terça-feira, 14 de janeiro de 2025


São Tomé e Príncipe
/ Presidente nomeia novo governo liderado por Américo Ramos

Bissau,14 Jan 25(ANG) -  O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, nomeou, segunda-feira, novo governo composto por dez ministros, quatro dos quais do executivo anterior.

O novo governo vai ser liderado por Américo Ramos, antigo ministro das Finanças, cuja nomeação contraria a indicação do partido ADI, vencedor das últimas eleições legislativas.

Entre os dez ministros nomeados, seis são homens e quatro mulheres, marcando um equilíbrio de género da composição do novo governo. Entre os ministro que se mantém do executivo anterior destacam-se Ilza Amado Vaz, agora ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, e Isabel de Abreu, que mantém a pasta da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior. Entre as novas caras, figuram Vera Cravid, que assume a pasta da Justiça, Assuntos Parlamentares e Direitos da Mulher, e Celso Matos, novo responsável pela Saúde.

A cerimónia de tomada de posse decorre esta terça-feira, 14 de Janeiro, terminando com uma semana de instabilidade política, que começou com a demissão do governo liderado por Patrice Trovoada.

A nomeação de Américo Ramos como primeiro-ministro gerou controvérsias. O partido ADI, liderado por Patrice Trovoada, classificou a decisão como um "golpe de Estado palaciano". O novo primeiro-ministro são-tomense, antigo ministro das Finanças, esteve seis meses em prisão preventiva sob acusações de corrupção que acabaram por ser arquivadas. Recentemente, foi indemnizado em cerca de 400.000 euros em virtude de decisões judiciais relacionadas ao caso.

Embora a ADI continue a questionar a legitimidade do novo governo, os partidos da oposição, como o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP) e o Movimento Basta, reconheceram a nomeação de Américo Ramos, apesar de, inicialmente, defenderem que o ADI deveria formar o executivo.

O Presidente Carlos Vila Nova quer reorganizar a liderança política do país, que enfrenta grandes desafios económicos e sociais. A comunidade internacional diz estar a acompanhar a transição política.ANG/RFI

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