, elogiou.

Carlos Gomes Júnior sublinhou que convidou igualmente o Presidente do Banco Mundial para visitar a Guiné-Bissau, acrescentando que o país dispõe de importantes projectos financiados por esta organização financeira mundial, com destaque para o apoio ao Orçamento Geral do Estado.

Adiantou que no OGE do ano passado, o BM disponibilizou oito milhões de dólares para além de importantes apoios a projectos ligados a educação e prevê ainda financiar a construção de mais de 100 salas de aulas e latrinas em todas as regiões do país.

O Primeiro-Ministro revelou ainda que durante a reunião da Assembleia Geral da ONU, transmitiu a solidariedade do povo da Guiné-Bissau com a República de Cuba, relativamente ao levantamento do embargo.
A mesma coisa fora feita em relação a Palestina, que aspira criar o seu próprio Estado e devido a boas relações entre o país e este povo em luta no médio oriente.

ANG/ÂC




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