Trump destruirá 52
alvos no Irão se Teerão atacar interesses americanos
Bissau, 07 jan 20 (ANG) - O Presidente
americano, Donald Trump, nas vestes de comandante em chefe das forças armadas,
ameaça o Irão com ataques devastadores, se Teerão insistir em querer
atacar interesses americanos em represália ao assassínio do general
iraniano Soleimani por forças americanas.
Trump, escreveu no Twitter que os Estados
Unidos já têm identificados 52 alvos que serão atacados "muito rapidamente
e muito duramente" se o Irão atacar objectivos americanos.
Certos desses alvos
iranianos "são de alto nível e muito importantes para o Irão e para a
cultura iraniana", escreveu numa série de tuítes, o chefe da Casa Branca.
"Os Estados Unidos já não estão dispostos a mais ameaças",
advertiu, Donald Trump.
O Presidente americano, escreve na sua
conta Twitter que os 52 alvos selecionados para serem atacados, têm uma
carga simbólica representando "os 52 reféns americanos retidos
durante mais de um ano em fins de 1979 na embaixada americana em Teerão pelas
autoridades iranianas".
O Irão que já tinha prometido vingar o
assassínio do general Soleimani, reagiu, desafiando Trump a ter
"coragem" de atacar os alvos escolhidos, maneira de reafirmar também
que não recuará nas ameaças já feitas de retaliação.
O embaixador iraniano na ONU, Majid Takht
Ravanchi, denunciou um "acto de guerra" que deve ter uma resposta
"militar".
Nesse sentido aumenta a tensão e as
facções pró-iranianas no Iraque e duma maneira geral no Irão e Médio oriente
apelam a ataques contra bases e tropas americanas ou diplomatas
americanos.
No Iraque, o Parlamento pediu ao governo
iraquiano para expulsar a coligação internacional do país, liderados pelos
Estados Unidos.
Em matéria de reacções diplomáticas, Paris
e Moscovo, apelam à retenção e ao respeito do acordo de Viena sobre o nuclear
iraniano pelo Irão.
A China reuniu-se com a Rússia e a
França, países membros do conselho de segurança, para fustigarem o
"aventureirismo militar" americano, prometendo manter-se em contacto
na perspectiva dalguma iniciativa comum.
"O comportamento americano é ilegal e
tem de ser condenado", disse o ministro russo dos Negócios estrangeiros,
Sergueï Lavrov.
Dito isto, vozes diplomáticas sem anúncio
duma acção concreta, contra os Estados Unidos e as ameaças de Trump de
ataques devastadores de 52 alvos nomeadamente culturais no Irão.
Não será a primeira vez que o Presidente
dos Estados Unidos, enquanto comandante em chefe das forças armadas, levará a
cabo ataques, escudado nas suas prerrogativas constitucionais, informando
apenas o Congresso, sem necessidade de autorização prévia.
E o chefe da diplomacia americana Mike
Pompeo, reforça o discurso de Trump, dizendo que os ataques serão feitos
"no quadro da lei".
Pompeo já tinha criticado os europeus, que não foram
solidários, no ataque americano com drone que matou o general iraniano,
Soleimani. ANG/RFI
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