“Estudantes guineenses estão bem na China”, diz MNE
Bissau,
29 jan 20 (ANG) - O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau
anunciou terça-feira que os estudantes guineenses que se encontram na República
Popular da China, onde já morreram 132 pessoas devido ao coronavírus, estão bem
e "sob fortes medidas de prevenção nas suas
universidades".
Num comunicado enviado
à imprensa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros esclarece que na cidade de
Wuhan, onde foi detetado pela primeira vez o vírus, estudam sete guineenses,
mas três estão fora da cidade, de férias.
"Neste exato momento em Wuhan, só restam
quatro estudantes que segundo informações recebidas até terça-feira estão bem e
sob fortes medidas de prevenção nas suas universidades", salienta-se no comunicado.
O Governo guineense
refere também que nas outras grandes cidades chinesas onde fooram detetados o
vírus e onde estão também estudantes da Guiné-Bissau "não foi detetado
nenhum caso".
"Os estudantes estão nas suas universidades,
nos seus quartos, seguindo as instruções de precaução e recomendações emitidas
pelas autoridades chinesas", refere o comunicado.
O Ministério dos
Negócios Estrangeiros guineense sublinha também que está a acompanhar a
situação de perto e que prepara medidas de apoio aos estudantes guineenses no
caso de ser necessário alguma intervenção.
A China elevou para 132
mortos e mais de 5.900 infetados o balanço de vítimas do novo coronavírus
detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
As quase 6.000 infeções
confirmadas mostram que já foi ultrapassado na China o número de pessoas
afetadas durante a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na
sigla em inglês), que atingiu 5.327 pessoas entre novembro de 2002 e agosto de
2003, segundo dados oficiais.
Hoje, foi identificado
um caso de contágio pelo novo coronavírus (2019-nCoV) nos Emirados Árabes
Unidos, o primeiro detetado em países do Médio Oriente.
Além do território
continental da China, foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong,
Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname,
Nepal, Malásia, Austrália, Canadá, Alemanha, França e Emirados Árabes Unidos.
A região de Wuhan
encontra-se em regime de quarentena, situação que afeta 56 milhões de pessoas.
Vários países já
começaram o repatriamento de cidadãos de Wuhan, cidade que foi colocada sob
quarentena, na semana passada, com saídas e entradas interditadas pelas
autoridades durante um período indefinido, e diversas companhias suspenderam as
ligações aéreas com a China.
A União Europeia (UE)
envia hoje o primeiro de dois aviões à região chinesa de Wuhan para repatriar
250 franceses e outros 100 cidadãos europeus que o solicitem,
"independentemente da nacionalidade".
O Governo português já
anunciou que quer retirar por via aérea os portugueses retidos em Wuhan.
Outros países, como
Estados Unidos e Japão também já iniciaram operações de repatriamento de
cidadãos.
A doença foi
identificada como um novo tipo de coronavírus, semelhante à pneumonia atípica,
ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas
na China continental e em Hong Kong.
As autoridades chinesas
admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.
As pessoas infetadas
podem transmitir a doença durante o período de incubação, que varia entre um
dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.ANG/Lusa
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