Médio Oriente/ Hamas diz que só libertará reféns em Gaza com "acordo sério"
Bissau, 09 Jul 25 (ANG) - O movimento islamita palestiniano Hamas afirmou hoje que Israel só conseguirá a libertação de todos os reféns através de um "acordo sério" para um cessar-fogo e do fim da ofensiva na Faixa de Gaza.
Izat al-Rishq, alto
funcionário do grupo islâmico, citado pelo jornal palestiniano Filastin,
sublinhou que as declarações do primeiro-ministro de Israel, Benjamin
Netanyahu, sobre a libertação dos reféns na Faixa de Gaza "refletem
ilusões de uma derrota psicológica".
"As afirmações de Netanyahu sobre 'a libertação de todos os
reféns e a rendição do Hamas' refletem ilusões de uma derrota psicológica, não
a realidade no terreno", argumentou.
"Depois de os líderes inimigos terem reconhecido o seu
fracasso em recuperar os prisioneiros [numa referência aos reféns] através de
operações militares, ficou claro que a única forma de os libertar é através de
um acordo sério com a resistência", acrescentou al-Rishq.
Nesse sentido, o responsável do Hamas enfatizou que "Gaza
não se renderá" e que "a resistência imporá as condições, assim como
impôs as equações" com os ataques de 07 de outubro de 2023, numa altura em
que decorrem contactos indiretos entre as delegações de Israel e do Hamas para
um possível cessar-fogo, depois de o exército israelita ter quebrado, a 18 de
março, uma trégua definida em janeiro e relançado a sua ofensiva.
As palavras de al-Rishq surgiram horas depois de Netanyahu ter
voltado a defender a "pressão militar" exercida sobre a Faixa de
Gaza, após um segundo encontro na terça-feira com o presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, "centrado na libertação dos reféns".
"Não desistimos nem por um momento, e isso é possível
graças à pressão militar exercida pelos nossos heróicos soldados",
declarou o primeiro-ministro de Israel.
A ofensiva contra Gaza, lançada em resposta aos ataques de
outubro de 2023, que provocaram cerca de 1.200 mortos e 251 sequestrados,
segundo o governo israelita, deixou até o momento mais de 57.700 palestinianos
mortos, afirmam autoridades do enclave palestiniano, controladas pelo Hamas,
embora se tema que o número seja superior.ANG/Lusa

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