Presidente Trump ameaça Irão com “enormes represálias”
Bissau,
06 jan 20(ANG) – O Presidente dos Estados Unidos ameaçou, no domingo, o Irão
com “enormes represálias” caso ocorram ataques iranianos contra instalações
norte-americanas no Médio Oriente.
“Se
eles fizerem alguma coisa, haverá enormes represálias”, declarou Donald Trump a
bordo do avião presidencial Air Force One, no regresso a Washingnton após duas
semanas de férias na Florida (sudeste dos Estados Unidos).
Trump
deixou também a ameaça de atacar locais culturais iranianos.
“Eles
têm o direito de matar os nossos cidadãos (…) e não temos o direito de atingir
os seus locais culturais? Isso não funciona assim”, declarou.
O Irão
prometeu responder ao ataque aéreo norte-americano que na semana passada matou
o general iraniano Qassem Soleimani, no aeroporto de Bagdade.
O
general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morreu
na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao
aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump.
No
mesmo ataque morreu também o ‘número dois’ da coligação de grupos paramilitares
pro-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização
Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras oito pessoas.
O
ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada
norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o
envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
O Irão
anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado
nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de
Segurança das Nações Unidas — Rússia, França, Reino Unido, China e EUA — mais a
Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de
armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em Maio de 2018.
No
Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o
acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a
ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a
presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.
ANG/Inforpress/Lusa
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