quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Comércio interno/Bideiras e vendedores ambulantes confirmam fim das cobranças feitas pela CMB

Bissau 11 Dez 25 (ANG) – As bideiras e os vendedores ambulantes que comercializam seus produtos no chão, no Mercado de Bandim, confirmaram hoje *a ANG o fim das cobranças de que eram sujeitas por parte da Câmara Municipal de Bissau(CMB).

Uma ronda de auscultação feita hoje pela ANG, visando a conformação da implementação decisão do Governo de Transição tomada na última reunião  do Conselho de Ministros realizada na terça-feira, ao largo da Avenida Combatentes da Liberdade da  Pátria, permitiu a constatação de  uma grande aglomeração, sobretudo de vendedores de artigos usados, alimentos e outros produtos, tendo todos esses vendedores elogiado a decisão do Executivo, e pedem que seja duradoura.

Mamasaliu Bá vendedor de sapatos usados disse que a grande aglomeração de pessoas  no passeio demonstra  a alegria que essa decisão trouxe para eles.

Bá disse que já  estavam cansados de correr para se fugir da Polícia Municipal, e pede que os colegas colaborassem com o Governo.

 Mamadu Baldé, vendedor, disse ao repórter da ANG que desde quarta-feira não foram cobrados nada e que estão a vender livremente sem qualquer perturbação.

Baldé revelou que  quase partilhavam os seus lucros com o pessoal da CMB, mas que agora, “graças a intervenção do Governo de Transição”  vão poder poupar alguma coisa

Marta Yé vendedora de legumes que diariamente
se desloca de Prábis região de Biombo, até Bissau, disse que  estão vigilantes e vão denunciar qualquer tentativa de cobrança uma vez que a decisão é clara, de que  não devem pagar as senhas à CMB.

Segundo ela, pagam duas senhas de 200 a 300 francos diário e muitas das vezes quando não há cliente correm o risco de não ter como voltar para casa.

Quinta Djú, bideira da castanha de caju, pediu que a decisão não seja apenas por alguns dias , tal como tem sido hábito na Guiné-Bissau.

“Já é um sinal de que, os que estão no poder estão a pensar nos mais pobres que labutam dia-á-dia para sustentar a  família”, disse Quinta Djú.

O repórter da ANG tentou saber junto dos comerciantes se o arroz tipo “Nhelén partido” já se encontra a venda no preço estipulado pelo Governo que é de 12.500 francos CFA mas  a maioria dos cacifos visitados não tinham este arroz à disposição, embora afirmaram que há comerciantes que têm este tipo de arroz e que o vendem ao novo preço.

Moamed Hamed, comerciante Mauritaniana que exerce na zona da Estrada de Bôr, explicou que tempos atrás havia em grande quantidade esse tipo de arroz no mercado, mas que,segundo ele, as pessoas se queixavam da sua qualidade e não o compram.

Acrescentou que esse tipo de arroz  leva tempo guardado no armazém para ser vendido, o que teria complicado ainda mais a sua qualidade.

O Governo de Transição determinou, terça-feira, o fim imediato das cobranças efetuadas pela Câmara Municipal de Bissau (CMB), aos vendedores ambulantes que comercializam seus produtos no chão e as mulheres bideiras, enquanto o Governo cria condições para exercerem melhor as suas actividades comerciais. ANG/MSC/ÂC//SG

 

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