Irão reconhece ter
abatido por erro avião ucraniano
Bissau, 13 jan
20 (ANG) - O Exército iraniano reconheceu sábado ter
abatido,por erro, o Boeing 737 da Ukraine Airlines, cuja queda levou a morte
das 176 pessoas que se encontravam a bordo.
Segundo as autoridades do Irão, o erro
humano, deve-se à tensão e ao estado de alerta permanente em que estão os
militares iranianos, perante a eventualidade de um ataque norte-americano.
O Presidente Hassan Rohani, qualificou de
tragédia o sucedido e afirmou que medidas serão tomadas para apurar as
responsabilidades.
Por intermédio da rede social twitter, o
chefe de Estado irananiano lamentou profundamente o erro trágico e apresentou
as suas condolências às famílias das vítimas.
Num comunicado difundido pela televisão
pública, o comando dos Guardas da Revolução, corpo de elite do Exército
iraniano, que era comandado pelo general Soleimani, afirmou assumir totalmente
a responsabilidade da queda do avião.
O Presidente da Ucrânia Volodmyr Zelensky,
exigiu a Teerão desculpas oficiais e uma punição severa aos responsáveis pelo
acto trágico.Zelensky devia conversar ao telefone com o seu homólogo iraniano
Hassan Rohani.
De acordo com o Exército iraniano, no
decurso da sua descolagem, o avião das linhas aéreas ucranianas teria
sobrevoado uma zona militar.
Até este sábado, as autoridades de Teerão
tinham negado qualquer implicação no Boeing abatido,horas depois de o Irão ter
disparado mísseis contra bases americanas no norte do Iraque, como retaliação
ao assassínio do general Qasssem Soleimani pelos Estados Unidos, no dia 3 de
Janeiro.
O chefe da diplomacia iraniana Mohammad
Javad Zarif, considerou que um erro humano provocado pelo aventureirismo dos
Estados Unidos, resultou no desastre.
Zarif pediu, em nome do Irão, desculpas às
famílias das vítimas, assim como aos países donde elas são oriundas.
Morreram 176 pessoas, das quais a maioria
eram iranianos e canadianos.
Segundo o Presidente Emmanuel Macron,que
conversou ao telefone com o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, a França
será associada ao inquérito internacional sobre o trágico acidente.
As autoridades de Teerão, que já recuperaram
os gravadores de voo (caixas pretas) informaram que representantes do Canadá e
dos Estados Unidos, participarão na análise do conteúdo das referidas caixas,
que levará entre quatro e oito semanas. ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário