segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Política






Bissau,06 Jan 20(ANG) - O Primeiro-ministro, Aristides Gomes, reiterou no fim de semana, que vai colocar o seu cargo à disposição do partido no poder (PAIGC), se Umaro Sissoco Embaló for confirmado como vencedor da segunda volta das presidenciais decorridas no passado 29 de dezembro.

O chefe do executivo fez estas declarações aos jornalistas à margem da conferência de imprensa promovida por Domingos Simões Pereira na qual fez uma longa exposição sobre os factos que a candidatura entende constituírem elementos de  “irregularidades” considerados suficientes para se falar de uma fraude eleitoral, e que sustentaram a impugnação dos resultados eleitorais junto do Supremo Tribunal de Justiça.

“Vou pedir a demissão em caso da perda eleitoral do meu candidato. Porém, a demissão tem que ser junto dos órgãos que me indigitaram, ou seja, do PAIGC”, precisou o Primeiro-ministro, Aristides Gomes.

Questionado se o seu partido renovar a confiança na sua pessoa se iria conseguir trabalhar com o presidente declarado vencedor do escrutínio, Gomes respondeu: “aí eu teria que trabalhar como sempre trabalhei, em representação do partido [PAIGC]”.

O gabinete jurídico do PAIGC impugnou os resultados das presidenciais de 29 de dezembro, divulgados no dia 01 de janeiro pela Comissão nacional de eleições, segundo os quais Umaro Sissoco Embaló venceu o escrutínio com 53,55 votos válidos contra os 46 por cento de  Domingos Simões Pereira. ANG/ O democrata



Presidenciais 2019/2ª volta


Sinjotecs considera de positiva a cobertura mediática da segunda volta das presidenciais

Bissau, 6 Jan 20 (ANG) – O Sindicato Nacional de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social(Sinjotecs),  considera de positiva a cobertura mediática durante a segunda volta das presidenciais de 29 de Dezembro 2019.

Segundo o Secretário-geral do Sinjotecs, Diamantino Domingos Lopes em entrevista exclusiva à ANG, o balanço das coberturas são positivas tendo em conta o essencial que é levar a informação junto à população.

"O essencial é levar junto ao público a informação sobre atividades de campanha dos candidatos, partidos e movimentos que apoiaram os candidatos", frisou Domingos Lopes.

Acrescentou ainda que, na perspectiva formal e do ponto de vista do Sinjotecs, a cobertura foi muito bom porque houve uma ampla divulgação das atividades politicas, o que permitiu   a  sociedade em geral e os eleitores posicionarem.

Para aquele responsável é notório que todos os órgãos de comunicação social fizeram o possível para poder passar as informações e atividades dos candidatos e partidos,o  que Diamantino considerou de “boa contribuição”  dos autores da comunicação no processo.

Questionado sobre o cumprimento de Código de Conduta por parte dos órgãos de comunicação social, disse que foi criada uma Comissão de Monitorização de atividades da imprensa na campanha eleitoral  em que o Sinjotecs faz parte pelo que não quer antecipar o relatório da referida Comissão.

"Na primeira volta foi feito um relatório no qual a Comissão trouxe algumas considerações indicando duas Rádios que nas suas perspectivas não cumpriram devidamente o Código, caso de Rádio Capital e África Fm, em que deram uma réplica ao Conselho Nacional de Comunicação Social através da Célula de Monitorização", explicou Diamantino Lopes. ANG/MI/ÂC//SG

Presidenciais 2019/2ª volta





Bissau,06 Jan 20(ANG) - O candidato derrotado na segunda volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, reclama a sua eleição na segunda volta das eleições presidenciais do passado domingo com 53%, embora os resultados provisórios anunciados pela Comissão Nacional de Eleições(CNE), confirmassem que foi o seu adversário Umaro Sissoco Embalo.
 
"Nós recebemos um conjunto de elementos que foram tratados pela nossa diretoria da campanha e que mereceu análise bastante aturada e a projeção na altura apontava exatamente para os números que agora foram conferidos ao nosso adversário, que é 53%",afirmou Domingos Simões Pereira.


Em conferência de imprensa no sábado, 04 janeiro, num dos hotéis da capital Bissau, Simões Pereira fez lembrar aos guineenses e à CNE que a sua candidatura somente está a exigir que a verdade seja dita em relação ao processo eleitoral no país.

O candidato que foi suportado pelo Partido Africana da Independência de Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) revela ainda que não sente complexidade de aceitar o veredicto das urnas, mas decidiu avançar para o Supremo Tribunal de Justiça no sentido deste órgão apreciar anomalias que decorreram no dia da votação a nível do território nacional.

Segundo Pereira, após o fecho das urnas a nível nacional, duas horas depois, o seu adversário já tinha à sua deposição os dados do processo eleitoral, antes do fim da recolha pela entidade competente, o que demonstra claramente uma estranheza.

Para além deste aspecto, a diretoria da campanha de DSP alega ainda outras anomalias que se verificou no processo, como a verificação de atas sem carimbos e outras com carimbos diferentes nos mesmos distritos e regiões; rasuras sobre os números de apuramento; alterações sucessivas dos números do apuramento; atas com números imprecisos, arbitrários e inscritos e entre outros.

Igualmente líder do PAIGC, Simões Pereira diz que apesar deste imbróglio eleitoral que está agora no Supremo Tribunal de Justiça, mantém confiança nos seus pares da direção do partido e restantes dirigentes da formação política que governa a Guiné-Bissau.

Questionado pela imprensa sobre a sua continuidade à frente da liderança do partido, o antigo primeiro-ministro guineense diz que esta decisão é da exclusiva competência dos dirigentes e militantes do PAIGC.

Durante a sua intervenção, o candidato que foi anunciado como derrotado, promete continuar a sua luta para repor a verdade, utilizando as vias democráticas, contudo pediu calma e serenidade aos militantes do PAIGC.

Segundo os resultados provisórios da Comissão Nacional de Eleições guineense, Umaro Sissoco Embaló venceu as presidenciais com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira obteve 46,45%.

Simões Pereira pede a impugnação dos resultados provisórios anunciados na quarta-feira passada pela entidade, alegando ter provas que visam demonstrar que os resultados finais foram adulterados.
ANG/Rádio Jovem

EUA


               Presidente Trump ameaça Irão com “enormes represálias”

Bissau, 06 jan 20(ANG) – O Presidente dos Estados Unidos ameaçou, no domingo, o Irão com “enormes represálias” caso ocorram ataques iranianos contra instalações norte-americanas no Médio Oriente.
“Se eles fizerem alguma coisa, haverá enormes represálias”, declarou Donald Trump a bordo do avião presidencial Air Force One, no regresso a Washingnton após duas semanas de férias na Florida (sudeste dos Estados Unidos).
Trump deixou também a ameaça de atacar locais culturais iranianos.
“Eles têm o direito de matar os nossos cidadãos (…) e não temos o direito de atingir os seus locais culturais? Isso não funciona assim”, declarou.
O Irão prometeu responder ao ataque aéreo norte-americano que na semana passada matou o general iraniano Qassem Soleimani, no aeroporto de Bagdade.
O general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No mesmo ataque morreu também o ‘número dois’ da coligação de grupos paramilitares pro-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras oito pessoas.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
O Irão anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas — Rússia, França, Reino Unido, China e EUA — mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em Maio de 2018.
No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano. ANG/Inforpress/Lusa

Presidenciais 2019/2ª volta




Bissau,06 Jan 20(ANG) - O candidato derrotado nas presidenciais da Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira, que impugnou no Supremo Tribunal de Justiça os resultados eleitorais, disse no último fim de semana que a transparência e a justiça não estão comprovadas no registo de votos expressos nas atas.

"A democracia anda em paralelo com a transparência e a justiça, que não estão comprovadas em relação ao registo dos votos expressos nas atas das assembleias de voto e muito menos na transposição das atas síntese para os quadros informáticos em tratamento", afirmou Domingos Simões.

"Por isso [foi interposto] o recurso judiciário esperando que as instâncias competentes deem a conhecer ao povo e à nação guineense a garantia de quem de facto mereceu a preferência dos guineenses para decidir o seu destino nos próximos cinco anos", disse o candidato apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), do qual também é presidente.

Domingos Simões Pereira falava aos jornalistas e apoiantes numa unidade hoteleira em Bissau com o objetivo de esclarecer a submissão de um requerimento de impugnação dos resultados da segunda volta das presidenciais, realizada dia 29 de dezembro.


"Queria aqui enaltecer o comportamento globalmente irrepreensível das forças de defesa e segurança que se mantiveram à margem do processo enquanto instituição, mas que devem proceder a um apuramento e responsabilização dos incidentes ocorridos e registados para contínua moralização e disciplina do serviço nobre que prestam à nação", disse Domingos Simões Pereira.

O presidente do PAIGC denunciou também que um apoiante de um candidato fez campanha eleitoral no dia da votação junto às assembleias de voto, com a distribuição de dinheiro, acompanhado de homens armados.

"Também uma palavra à comunidade internacional pelo acompanhamento que tem assegurado a situação política do nosso país, nomeadamente às missões de observação eleitoral que obviamente contribuem para um ambiente mais apaziguado e seguro do escrutínio, mas que certamente não têm como certificar a correção detalhada dos dados que são apurados e tratados", afirmou.

Domingos Simões Pereira destacou também o "excelente" trabalho da sua candidatura e diretoria de campanha, salientando que o que fizeram vai resultar na sua vitória "caso os esclarecimentos sejam de facto aportados e as correções feitas".

"A todos asseguramos o nosso firme compromisso com os valores democráticos e a nossa determinação em conhecer a verdade e respeitar a vontade do povo expresso das urnas", afirmou.

Domingos Simões Pereira entregou na sexta-feira no Supremo Tribunal de Justiça o pedido de impugnação das eleições com base em alegadas provas de fraude na votação de domingo passado, segundo fontes da candidatura.

As alegadas provas "visam demonstrar que os resultados finais foram adulterados".

Entre os argumentos para fundamentar as alegadas irregularidades, os advogados da candidatura de Simões Pereira juntaram elementos de indiciam "discrepância entre o número de inscritos para votar e o número de votantes".

Fonte do Supremo Tribunal de Justiça, que na Guiné-Bissau tem também competência de tribunal eleitoral, disse à Lusa que o dossiê de impugnação das eleições por parte da candidatura de Domingos Simões Pereira deu entrada no cartório do tribunal e que agora será apreciado, na próxima semana, "para avaliar a sua justeza ou não" de acordo com a lei eleitoral guineense.

Segundo os resultados provisórios apresentados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), o general Umaro Sissoco Embaló venceu o escrutínio com 53,55% dos votos, enquanto o candidato Domingos Simões Pereira, apoiado pelo PAIGC, conseguiu 46,45%.ANG/Lusa


Cabo Verde


                      Primeiro-ministro felicita Umaro Sissoco Embaló

Bissau, 06 jan 20(ANG) – O primeiro-ministro de cabo Verde felicitou sábado Umaro Sissoco Embaló pela vitória alcançada nas últimas eleições presidenciais , almejando que tal acto “contribua em definitivo” para a estabilidade da Guiné-Bissau.
Segundo a Inforpress que cita a cata de felicitação de Ulisses Correia e Silva, o chefe de Governo cabo-verdiano desejou também que a vitória de Umaro Sissoco Embaló sirva para a “concretização do designo maior”, que é o desenvolvimento, num ambiente de “paz, democracia, transparência, liberdade e justiça social”.
Conforme Ulisses Correia e Silva, “Cabo Verde está ligada à Guiné-Bissau” por “fortes laços históricos e de sangue”, por isso augurou “hoje e sempre o melhor futuro possível”, com instituições públicas “inclusivas e modernas” ao serviço da prosperidade, pois, salientou, “só assim” a Guiné-Bissau poderá aproveitar e fazer “frutificar as suas imensas potencialidades”.
“Não há desenvolvimento sem liberdade de preservação tenaz de dignidade da pessoa humana e sei que vossa excelência acredita nestes valores sagrados e universais”, sublinhou.
Segundo destacou, Cabo Verde conta “hoje mais do que nunca” com uma Guiné-Bissau “democrática e positiva”, com vista ao fortalecimento dos compromissos fundamentais na CEDEAO, CPLP e nas Nações Unidas, conciliando, na medida do possível, os valores superiores com os interesses nacionais.
Por fim, expressou que neste ano novo que hora desponta, “os melhores votos de paz, concórdia e esperança ao povo irmão guineense”. ANG/Inforpress


Impugnação de resultados eleitorais





Bissau,06 Jan 20(ANG) - O Presidente eleito da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, considera de normal a decisão de Domingos Simões Pereira avançar para as instâncias judiciais para impugnar os resultados da segunda volta das eleições presidenciais no país.

"È um exercício politico e eu respeito esta posição do Domingos Simões Pereira, mas é primeira vez que assisto um candidato perder eleições e pretende avançar para anular o processo", argumentou Umaro Sissoco Embaló.


Em declaração aos jornalistas, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira em Bissau, antes da sua partida para o Senegal, Sissoco Embaló mostrou-se confiante que os guineenses vão encontrar a solução plausível para ultrapassar esta questão.

Embaló, que derrotou Simões Pereira na segunda volta das eleições presidenciais, afirma que vai ser um Chefe de Estado que fará história na Guiné-Bissau, com o respeito mútuo e na base da concórdia nacional entre todos os guineenses, incluindo DSP.

Nesta senda, o Presidente eleito aconselhou ao candidato derrotado nas presidenciais no sentido de reconhecer o veredito das urnas do domingo último no país.
"O povo guineense já expressou a sua vontade nas urnas e nós temos só que aceitar a vontade popular dos cidadãos guineenses", referiu Embaló.

Além do encontro com o Chefe de Estado do Senegal, Macky Sall, o Presidente eleito da Guiné-Bissau revela ainda que vai encontrar-se com o Presidente do Congo e Nigéria, Denis Sassou Nguesso e Muhammadu Buhari, respetivamente.

Questionado pela imprensa se vai manter a confiança no atual executivo liderado por Aristides Gomes, Sissoco Embaló escusou-se a abordar o assunto, mas garante que após a cerimónia da tomada de posse os guineenses vão conhecer as suas primeiras medidas sobre o país.

No domingo último, o primeiro-ministro, Aristides Gomes, voltou a afirmar que, caso Umaro Sissoco Embalo fosse eleito Chefe de Estado, iria abandonar o executivo.
Segundo os resultados provisórios da Comissão Nacional de Eleições guineense, Umaro Sissoco Embaló venceu as presidenciais com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira obteve 46,45%.
Simões Pereira reclama a impugnação dos resultados provisórios anunciados na quarta-feira passada pela entidade, alegando ter provas que visam demonstrar que os resultados finais foram adulterados. ANG/Rádio Jovem

Venezuela


Rival de Guaidó se autoproclama presidente do Parlamento e oposição denuncia golpe
Bissau, 06 jan 20 (ANG) - O deputado Luis Parra se autoproclamou no domingo (5) presidente do Parlamento da Venezuela numa  sessão  realizada sem a presença de seu rival, Juan Guaidó, que tentava se reeleger, mas foi impedido de entrar no Palácio Legislativo.
A oposição qualifica o ato de "golpe de Estado parlamentar".
Durante mais de quatro horas Guaidó e deputados da maioria opositora tentaram, sem sucesso, entrar no Palácio Legislativo, bloqueado por piquetes policiais e militares.
Apenas os deputados do chavismo e os críticos do líder opositor conseguiram entrar no prédio.
Enquanto Guaidó estava do lado de fora, imagens de Parra prestando juramento com um megafone na tribuna presidencial foram exibidas pela TV estatal VTV. Em meio a gritos que tornaram o discurso inaudível, ele prometeu "sair desta desgraça". 
A conta da Assembleia Nacional no Twitter informou que a proclamação de Parra foi feita "sem votos ou quórum", enquanto a assessoria de imprensa de Guaidó classificou a ação como um "golpe de Estado parlamentar".
Parra é acusado de ter feito lobby junto a autoridades de Colômbia e Estados Unidos para livrar de responsabilidade o empresário colombiano Carlos Lizcano em casos de suposto custo extra na importação de alimentos para o governo de Nicolás Maduro.
 Ele foi excluído de seu partido após a denúncia, mas afirma continuar se opondo a Maduro.
A reeleição de Guaidó como presidente do Parlamento era vista como uma oportunidade para o opositor, que sofre de uma queda de popularidade, dar um novo impulso em seu projeto político. Foi se apoiando no cargo de chefe do Parlamento que ele se autoproclamou presidente interino, em janeiro do ano passado, sendo reconhecido em seguida por cerca de 50 países, entre os quais o Estados Unidos.
Antes da tumultuada sessão parlamentar, Guaidó afirmou que dispunha de votos necessário para ser reeleito.
“Os que impedem a legítima instalação do Parlamento venezuelano se tornam cumplices da ditadura e dos que oprimem o povo venezuelano”, declarou em seguida nas redes sociais.ANG/RFI/AFP

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Presidenciais 2019/2ª volta


Secretária Executiva e porta-voz da CNE considera de “falsas”  informações veiculadas nas redes sociais

Bissau, 03 Jan 20 (ANG) – A Secretária Executiva e Porta-voz da Comissão Nacional das Eleições(CNE) considerou de “falsas e manipulações” as informações veiculadas nas redes sociais sobre a sua pessoa após o anúncio dos resultados provisórios da segunda volta das presidenciais de 29 de Dezembro.

Felisberta Moura Vaz que falava em conferência de imprensa esta sexta-feira disse que esta “vã  tentativa”, tem como o fito desestabilizar e fragilizar a coesão  interna e firmeza dos dirigentes da CNE que juraram sempre respeitar e fazer observar as leis da República na condução dos processos eleitorais.

Na quinta-feira, foi veiculada nas redes sociais  que a Secretária Executiva Adjunta e porta voz da Comissão Nacional de Eleições, Felisberta Moura, afirmou que os resultados provisórios divulgados na passada quarta-feira não correspondem com os dados reais existentes naquela instituição.

Salientou que o sistema eleitoral guineense, dada a sua clareza e transparência, permite aos delegados de lista de cada mesa de Assembleia de Voto ter acesso a cópia da acta síntese nas Comissões Regionais de Eleições e os representantes  têm acesso as actas de apuramento regional.

“Caso haja qualquer anomalia ou irregularidade, em tempo útil, a parte interessada deve reagir de imediato evocando a matéria de facto e o seu devido enquadramento na matéria de direito, que é a legislação Eleitoral,” frisou.

Moura Vaz afirmou ainda que a CNE não recebeu nenhuma reclamação que possa ser objecto de contencioso eleitoral.

A Secretária Executiva Ajunta da CNE esclareceu que o apuramento nacional, é apenas uma compilação dos dados  de apuramento regionais, que é feito com base nas actas das mesas das Assembleias de Voto de cada região e sob a fiscalização do Ministério Público.
Moura Vaz reafirmou que a união existente na CNE é indivisível e que estão disponíveis e  prontos  para mais esclarecimentos sobre a situação por vias próprias e nas instâncias competentes.

Resultados provisórios divulgados quarta-feira pela CNE confirmaram que  Umaro Sissoco Embaló venceu as eleições presidenciais com 63,55 por cento dos votos contra os 46 por cento de Domingos Simões Pereira. ANG/JD/ÂC//SG

Cooperação


                  Presidente português felicita Umaro Sissoco Embalo


Bissau,03 Jan 20(ANG) - O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou quinta-feira o vencedor das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, mostrando a intenção de aumentar a cooperação com aquele país africano lusófono.

"O Presidente da República reiterou a afirmação da firme intenção de Portugal colaborar com o novo Presidente eleito da Guiné-Bissau, incrementando a colaboração no quadro bilateral, e multilateral, com aquele país africano de língua oficial portuguesa", lê-se numa nota colocada no site da Presidência portuguesa.

Marcelo "falou quinta-feira ao telefone com Umaro Sissoco Embaló, a quem felicitou pelos resultados nas eleições presidenciais na Guiné-Bissau, na [quarta-feira] anunciados pela Comissão Nacional de Eleições deste país irmão", lê-se ainda na nota.

Mais de 760.000 guineenses foram chamados às urnas no domingo para escolherem o próximo Presidente da Guiné-Bissau entre Umaro Sissoco Embaló e Domingos Simões Pereira.

Segundo os resultados provisórios apresentados pela Comissão Nacional de Eleições, o general Umaro Sissoco Embaló venceu o escrutínio com 53,55% dos votos, enquanto o outro candidato Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), conseguiu 46,45%.

Na quarta-feira, o candidato derrotado admitiu impugnar as eleições: "Se tenho a convicção que o povo guineense nos dá a vitória nestas eleições presidenciais significa que os resultados provisórios agora publicados pela Comissão Nacional de Eleições estão profundamente impregnados de irregularidades, de nulidades, de manipulações, que consubstancia e une àquilo que consideramos um roubo e não podemos aceitar", disse Domingos Simões Pereira, perante dezenas de apoiantes, na sede do partido.

"Nós vamos propor a impugnação destes resultados", afirmou em crioulo, acrescentando: "Depois de tudo o que vi, ouvi e sei não tenho dúvidas que o povo guineense nestas eleições presidenciais deu-nos a vitória, sim; eu não tenho dúvidas de que conquistámos a vitória nestas eleições presidenciais e a minha primeira palavra é dirigida aos milhares de militantes e simpatizantes do nosso partido".

No discurso de vitória, o candidato mais votado, Sissoco Embaló afirmou: "Penso que já acabou a euforia da campanha, agora sou o Presidente da República de todos os guineenses e é o momento de estender a mão a todos os guineenses para batizarmos uma nova Guiné".

"Eu, como disse, reformulo outra vez ser um Presidente da concórdia nacional, um homem de rigor, de disciplina, de combate à corrupção e à droga. Isso, eu mantenho. A Guiné não será aquele Estado que permite a cada um falar da Guiné como quer. Agora há um homem de Estado", salientou.

Umaro Sissoco Embaló afirmou também que os guineenses vão passar a sentar-se à mesa para resolver os seus problemas e que "não haverá imiscuições", porque a Guiné-Bissau é uma "República soberana e independente".ANG/Lusa

Presidenciais 2019/2ª volta


            Enviado da ONU pede “maturidade e moderação” pós-eleições
Bissau,03 Jan 20(ANG) - O enviado especial do secretário-geral da ONU à África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, felicitou a Comissão Eleitoral da Guiné-Bissau pelo anúncio dos resultados das eleições presidenciais de 29 de dezembro.
O órgão proclamou o candidato Umaro Sissoco Embaló, do Movimento para a Alternância Democrática, Madem-G15, vencedor da corrida eleitoral.
O presidente eleito, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática, Madem-G15, obteve 53, 55% dos votos, enquanto o vencedor do primeiro turno, Domingos Simões Pereira, do PAIGC, obteve 46,45% dos votos válidos.

O presidente-eleito é major-general na reserva e antigo primeiro-ministro.
 De acordo com autoridades eleitorais, o índice de abstenção foi de mais de 27% e superior ao do primeiro turno, quando um quarto dos eleitores não compareceu às urnas.
Chambas esteve no país acompanhando as atividades do pleito entre 28 a 31 de dezembro. O enviado elogiou os guineenses pelo “bom andamento das eleições e pelo clima pacífico que prevaleceu durante todo o processo eleitoral”.
O também chefe do Escritório da ONU para a África Ocidental e o Sahel, Unowas, elogiou os dois candidatos pela “tolerância e elegância em aceitar os resultados”. O representante apelou ainda a todos os membros das forças políticas que continuem mostrando “maturidade e moderação durante esse período pós-eleitoral”.
A nota do enviado especial da ONU destaca que a Comissão Eleitoral teve uma condução exemplar do processo, o que segundo Chambas “marca um importante passo à frente no desenvolvimento democrático da Guiné-Bissau”.
O enviado concluiu reiterando o compromisso das Nações Unidas de continuar a apoiar o governo e o povo da Guiné-Bissau em seus esforços para consolidar a paz e o desenvolvimento na nação africana de língua portuguesa.
De acordo com agências de notícias, logo após o resultado, na quarta-feira, o candidato derrotado Domingos Simões Pereira contestou a apuração afirmando que houve denúncias de irregularidades em algumas partes do país. Ele disse que levará o tema à liderança do PAIGC para estudar que providências jurídicas serão tomadas. ANG//Africa21Digital
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Turquia


                Parlamento  dá luz verde à intervenção militar na Líbia
Bissau, 03 jan 20 (ANG) - O Parlamento turco aprovou  quinta-feira, 2 de janeiro,com 325 votos a favor e 184 contra a moção que autoriza o envio de soldados turcos para a Líbia.
 O chefe de Estado Erdogan teve a garantia do apoio dos deputados de seu partido e de seu aliado ultranacionalista, mas a oposição se uniu contra o texto.
Caberá agora ao governo turco decidir sobre o número de militares, o tempo de permanência em solo líbio e área exata de atuação das tropas.
Mais do que envio de soldados por terra, o que se prevê para a operação da Turquia na Líbia é o suporte para treinamento e a ocupação do espaço aéreo. Nada disso tem ainda hora para começar. Mas tem prazo para acabar: a validade é de um ano após a aprovação da medida.
A contar pelo momento em que o Parlamento turco votou a moção, o governo de Ancara tem pressa. A expectativa era de que o texto fosse avaliado apenas na semana que vem, quando o legislativo voltaria do recesso de inverno. Mas, nesta quinta-feira (02), os legisladores turcos foram convocados e o projeto recebeu 325 votos a favor por parte do AKP, o partido do presidente Tayyip Erdogan, juntamente com seus aliados nacionalistas, contra 184 votos dos partidos de oposição. Ou seja, placar com ampla vantagem para os governistas.
A Turquia vai atuar na capital Trípoli ao lado do governo líbio reconhecido pelas Nações Unidas, o chamado Governo de Acordo Nacional. Enquanto isso, outros países apoiam o general Khalid Haftar, que domina hoje o leste da Líbia.
A decisão turca foi rapidamente criticada pelo Egito que, ao lado de Emirados Árabes e Rússia, é um dos principais apoiadores do militar, que controla o leste líbio.
O governo do Cairo declarou que condena fortemente a entrada militar da Turquia e que o deslocamento de tropas turcas afetará negativamente a estabilidade da região mediterrânea, pedindo à comunidade internacional uma resposta urgente.
O presidente americano também se manifestou contrário à ação militar em Trípoli. Por enquanto, de forma reservada. Donald Trump discutiu a situação por telefone com Tayyip Erdogan e destacou a importância da diplomacia para resolver questões regionais.
O tema também será central no encontro de Erdogan com o presidente russo Vladimir Putin na próxima semana em Istambul. Apesar de estarem em lados opostos também na Síria, os dois têm se falado constantemente e mantido o tom cordial, posicionando-se como protagonistas na mediação de conflitos no Oriente Médio.
Assim como os Estados Unidos, o bloco europeu prefere a discrição. A União Europeia depende da Turquia para conter a entrada de refugiados e se calou diante da nova empreitada externa turca.
Para um país que já não vai bem economicamente, como a Turquia, o avanço para além do Mediterrâneo representa uma oportunidade e um risco. De acordo com analistas políticos, depois da intervenção militar na Síria, a futura entrada na Líbia é um novo exemplo da crescente autoconfiança turca como uma potência regional.
Tayyip Erdogan tem como objetivo retomar a posição turca de líder no mundo islâmico com essa política expansionista a fim de reviver os tempos áureos do antigo Império Otomano. Ele lembrou recentemente que a Líbia foi o último território da época dos sultões a ser perdido. Foi em 1912, quando passou para o controle da Itália.
As operações com Exército também tiram a Turquia da posição de isolamento e a coloca na mesa de negociação lado a lado com outros países. Além do acordo militar, o governo de Ancara assinou em novembro com Fayez al-Sarraj, o primeiro-ministro do governo reconhecido pela ONU na Líbia, parceria que dá direito à demarcação de fronteiras marítimas para a Turquia explorar zonas do Mediterrâneo ricas em gás e petróleo.
São áreas desejadas por outros países como Grécia, Egito, Chipre e Israel. Arriscado é prever como a Turquia vai sustentar várias frontes de confronto tanto no campo diplomático quanto financeiro. E há quem diga até que tudo isso é para estimular o nacionalismo e Erdogan angariar seguidores internamente para uma possível convocação antecipada de eleições gerais neste ano. ANG/RFI

Política





Bissau,03 Jan 20(ANG) - Os dirigentes da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), que apoiaram a candidatura de Domingos Simões Pereira, foram “proibidos” de entrar na sede nacional do partido.

 A Informação foi confirmada à RFI pelo primeiro vice-presidente Mamadu Saliu Lamba.

O incidente se regista um dia depois de o Presidente eleito, Umaro Sissoco Embaló, ter apelado à união dos guineenses e de ter pedido ao líder do APU-PDGB, Nuno Nabian, para resolver a crise interna no partido.

Ao todo são cinco dirigentes que foram impedidos de aceder às instalações do partido liderado por Nuno Nabian:Juliano Fernandes, actual ministro do Interior, Armando Mango, porta-voz do governo, Fatumata Dja Baldé, ministra da Função Pública e Modernização do Estado, Joana Cobde Nhanke, irmã do ex-presidente Kumba Yalá, Márciano Indi, líder da bancada parlamentar do partido e Mamadu Saliu Lamba.

A juventude do partido tinha prevista a realização esta sexta-feira de uma conferência de imprensa para esclarecer o impedimento imposto aos dirigentes do partido, mas o encontro com jornalista acabou por ser adiado .

O APU-PDGB ficou mais  dividido quando o lider do partido decidiu assinar em Dacar, no Senegal um acordo de apoio à candidatura de Umaro Sissoco Embaló, “sem que essa decisão fosse submetida aos órgãos competentes do partido para efeitos de aprovação prévia”.

Ainda em Dacar, Nuno Nabian terá tido conhecimento de que alguns dirigentes declararam em Bissau que o apoio ao Umaro Sissoco Embalo só  engajaria à ele(Nuno).

Nos dias subsequentes a situação ficou mais clara com a decisão  dos cinco dirigentes do partido de apoiar a candidatura de Domingos Simões Pereira, alegando o acordo de incidência governativa e parlamentar que o partido ja mantinha com o PAIGC.

Nabiam mais tarde decidiu romper-se com o PAIGC mas não consegui mover três deputados que se mantiveram ligados ao PAIGC, iniciaiva que impossibilitou a perda da maioria parlamentar pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde. ANG/RFI