quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Coreia do Sul/ Presidente deposto visado por segundo mandado de captura

Bissau, 09 Jan 25 (ANG) – A justiça emitiu a 7 de Janeiro um segundo mandado de captura contra o presidente destituído, Yoon Suk-Yeol, após a sua tentativa frustrada de impor a lei marcial a 3 de Dezembro passado.

Centenas de apoiantes do antigo chefe de Estado acampam junto à sua casa, para tentar impedir a sua detenção. 

Apesar do frio que reina na capital da Coreia do Sul, apoiantes do chefe de Estado deposto Yoon Suk-Yeaol continuam a acampar nas ruas à volta da sua residência e os agentes do Serviço de Segurança Presidencial ergueram barricadas  com o objectivo de impedir a polícia de aceder ao edifício. 

Esta terça-feira 7 de Janeiro, a justiça emitiu um segundo mandado de captura contra o presidente destituído, que deverá ser posto em prática nos próximos dias. 

Yook Suk-Yeol é visado por uma investigação por insurreição desde que tentou impor a lei marcial, a 3 de Dezembro, antes de voltar atrás face à mobilização dos parlamentares, apoiados por milhares de manifestantes. 

Uma primeira tentativa de detenção foi realizada pelos funcionários do Gabinete de investigação sobre a corrupção de altos funcionários (CIO). A operação falhou devido a um confronto de cerca de seis horas entre membros do Serviço de Segurança Presidencial e militares. 

Contactado pela RFI, Miguel Morais, jovem português a residir neste momento em Seul, relatou o receio inicialmente partilhado por muitos sul-coreanos de que a situação degenere, antes de regressar a uma calma relativa.

“No início acho que foi um receio para toda a gente, porque a Coreia tem um histórico bastante triste em relação a confrontos.

Mas penso que os coreanos fazem um trabalho espetacular ao tentar que as coisas se mantenham normais na vida diária. Claro que, havendo muitas manifestações, às vezes há, por exemplo, atrasos em autocarros, o que não é nada comum cá. Havendo muitas manifestações nas ruas, alguns autocarros têm de fazer outras rotas.

Mas de resto, e fora daquela primeira fase, agora parece estar tudo normal. Acho que os coreanos já estão a ficar cansados disto e querem mudança, querem ter alguém com quem não tenham que se preocupar e que não faça este tipo de escândalos. Preocupa-lhes a imagem que isto dá a outros países no mundo, porque isto foi notícia global e eles têm medo que isto divulgue a imagem de que a Coreia não é país que se possa levar a sério. E isso é uma coisa muito importante para eles”, disse Miguel Morais

Um dos advogados do presidente, Yoon Kab-keun, contestou novamente a legitimidade do mandado de detenção. O advogado desmentiu ainda as declarações segundo as quais o chefe de Estado teria escapado da sua residência.  ANG/RFI

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