Guerra da Ucrania/Ministro da Defesa alemão vai a Kyiv para assinalar continuidade do apoio
Bissau,14
Jan 25(ANG) - O ministro da Defesa alemão chegou hoje de manhã a Kyiv para
discutir a continuação do apoio militar à Ucrânia, dias antes da posse de
Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, anunciou o ministério.
"Este é um sinal de que
a Alemanha, como maior país da NATO na Europa, está ao lado da Ucrânia",
acrescentou.
Pistorius terá conversações
bilaterais "sobre a continuação da cooperação e do apoio" à Ucrânia,
e "sobre a indústria de defesa ucraniana", disse um porta-voz do
ministério alemão à agência francesa AFP.
Os contactos entre as
autoridades ucranianas e europeias estão a intensificar-se antes da tomada de
posse do bilionário republicano como Presidente dos Estados Unidos, em 20 de
janeiro.
Kyiv teme perder o apoio dos
Estados Unidos com o regresso de Trump (que foi presidente entre 2017 e 2021) e
ser forçada a fazer concessões à Rússia.
A Alemanha é o segundo maior
fornecedor de ajuda militar à Ucrânia, a seguir aos Estados Unidos.
Mas a escala e a natureza do
apoio alemão têm sido objeto de hesitações do Governo de Olaf Scholz nos
últimos três anos e, mais uma vez, no período que antecedeu as eleições
parlamentares de 23 de fevereiro.
O ministro alemão já se
tinha encontrado com o homólogo ucraniano na semana passada, durante uma
reunião dos apoiantes internacionais da Ucrânia na Alemanha, na base aérea
militar de Ramstein.
Pistorius participou na
segunda-feira numa reunião na Polónia sobre o fornecimento de armas a Kyiv com
os homólogos polaco, francês, italiano e britânico.
Os cinco países declararam
que pretendem incentivar a capacidade de produção de armamento em solo
ucraniano e promover uma colaboração mais estreita entre os fabricantes de
armas ucranianos e europeus.
O Presidente ucraniano,
Volodymyr Zelensky, também se encontrou com o homólogo francês, Emmanuel
Macron, na segunda-feira à noite, para discutir o possível "envio de
contingentes militares estrangeiros" para o país, uma ideia lançada nos
últimos meses pelos aliados de Kyiv.
A Ucrânia tem contado com o
apoio financeiro e militar dos aliados ocidentais para fazer frente à Rússia,
que invadiu o país em fevereiro de 2022.
Os aliados ocidentais também
têm decretado sanções contra interesses russos, incluindo na área da energia,
para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra
na Ucrânia.
A Rússia opõe-se à adesão da
Ucrânia à União Europeia e à NATO, a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
ANG/Lusa
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