Autoridades sanitárias guineenses querem diminuir mortalidade materna e
infantil com assitência médica gratuíta
Bissau,29
Jan 20(ANG) - O Ministério da Saúde Pública tem fornecido assistência médica
gratuita a grávidas e a crianças menores de cinco anos para diminuir a taxa de
mortalidade materna e infantil com o apoio de vários parceiros internacionais.
"As mulheres grávidas não pagam pelos serviços de saúde que precisam
durante esse período, as crianças menores de cinco anos também não e isso tudo
é feito em coordenação com os nossos parceiros", afirmou à Lusa a ministra da Saúde, Magda Nely
Robalo.
Segundo
a ministra, as mães não pagam também as cesarianas "para que possam
dispor de um serviço que precisam e não tenham de correr riscos de saúde e até
morrer, porque não tem possibilidades financeiras".
Na
Guiné-Bissau, por cada 100.000 nascimentos morrem 900 mulheres.
A taxa de
mortalidade materna é uma das mais altas do mundo e há vários parceiros
envolvidos a trabalhar com o Governo a nível nacional para contrariar os
números.
"As taxas são elevadas e nós temos em
algumas regiões aquilo a que chamamos a 'caça das mães´, onde as mães que têm
uma gravidez de risco vão passar um período até ao nascimento do bebé para
serem seguidas mais de perto", disse a
ministra.
Magda
Nely Robalo explicou que há um trabalho focalizado na mãe e na criança e que
também tem foco sobre o reforço do sistema de saúde.
"Ter maior
capacidade para fazer cesarianas, ter mais capacidade para as consultas
pré-natal, para as ecografias e para o atendimento das mulheres nas consultas,
para dar mosquiteiros impregnados para que não sofram de paludismo, que façam o
tratamento de prevenção do paludismo durante a gravidez, há todo um pacote
dedicado à mãe e criança para que de facto possamos reduzir a mortalidade
materna e a infantil",afirmou.
Segundo
o Fundo das Nações Unidas para a Infância, na Guiné-Bissau em cada 26
nascimentos uma criança morre.ANG/Lusa
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