sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Política/Governo de Transição acusa Ramos Horta de trair responsabilidade moral ao criticar militares guineenses

Bissau, 19 Dez 25 (ANG) – O Governo de Transição considerou,  quinta-feira, de “traição à responsabilidade moral dos militares guineenses”, as declarações do Presidente de Timor Leste, Ramos Horta sobre o golpe de Estado de 26 de Novembro.

A reação do Governo foi tornada pública  numa comunicação feita, quinta-feira, pelo ministro da Comunicação Social, Abduramane Turé.

O Governo na voz do seu porta-voz declara  que as Forças Armadas guineenses atuaram precisamente para impedir a instrumentalização étnicas dos quarteis, uma deriva extremamente perigosa para um país que congrega mais de 20 grupos étnicos, e para, por essa via, evitar o risco de “guerra fratricida” entre os guineenses.

“Ou seja a ação das Forças Armadas teve como objetivo, preservar a coesão nacional, estabilidade social e a convivência pacifica entre as comunidades historicamente interligadas. Ramos-Horta devia antes de tudo questionar o ex-presidente moçambicano Filipe Niusi cuja as declarações ultrapassaram claramente os limites da tolerância, de bom senso e da prudência diplomática", referiu Turé.

Abduramane Turé acrescenta  que, em vez disso, Ramos Horta optou por seguir o mesmo caminho de agitação politica irresponsável, num contexto que exigia a serenidade, escuta e mediação responsável, postura que o Governo de Transição considera de particularmente incompreensível, em alguém galardoado com o Nobel da Paz.

O Executivo de Transição considerou também de preocupante as declarações da eurodeputada Marta Temido que considera de completamente irresponsáveis uma vez que ela esqueceu que a Guiné-Bissau não está sob tutela de ninguém nem da União Europeia e muito menos de Portugal.

“A Marta Temido ofendeu a dignidade do povo da Guiné-Bissau com as suas declarações patéticas esquecendo das relações históricas de amizade e cooperação entre o povo guineense e português. Era preferível calar do que pedir sanções contra a Guiné-Bissau, país amigo de Portugal", diz  o Governo .

O Governo de Transição refere que apenas compete a Comissão Nacional de Eleições preparar, controlar e declarar os resultados eleitorais e a Guiné-Bissau não precisa de julgamentos precipitados, nem de ameaças e menos ainda de lições de morais de ninguém.

Em entrevista recente à agência Lusa, Ramos horta terá feito críticas aos militares pela assunção do poder à força. ANG/MSC/ÂC//SG

 

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