terça-feira, 11 de julho de 2023

    Lituânia/França vai entregar à Ucrânia mísseis de longo alcance 'Scalp'

Bissau, 11 Jul 23 (ANG) – O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje, no primeiro dia da cimeira da NATO, que a França vai entregar à Ucrânia mísseis de longo alcance 'Scalp', decisão já criticada pelo Kremlin, que ameaçou tomar “contra medidas”.

"Decidimos entregar novos mísseis que permitirão à Ucrânia um ataque com maior profundidade", disse Macron à chegada à cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Vílnius, na Lituânia, sem adiantar quantos serão encaminhados para Kiev.

“O que é importante para nós hoje é enviar uma mensagem de apoio à Ucrânia, de unidade da NATO e de determinação de que a Rússia não pode e não deve ganhar esta guerra", acrescentou.

O míssil de cruzeiro ‘Storm Shadow’, desenvolvido conjuntamente pelo Reino Unido e pela França e ​​​​​​​denominado 'Scalp' pelo exército francês, é lançado a partir o ar, tendo um alcance de mais de 250 quilómetros, mais do que qualquer outra arma fornecida a Kiev pelos países ocidentais.

Com o seu longo alcance, estes mísseis são capazes de atingir áreas no leste da Ucrânia controladas pelas forças russas.

Em maio, o Reino Unido foi o primeiro país a anunciar que estava a enviar mísseis de longo alcance para a Ucrânia. Poucos dias depois, a Rússia afirmou ter intercetado um ‘Storm Shadow’ no âmbito do conflito na Ucrânia.

“[Os mísseis ‘Scalp’] serão entregues mantendo a clareza e a coerência da nossa doutrina, ou seja, para permitir à Ucrânia defender o seu território", explicou Macron, excluindo implicitamente qualquer utilização para atacar a Rússia.

Segundo a revista especializada Défense et Sécurité Internationale, a França tem "menos de 400" destes mísseis.

O Presidente francês também se "congratulou" com o acordo alcançado com a Turquia para finalizar a adesão da Suécia à NATO.

Em Moscovo, através do porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a presidência russa considerou que o envio dos mísseis franceses para Kiev “é um erro” que vai obrigar a Rússia a tomar “contra medidas” no conflito com a Ucrânia.

"Do nosso ponto de vista, trata-se de uma decisão errada com consequências graves para a Ucrânia, porque naturalmente nos obrigará a tomar contra medidas", afirmou Peskov aos jornalistas.

A cimeira da NATO, que começou hoje na Lituânia, está centrada no apoio à Ucrânia contra a invasão russa e na adesão da Suécia à Aliança Atlântica, bem como no reforço dos meios militares dos aliados contra futuras ameaças.

O reforço das capacidades de dissuasão e defesa da Aliança é um dos principais temas da cimeira, que junta os 31 atuais membros para analisar uma revisão do modelo de organização militar e novos planos regionais - um plano cuja relevância foi fortalecida pela invasão russa da Ucrânia iniciada em fevereiro do ano passado.

A cimeira servirá para discutir ainda o reforço do investimento dos aliados, para dar resposta a este plano, bem como para suprir as necessidades da Ucrânia no seu esforço de guerra.   ANG/Lusa

 

Guiné Equatorial/ Decretado oficialmente o ensino do português no sistema educativo

Bissau, 11 Jul 23 (ANG) – O embaixador da Guiné Equatorial disse que o Governo do seu país decretou a introdução oficial da língua portuguesa no sistema educativo, a começar no próximo ano letivo, com recurso a professores que receberam formação específica.


“Temos vindo a realizar iniciativas pontuais do ensino da língua portuguesa. No próximo ano letivo que começa em breve, o português será introduzido de forma oficial no sistema educativo oficial da Guiné Equatorial com recurso a professores que receberam formação específica para desempenhar esta função”, disse à Lusa o embaixador daquele país africano em Lisboa, Tito Mba Ada, em Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, no âmbito da cerimónia de atribuição do prémio literário Guerra Junqueiro Lusofonia 2022.

O diplomata explicou ainda que a importância para a divulgação do português no seu país “é máxima”, a partir do momento que a Guiné Equatorial adotou a língua portuguesa de forma oficial, no âmbito da adesão à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em 2014, no decurso da cimeira que decorreu em Díli, Timor-Leste.

“Temos um núcleo de professores nacionais, futuros docentes da língua portuguesa, que fizeram formação especializada para lecionar o português. O Governo do meu país adotou estratégias de política linguística no seio da Universidade Nacional da Guiné Equatorial criando uma licenciatura em língua portuguesa”, avançou Tito Mba Ada.

De acordo com o embaixador equato-guineense em Lisboa e da missão junto da CPLP, outras medidas para a difusão da língua portuguesa foram adotadas nos meios de comunicação da Guiné Equatorial como é caso dos telejornais da televisão pública ou programas temáticos dedicados à difusão do português.

“Estas são medidas tomadas pelo Governo da Guiné Equatorial para a disseminação da língua portuguesa. Paralelamente estão a ser formados funcionários da administração pública para obter qualificações através da língua portuguesa, mas de uma forma mais específica. Isto significa que estamos a atracar a língua portuguesa em diferentes frentes: no âmbito escolar, no âmbito da função pública e da sociedade civil”, concretizou o diplomata.

Tito Mba Ada referiu ainda que a aprendizagem de uma língua como o português não tem um final é uma situação que passa de geração em geração.

“Nós nunca aprendemos a língua portuguesa na escola. Agora, os nossos jovens já estão a aprender na escola o língua portuguesa e que através dos mais novos a situação será melhorada. Por outro lado, a Guiné Equatorial esta a enviar jovens para fazer a sua formação em Portugal, no Brasil e em outros países da CPLP”, explicou.

 O embaixador disse ainda que o Ministério da Cultura, Turismo e Promoção Artesanal da Guiné Equatorial está a dar formação em língua portuguesa aos trabalhadores hoteleiros para fazerem a difusão deste idioma pelas ruas daquele país africano.

“Para a realização do nosso trabalho de aprendizagem e divulgação do português na Guiné Equatorial contamos com o apoio de várias entidades como o instituto Camões e de cooperação bilateral dos países membros da CPLP”, frisou Tito Mba Ada.

Por seu lado, o ministro da Cultura e Turismo da Guiné Equatorial, Prudencio Botey Sobole, disse à Lusa que já em tempos passados havia ligações culturais entre os vários países e a entrada para a CPLP veio reforçar as ligações.

“Considero tudo isto um vínculo de união desde os nossos antepassados dentro da atual comunidade [CPLP] que representamos”, referiu o governante.

Prudencio Botey Sobole referiu que o português é o terceiro idioma oficial da Guiné Equatorial e com a adoção deste idioma os países lusófonos caminham juntos.

Já a escritora equato-guineense Angela Nzumbi, laureada com o Prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia em 2020, disse que é um sonho ver os seus livros traduzidos para língua portuguesa.

A escritora prometeu também um livro escrito em português, mas admitiu que primeiro terá de ter conhecimento mais profundo da língua.  ANG/Lusa

 

    França/Mais de 60.000 mortos na Europa devido ao calor no verão de 2022

 Bissau, 11 Jul 23(ANG) – Mais de 60.000 pessoas morreram na Europa devido ao calor no verão de 2022, segundo um estudo hoje publicado pela revista científica Nature Medicine, que aconselha esforços redobrados para lidar com o aumento das temperaturas.

No total, a análise revela que entre 30 de maio e 04 de setembro de 2022, terão ocorrido 61.672 óbitos por causas diretamente relacionadas com o calor.

Os cientistas do Instituto Nacional de Saúde e Investigação Médica (Inserm) de França e do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) analisaram dados de temperatura e mortalidade para o período 2015-2022 em 823 regiões de 35 países europeus, representando uma população total de mais de 543 milhões de pessoas.

Construíram modelos epidemiológicos para prever a mortalidade para todas regiões durante todas as semanas do verão de 2022.

“É um número muito alto de mortes. Conhecíamos os efeitos do calor na mortalidade com o precedente de 2003, mas com esta análise vemos que ainda há muito trabalho a fazer para proteger as populações”, disse à agência France-Presse (AFP) o investigador do Inserm e coautor do estudo Hicham Achebak.

De acordo com as estimativas dos cientistas, sem uma resposta efetiva o continente europeu vai enfrentar uma média de mais de 68.000 mortes todos os verões até 2030 e mais de 94.000 até 2040.

O verão do último ano foi o mais quente já registado na Europa, caracterizado por uma intensa série de ondas de calor que quebraram recordes de temperatura, seca e incêndios florestais. ANG/Inforpress/Lusa

 


          Turquia
/Erdogan dá luz verde à entrada da Suécia na NATO

Bissau, 11 Jul 23 (ANG) – A Cimeira da NATO começa de forma positiva para os partidários desta organização de segurança e defesa, com os esforços diplomáticos dos Estados-membros a funcionarem junto da Turquia, que se opunha de forma veemente à entrada da Suécia no seio desta aliança.

Na noite de segunda-feira, já em Vilnius, onde nos próximos dois dias vai decorrer a cimeira da NATO, os Governos da Suécia e da Turquia anunciaram terem chegada a um acordo, com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, a mostrar-se satisfeito com este resultado. Recep Tayyip Erdogan disse que o protocolo de adesão da Suécia será transmitido "desde que possível" ao Parlamento turco de forma a acelerar o processo de integração deste país.

O outro país reticente perante esta entrada, a Hungria, parece agora também querer seguir o consentimento turco, dando um sinal positivo de acordo a esta entrada da Suécia. "A noss posição é clara, o Governo apoio a adesão de Estoclom à Aliança do Tratado do Atlântico Norte. A ratificação deste processo é apenas uma mera formalidade", declarou já o hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, na sua conta de Facebook.

Até agora, o primeiro-ministro Viktor Orban defendia que a Suécia tinha denegrido a Húngria várias vezes, apontando as falhas democráticas ao regime nacionalista de Orban. O líder húngaro defendeu mesmo que a Suécia usou a sua influência para prejudicar a Hungria em Bruxelas. ANG/RFI

 

   Zimbabwe/Governo pede à polícia para permitir manifestações da oposição

Bissau, 11 Jul 23 (ANG) - O Ministério do Interior do Zimbabwe anunciou hoje que d
eu instruções à polícia para permitir os comícios da oposição, nas vésperas das eleições de Agosto, depois de seis acções terem sido proibidas na semana passada.

"Pede-se aos comandantes da polícia que permitam aos partidos políticos celebrar encontros, a menos que existam razões realmente convincentes para os impedir", disse o ministro Kazembre Kazembe, numa nota interna dirigida à polícia e citado pela agência EFE.

"Recentemente, as redes sociais encheram-se de informações sobre partidos políticos a quem foi negado o direito de celebrar manifestações, o que levou a violentos confrontos com a polícia", reconheceu Kazembe no documento.

Sublinhando que estes incidentes "afectam gravemente a integridade do processo eleitoral".

A principal força da oposição, a Coligação de Cidadãos para a Mudança (CCC), liderada por Nelson Chamisa, tem vindo a denunciar os obstáculos que o grupo encontra, acusando a polícia de aliar-se com a União Nacional Africana do Zimbabwe - Frente Patriótica (ZANU-PF, no poder) para proibir mais de 90 das suas acções de pré-campanha desde a criação da coligação, em Fevereiro do ano passado.

Diferentes organizações defensoras dos direitos civis e humanos, como a Amnistia Internacional, têm denunciado uma crescente perseguição aos opositores nas vésperas dos comícios, assim como a detenção, apenas com motivações políticas, de dirigentes da oposição.

O Zimbabwe vai a eleições em Agosto, nas quais o actual Presidente, Emmerson Mnangagwa, de 80 anos e no poder desde 2017, quando destituiu Robert Mugabe num golpe de Estado, busca a reeleição, contra Chamisa, de 45 anos. ANG/Angop

 

segunda-feira, 10 de julho de 2023

CEDEAO/Chefes de Estado e de Governo prorrogam por um ano, mandato da missão de apoio a estabilização na Guiné-Bissau

Bissau,10 Jul 23(ANG) – Os Chefes de Estado e do Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), recomendaram a prorrogação por um ano, do mandato da Missão de Apoio a Estabilização na Guiné-Bissau(SSMGB) com efeitos à partir de 30 de Junho de 2023 para a consolidação da paz no país.

A decisão consta nas recomendações finais da 63ª Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, reunida no dia 09 do corrente mês, em Bissau, enviada hoje à ANG.

A Conferência deu instruções à Comissão da CEDEAO para tomar as medidas necessárias para o destacamento da Unidade de Polícia Formada, prometida pela República Federal da Nigéria para a Missão de Apoio à Estabilização na Guiné-Bissau e a localização da Quartel General da Força.

Em relação a Moeda Única, a Conferência constata a falta de consenso sobre definição do conceito de “maioria”, no quadro do Pacto de Convergência e Estabilidade Macroeconómica entre os Estados membros da CEDEAO.

A este respeito, a Conferência insta a Comissão a criar um Comité de Alto Nível composto pelos Presidentes das Comissões da CEDEAO e da UEMOA, do Governador do BCEAO, do Presidente do Conselho de Ministros da UEMOA, dos representantes de Cabo Verde, do Gana e da Nigéria, para propor modalidades práticas para a criação do ECO.

A Conferência adoptou a decisão que altera a Decisão A/DEC.3/7/18 de 31 de Julho d 2018, que institui o Fundo Especial para o financiamento dos programas do roteiro revisto da moeda única.

Em relação ao desempenho económico e implementação de Programas Prioritários de Integração Regional, a Conferência tomou nota da projeção de manutenção da taxa média de crescimento económico da Comunidade em 3,9 por cento, em 2023, como em 2022, apesar do difícil contexto internacional e do aumento contínuo dos preços no consumidor.

A este respeito, a Conferência exorta os Estados-membros a prosseguir os seus esforços para construir economias mais resilientes, em especial através da aplicação de reformas estruturais, de esforços para diversificar as economias e aumentar a oferta de produtos alimentares locais.

Relativamente a Paz, Segurança e Democracia, a Conferência reafirmou o compromisso de promover a democracia e a governação responsável, a paz e a segurança como pré-requisitos para o desenvolvimento económico sustentável e para uma maior integração da Região da África Ocidental.

A Conferência deplorou a deteorização da segurança e da situação humanitária nos países em transição e condenou a incidência contínua do terrorismo e das violações dos direitos humanos nos Estados-membros afetados.

Em relação ao processo de transição da região, a Conferência se congratula  com os mediadores da CEDEAO pela sua determinação em garantir o cumprimento, por estes três Estados-membros, nomeadamente Mali, Guiné Conacri e Burkina Faso, em transição das suas obrigações para o restabelecimento da ordem constitucional dentro do prazo acordado até 2024.

Às Autoridades de Transição apelaram  a reavaliação de esforços de mediação, considerando os desafios que possam constituir entraves substanciais ao restabelecimento da ordem constitucional nestes países.

A Conferência toma nota da realização de referendo constitucional no Mali, e indica que  representa um marco importante no roteiro de transição e de um passo importante para o restabelecimento da ordem constitucional neste Estado-membro.

A Conferência exorta aos Estados-membros de transição a permanecer comprometidos com os calendários de transição de 24 meses acordados e a garantir que os processos de transição sejam implementados,  de forma transparente, inclusive consultiva à  todas as partes interessadas relevantes.

Os Chefes de Estado e do Governo elegeram o Presidente da República Federal da Nigéria Bola AhmedTinubu, como Presidente da Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, para o mandato de um ano.

A Conferência prestou homenagem ao Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, e Presidente cessante da Conferência de Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO pela sua liderança e empenho no desenvolvimento da região da África Ocidental e na conclusão dos assuntos  da comunidade. ANG/ÂC//SG

Saúde/Presidente da República enaltece progresso da CEDEAO na luta contra Doenças Tropicais Negligenciadas

Bissau, 10 Jul 23 (ANG) - O Presidente da República, na qualidade de Presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) enalteceu o progresso da  organização sub-regional na luta contra Doenças Tropicais Negligenciadas (DNT).

Umaro Sissoco Embaló falava no ato de premiação dos Presidentes do Benin,  Gana e  da Comissão da CEDEAO, pelo empenho no combate contra a malária, à margem da 63ª Conferência dos Chefes de Estados e do Governo da CEDEAO decorrido no domingo, em Bissau.

”O peso das DNT nas nossas nações tem sido imenso, afetando  mais de mil milhões de pessoas do nosso planeta, dos quais  600 milhões são  do continente africano”, revela o Presidente Embaló.

Salientou que o conjunto de DTN perpetuaram ciclos de pobreza, dificultaram as oportunidades de educação e sufocaram o progresso económico. Tendo acrescentado que os seus efeitos foram sentidos pelo povo, principalmente os que vivem nas regiões remotas, e que o sofrimento suportado por inúmeros indivíduos e comunidades têm sido uma lembrança clara da urgente necessidade de ação de esforço coletivo no sentido de aliviar a situação.

As DTN mais comuns identificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) incluem o tracoma, ulcera, doença de sono, vermes intestinais, a lepra, entre tantos.

“A OMS calcula que cerca de 250 milhões de pessoas necessitam de uma intervenção contra as doenças transmitidas nas regiões de CEDEAO. Mas, estou bastante satisfeito em saber que dos 21 países em África que eliminaram as doenças tropicais, pelo menos 10 dos quais pertencem a região da CEDEAO, uma prova de poder, da colaboração, da vontade política e das parcerias alcançadas numa jornada coletiva da  organização”, disse.

O Presidente da República  disse  que o Togo emergiu como pioneiro mundial da eliminação das DTN, ao tornar o primeiro país do mundo a eliminar 04 DTN fato  que lhe valeu uma premiação na última reunião do Comité Regional de OMS, realizada em Lomé.


Por outro lado, Sissoco Embaló, na qualidade de Presidente em Exercício da Aliança de Líderes Africanos contra a Malária congratulou-se com o Gana e Mali por conseguirem também eliminar três DTN cada um.
ANG/AALS/ÂC//SG

 

Cimeira CEDEAO/ Ativistas instam a CEDEAO a defender direitos das pessoas com deficiência para recolocar ODS  na agenda

Bissau, 10 Jul 23 (ANG) -  Os Ativista instam a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a defender os direitos das pessoas com deficiência para recolocar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)  na agenda.

A solicitação dos ativistas vem expressa num comunicado à imprensa enviado à ANG , através do qual estas  organizações de defesa dos direitos das pessoas com dificência divulgaram uma declaração  conjunta pedindo aos governos membros para se comprometerem  a defender a inclusão  no evento e na próxima reunião  das Nações Unidas sobre os ODS, prevista  para  Setembro próximo.

O Director Global de Advocacia  da Sightsaveras para África  Ocidental Francófona, Saleck Ould Dah disse que está lançada uma campanha em que   a CEDEAO é convidada a renovar os seus compromissos  com uma maior inclusão de pessoas com dificiência  na cúpla dos ODS, e a servir como defensora da inclusão, em todo o mundo em geral e na África  Ocidental em particular.

Saleck  Dah diz que  a promessa de não deixar ninguém para trás, incluindo pessoas com dificiência está em perigo, e que se os  ODS devem ser cumpridos agora é hora de refletir sobre sua implementação, bem como as etapas necessárias,  global e ao nível de cada país, para alcançá-la”, frisou.

Acrescentou  que o mundo está chegando à metade do prazo  de 2030 para alcançar os ODS, mas que as  evidências  demonstram  que o progresso previsto vem  atrasado.

Os Chefes de Estado e de Governo  da CEDEAO se reunirão  na cimeira sobre os ODS da ONU, em Nova Iorque, para avaliar o progresso  feito  nos ODS e assumir compromissos sobre ações transformadoras e aceleradas.

O resultado  da cimeira será uma declaração política negociada, para qual ps Etados membros podem contribuir. ANG/JD//SG

 

  

 

  CEDEAO/Novo presidente  rejeita mais golpes de estado na África Ocidental

Bissau, 10 Jul 23(ANG) – O Presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, que assumiu domingo a presidência rotativa da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), afirmou no seu primeiro discurso que não serão tolerados mais golpes de Estado na região.

“Devemos mantermo-nos firmes na democracia. Não há governação, liberdade e Estado de direito sem democracia. Não aceitaremos golpe após golpe novamente na África Ocidental”, afirmou o chefe de Estado da Nigéria na cerimónia de encerramento da cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização, na qual a Guiné-Bissau cessou a sua presidência.

Salientou que os líderes dos países representados na CEDEAO não equiparam as forças armadas para depois “violarem a liberdade do povo”.

“Não demos recursos aos nossos soldados, não investimos neles, nas suas botas, na sua formação, para violarem a liberdade do povo. Virar as suas armas contra as autoridades civis é uma violação dos princípios pelos quais foram contratados, que é defender a soberania das suas nações”, sublinhou o também recentemente empossado Presidente da Nigéria.

O Burquina Faso, o Mali e a Guiné-Conacri foram suspensos pela CEDEAO após sucessivos golpes militares em 2020, 2021 e 2022. O retorno à ordem constitucional é teoricamente esperado em 2024 no Mali e no Burquina Faso e em 2025 na Guiné-Conacri.

O chefe de Estado da Nigéria pediu igualmente ações concertadas e urgentes não só contra os golpes de Estado, mas também contra o terrorismo, que considerou ser uma ameaça à paz na sub-região.

No âmbito do combate ao terrorismo, a CEDEAO desenvolveu um Plano de Ação Regional de Combate ao Terrorismo e criou uma força de alerta para esse fim.

“Vou garantir que harmonizamos imediatamente aqueles planos e mobilizamos recursos, bem como a vontade política para a concretização das iniciativas. Como os terroristas não respeitam fronteiras, devemos trabalhar coletivamente para ter uma medida eficaz de contraterrorismo regional”, afirmou.

A CEDEAO é composta por 15 países: além dos lusófonos Guiné-Bissau e Cabo Verde, pertencem Benim, Burquina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.

A Guiné-Bissau assumiu a presidência rotativa da organização de julho de 2022 até domingo. ANG/Inforpress/Lusa


Política/Governo exige reposição da verdade de todas as “injúrias,difamações e acusações” proferidas contra Chefe de Estado guineense

Bissau, 10 Jul 23 (ANG) – O Governo guineense exige,  em comunicado, a reposição da verdade sobre  todas as injúrias, difamações e acusações,termologias que diz serem “levianamente proferidas” contra o Chefe de Estado  guineense,Umaro Sissoco Embaló, sob pena de tomar “medidas retificadoras”.

Vista do Palácio do Governo
Por via desse comunicado  entregue hoje à redação da ANG, o Executivo, para além de manifestar a sua indignação,  refere  que os comentadores  foram escolhidos a dedo para o efeito, e diz que  “marginais frustrados” e sem nenhuma base factual proferiram “injúrias, difamações contra o bom nome pessoal do presidente da Guiné-Bissau”.

“O governo guineense tem constatado que, de forma sistématica  o canal televisivo, RTP/ÁFRICA E A RDP/ÁFRICA imprensa portuguesa tem feito uma cobertura mediática tendenciosa da atualidade politica guineense, permitindo ofensas, acusações desonestas ao Presidente da República da Guiné-Bissau a quem acusam de tudo, de modo despudorado, de criminosos”, lê-se no comunicado do governo  assinado pelo  ministro porta-voz, Fernando Vaz.

Em comunicado o governo refere que os dois órgões de comunicação portugueses, ao invéz de notíciar de forma positiva a primeira cimeira dos Chefes dos Estados da África Ocidental que decorreu na Guiné-Bissau, feito que aconteceu pela primeira vez no país, após 50 anos de independência, entende esta “gentalha desqualificada”, visar o Presidente Embaló, como forma de amenizar o impacto de mais uma vitoria para a diplomacia guineense.

Por isso, O Governo condenou  essas “coberturas tendenciosas” da atualidade politica guineense, feita por essa imprensa portuguesa, e mais uma vez apela para o  cumprimento das leis editoriais democraticas livres e justas.

ANG/LPG//SG

    Religião/Escolha de Lisboa para a JMJ 2023 "aproxima" Igreja de África

Bissau, 10 Jul 23 (ANG) - A Jornada Mundial da Juventude de 2023 que vai reunir em Lisboa milhares de jovens católicos vindos de todo o Mundo em torno do Papa Francisco começa daqui à 22 dias.

A Guiné-Bissau terá este ano uma participação recorde, com mais de 140 pessoas a irem de Bafatá e de Bissau até Portugal, uma participação que se justifica com as afinidades entre guineenses e portugueses.

A Jornada Mundial da Juventude vai trazer a Lisboa milhares de crentes na primeira semana de Agosto e, entre eles, muitos lusófonos vão fazer o caminho dos países de língua oficial portuguesa para ver e estar com o Papa, assim como com jovens de todo o Mundo.

A Guiné-Bissau vai ter uma presença recorde nestas jornadas, com mais de 140 pessoas a partirem das paróquias de Bafatá e de Bissau. Em entrevista à RFI, o padre Galiano Lima de Oliveira, que está a organizar esta ida a Lisboa, explicou que a Igreja guineense é uma costela da Igreja portuguesa e que a escolha de Portugal serve para a aproximar esta jornada de África.

"A nível da escolha de Portugal para estas jornadas, foi poder aproxima-las de África. E Lisboa está muito consciente disso. Nunca a Guiné teve um histórico de tal participação em quaisquer jornadas realizadas antes. Por ser em Portugal, nós podemos dizer que a ligação aérea entre Lisboa e Bissau é directa, mas não tenho dúvidas que falou mais alto a afinidade entre os dois países, os dois povos e as duas Igrejas", declarou o padre guineense.

Desde Novembro que as estas duas dioceses, Bafatá e Bissau, estão a organizar esta viagem, com uma comissão da JMJ de Lisboa a ajudar no terreno com a facilitação de vistos no Consulado de Portugal e com a Câmara Municipal de Lisboa a facilitar a estadia na capital portuguesa. Os jovens guineenses vão partir antecipadamente, chegando a Portugal por volta de 21 de Julho e serão acolhidos na Guarda e no Porto, juntando-se depois à celebração oficial em Lisboa.

A Guiné é muito portuguesa. É uma coisa muito profunda e muito séria. Os dois povos têm muito em comum, eu posso afirmar isto porque a minha vida passou por outros países de África e eu vejo isso porque sei o quão Portugal está presente na Guiné e a Igreja da Guiné é um costela da Igreja portuguesa", indicou.

O Papa vai chegar a Portugal no dia 02 de Agosto, permanecendo alguns dias em Lisboa onde vai estar com jovens, mas também fazer visitas oficiais, partindo depois um dia para Fátima e voltando no Domingo para Lisboa onde vai ser celebrada uma grande missa ao ar livre. ANG/RFI

 

Propriedade industrial/CEDEAO lança marca de certificação de qualidade de produtos denominada “ECOQMARK”

Bissau,10 Jul 23(ANG) – O ministro da Energia e Indústria disse que a Marca de Certificação de Qualidade da Comunidade dos Económica dos Estados África Ocidental (ECOQMARK) é um importante fator  de sustentabilidade, em benefício da região africana e que irá permitir que produtos “Made in West África” acedam aos mercados africanos e internacionais.

Augusto Poquena falava no último fim de semana, na cerimónia oficial do lançamento da Marca de Certificação de Qualidade da Comunidade dos Económica dos Estados África Ocidental (ECOQMARK) e à entrega de certificados simbólicos aos Organismos Nacionais de Certificação e a algumas empresas financiadas pela União Europeia.

“A Guiné-Bissau tem a honra de acolher esta importante cerimónia, que reforçará a competitividade da nossa região”, disse lembrando que as matérias primas africanas exportadas para o mercado internacional são básicas, mas têm tido dificuldades em aceder ao mercado internacional, devido à ausência de organismos de avaliação, em conformidade com os requisitos internacionais, porque “a maioria dos países africanos não adotou o conceito de cadeia de valor muito cedo”, diz Poquena.

Segundo o ministro da Energia e Indústria, essa situação ajudou  muito as organizações africanas a desenvolverem programas e projetos de desenvolvimento de cadeias de valor, a reduzir e  eliminar as barreiras ao comércio interafricano, criar um mercado mais vasto para bens e serviços africanos entre a sua população de mais de 11 mil milhões de pessoas, nomeadamente a Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZLECAF).

Poquena realçou que o desenvolvimento de cadeias de valores regionais e a sua integração em cadeias de valores internacionais permite à empresas aumentar a produtividade e, ao mesmo tempo ajudá-las na transição da exportação de matérias-primas para a exportação de produtos manufaturados.

Neste sentido, o governante  defendeu que essas dinâmicas devem ser apoiadas por políticas inovadoras para fortalecer as unidades de produção locais, o estabelecimento de infraestruturas de qualidade nacionais e regionais modernas e eficientes, capazes de demonstrar a conformidade dos produtos com as normas internacionais.

Salientou que o valor dos produtos, acompanhada de medidas de apoio às indústrias nascentes, irá facilitar o acesso ao mercado africano através da eliminação gradual de barreiras que ainda existem entre os Estados-Membros.

O ato contou com as presenças do vice-presidente da Comissão da CEDEAO, do representante da Comissão da UEMOA, do representante da União Europeia e do representante da UNIDO.ANG/ÂC//SG

 

Portugal/Identificados compostos que potenciam novas soluções no tratamento oncológico

Bissau,  10 Jul 23(ANG) – Investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), no Porto, identificaram novos compostos capazes de inibir os mecanismos de controlo da resposta imunitária e que potenciam o desenvolvimento de novas soluções para o tratamento oncológico.

Num artigo publicado na revista científica Internacional Journal of Molecular Sciences, os investigadores explicam ter identificado, através de técnicas computacionais, novos compostos capazes de inibir os ‘checkpoints’ imunitários, “espécie de travão da resposta imunológica”, revela hoje, em comunicado, o centro da Universidade do Porto.

Segundo o CINTESIS, a descoberta é essencial para produzir “mais e melhores” células dendríticas (células responsáveis pela identificação da infeção e desenvolvimento da resposta imune) para a terapia imunológica antitumoral.

O artigo foi publicado no âmbito do projeto DCMatters, que tem como principal objetivo a produção de vacinas baseadas em células dendríticas de “nova geração” que combinam inibidores de ‘checkpoint’ imunitário com a capacidade de ajudar o sistema imunitário a reconhecer e “atacar” as células cancerígenas.

Citada no comunicado, a investigadora Paula Videira destaca o papel “muito importante” das células dendríticas a nível imunológico.

“Elas orquestram a resposta imune, tanto ao ativar o sistema imunitário contra as células tumorais, mas também ao criar uma tolerância imunológica, o que já não é benéfico em terapia antitumoral”, refere, observando que este balanço tem de ser “gerido muito finamente” em laboratório.

De acordo com a especialista, estes inibidores de ‘checkpoint’ imunitário são “muito promissores no tratamento de vários tipos de cancro, incluindo o cancro da pele, do pulmão e da bexiga”.

Financiado em 2,1 milhões de euros pelo programa Portugal 2020, o projeto junta especialistas do Instituto Português de Oncologia do Porto, da NOVA School of Science and Technology da Universidade NOVA de Lisboa e da empresa portuguesa Stemmatters.

O projeto vai explorar um “novo paradigma de combate ao cancro”, bem como potenciar o desenvolvimento de “uma terceira geração de células dendríticas com maior capacidade de indução de resposta antitumoral”.  ANG/Inforpress/Lusa

 

Turquia/Ancara condiciona adesão da Suécia à NATO a entrada da Turquia na UE

Bissau, 10 Jul 23 (ANG) - O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, admitiu hoje que Ancara pode vir a aprovar a adesão da Suécia à NATO se os países europeus "abrirem caminho" à Turquia a entrar na União Europeia. 


"A Turquia está à espera à porta da União Europeia há mais de 50 anos e quase todos os países membros da NATO são agora membros da União Europeia. Estou a fazer este apelo a esses países que deixaram a Turquia à espera, às portas da União Europeia, durante mais de 50 anos", disse Erdogan.

"Abram o caminho para a adesão da Turquia à União Europeia. Quando abrirem o caminho para a Turquia, nós abriremos o caminho para a Suécia, tal como fizemos com a Finlândia", acrescentou.

A Turquia é um país candidato à adesão à UE, mas esta candidatura tem estado bloqueada devido ao que Bruxelas considera o retrocesso democrático de Ancara e aos litígios com o Chipre, membro do bloco europeu.

Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Estocolmo manifestou otimismo quanto à possibilidade de a Turquia abandonar objeções à adesão da Suécia à NATO, considerando a adesão uma questão de tempo. 

Erdogan e o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, devem encontrar-se hoje em Vilnius, antes da cimeira da NATO que começa na terça-feira.

O ministro dos Negócios Estrangeiros sueco, Tobias Billström, disse à emissora pública SVT que espera que a Turquia acabe por dar um sinal sobre a adesão da Suécia à NATO. 

A Turquia bloqueou a adesão da Suécia à NATO, afirmando que o país precisa de "fazer mais" para reprimir os militantes curdos e outros grupos que Ancara considera como ameaças à segurança nacional turca.

Os recentes protestos contra a Turquia e contra o Islão em Estocolmo levantaram dúvidas quanto à possibilidade de se alcançar um acordo antes da cimeira da NATO.

Billström disse ainda que espera que a Hungria, que também não ratificou a adesão da Suécia à NATO, venha a concretizar a entrada de Estocolmo antes de uma eventual decisão de Ancara.

A Suécia e a Finlândia solicitaram a adesão à NATO no ano passado, após a última invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Finlândia aderiu à Aliança Atlântica no passado mês de abril. ANG/Lusa

 

Pequim/Jornal do PC Chinês adverte que expansão da NATO para a Ásia é caminho “perigoso”

Bissau, 10 Jul 23(ANG) – Um jornal do Partido Comunista Chinês considerou hoje que a NATO está a conduzir a “civilização ocidental” por um caminho “errado e perigoso”, ao aludir a um maior envolvimento da aliança na região Ásia–Pacífico.

“Uma infiltração da NATO na Ásia–Pacífico vai provavelmente levar a civilização ocidental a enfrentar reveses sem precedentes na região economicamente mais vibrante do mundo”, lembrou o Global Times, jornal de língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista (PCC).

“A China não pode permitir que as forças militares ocidentais interfiram de forma alguma nos seus assuntos internos”, lê-se no editorial, em que acrescenta que Pequim “tem já a capacidade de combater tal interferência”.

Durante a cimeira da NATO que arranca terça-feira em Vílnius vai ser abordada a implementação do Conceito Estratégico adoptado em 2022. O documento reconheceu que a aliança enfrenta uma “competição sistémica” suscitada pelas “ambições e políticas coercivas” de Pequim, que desafiam os “interesses, segurança e valores” dos seus membros.

Austrália, Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul, que participaram na cimeira da NATO no ano passado, vão estar presentes em Vílnius.

Em particular, a organização está a estudar a abertura de um escritório no Japão, país que mantém rivalidades históricas e disputas territoriais com a China. O Presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou-se já contra, afirmando que a medida seria um “grande erro”.

As diferentes visões entre os aliados face à China são também motivadas pela relevância dos laços comerciais entre o país asiático e a Europa: a China representa quase 10% das exportações do continente e cerca de 20% das suas importações.

O Global Times lembrou, porém, que as divergências existentes dentro da NATO “não são fundamentalmente sobre se [a organização se deve] expandir ou não, mas sim sobre que tipo de expansão prosseguir, e se este processo deve ser mais lento ou mais rápido”.

O jornal afirmou que existe uma “mudança” na política tradicional da NATO, fundada com foco na defesa, à medida que “um número crescente de países membros e líderes demonstram uma ambição mais forte em relação à expansão”.

Os líderes da aliança transatlântica alertaram já que o que está a acontecer na Europa com a guerra na Ucrânia pode replicar-se na Ásia, com uma invasão de Taiwan pela China.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.

“Se o Presidente [russo], [Vladimir] Putin, vencer na Ucrânia, isto enviaria a mensagem de que regimes autoritários podem atingir os seus objectivos por meio da força bruta”, disse o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, em Tóquio, no início deste ano. “Isto é perigoso. Pequim está a observar de perto e a aprender lições, o que pode influenciar as suas decisões futuras”, observou.

Para o Global Times, no entanto, “a agressividade da NATO não é apenas uma expansão da dissuasão militar, mas também uma expansão de valores”.

“A expansão da civilização ocidental é, até hoje, inseparável da sua natureza agressiva e ofensiva”, lê-se no editorial. “Quando desafiados, os elementos agressivos da sua natureza tornam-se mais ativos e proativos”, apontou.

ANG/Inforpress/Lusa

                  México/Jornalista do diário "La Jornada" assassinado

Bissau, 10 Jul 23 (ANG) - A organização Repórteres Sem Fronteiras alerta que o Méxco regista uma escalada de ataques contra jornalistas e as autoridades mexicanas anunciam, sábado, o assassínio de Luís Martin Sánchez, correspondete do diário La Jornada, no estado de Nayarit, no norte do país.

 O corpo do jornalista mexicano Luis Martín Sánchez foi encontrado , três dias depois de ter desaparecido perto de Tepic, cidade onde morava, na costa do Oceano Pacífico.

O corpo do jornalista tinha vestígios de violência e foram deixadas duas mensagens manuscritas, a marca do crime organizado. Luis Martín Sánchez era correspondente do grande jornal La Jornada em Nayarit, região marcada pela actuação de cartéis de drogas.

A região situa-se perto dos estados de Sinaloa, ao norte, e Jalisco, no sul, um corredor do Pacífico conhecido por ser uma rota de drogas.

Recentemente, foram confirmadas ligações entre o poder e os cartéis: o  antigo procurador Edgar Veytia, também conhecido como El Diablo, está detido nos Estados Unidos por tráfico de drogas, e o antigo governador do estado Roberto Sandoval Castañeda está atrás das grades por corrupção.

O jornalista de 59 anos desapareceu esta semana. Na sexta-feira, a sua esposa, Cecilia López, alertou a polícia para o desaparecimento de Luis Martín Sánchez, descreve o jornal.

Este é o terceiro correspondente do jornal La Jornada assassinado nos últimos anos. Miroslava Breach, no estado de Chihuahua, foi morto em Março de 2017, e Javier Valdez, no estado de Sinaloa, em Maio do mesmo ano.

Nos últimos meses, os ataques multiplicaram-se: no passado dia 23 de Maio, Marco Aurelio Ramírez Hernández, jornalista e antigo funcionário municipal, foi assassinado no estado de Puebla. A 11 de Maio, o jornalista Gerardo Torres Rentería foi morto a tiros no balneário de Acapulco, em Guerrero. A 12 de Fevereiro, o jornalista Abisaí Pérez Romero também foi assassinado em Tula, no estado de Hidalgo.

Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras, “o clima de insegurança para os jornalistas no México atingiu um nível extremamente preocupante”. A organização pede investigações minuciosas e denuncia o uso do terror para intimidar jornalistas. ANG/RFI

 

Genebra/Organização não governamental condena envio de bombas de fragmentação para Ucrânia

Bissau, 10 Jul 23 (ANG) - Uma organização que se dedica à reabilitação de feridos e amputados em conflitos armados condenou hoje os Estados Unidos pelo anunciado envio de bombas de fragmentação para a Ucrânia, alertando para os danos que podem provocar nos civis.

Para a organização não-governamental (ONG) Handicap International, com sede em Lyon, França, as bombas de fragmentação "podem causar danos aos civis durante décadas e hipotecar a reconstrução do país".

Em comunicado, a mesma ONG lamenta a decisão dos Estados Unidos, frisando que as bombas de fragmentação são as mais perigosas para a população porque podem causar vítimas mesmo depois de terminado o conflito, visto que os projéteis podem manter-se ativos. 

Este tipo de munição consiste na projeção de pequenas bombas mais pequenas lançadas no ar e que podem explodir antes de alcançarem o solo, ou um obstáculo, provocando uma forte dispersão de outros pequenos projéteis. 

As bombas de fragmentação podem ficar ativas, por exemplo enterradas no solo, e explodirem quando manipuladas mais tarde. 

"Além de matarem civis, (as bombas de fragmentação) obstaculizam o acesso físico a muitos agentes humanitários", disse o diretor da Handicap International na Suíça, Daniel Suda-Lang. 

As bombas de fragmentação estão proibidas pela Convenção de Oslo sobre submunições explosivas.

Os Estados Unidos, a Rússia e a Ucrânia não assinaram a Convenção de Oslo. 

A Handicap International, que garante apoio a pessoas afetadas pelos conflitos armados e catástrofes naturais nos países mais necessitados, tem destacados 200 elementos da organização na Ucrânia onde presta apoio médico e psicológico às vítimas da guerra. 

Em 1992, a Handicap International foi uma das seis organizações não-governamentais que fundaram a Campanha Internacional para a Proibição de Minas Antipessoais que recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1997.  ANG/Lusa