Portugal/ Lei da nacionalidade volta
ao Parlamento após pronunciamento do Tribunal Constitucional
Bissau, 17 Dez 25 (ANG) -
O Tribunal Constitucional de Portugal
declarou , segunda-feira, como anticonstitucionais cinco normas do decreto que
revê a lei da nacionalidade, para além de chumbar também as normas do decreto
sobre a perda de nacionalidade, como pena acessória no Código Penal.
As reações são bastante díspares, entre o governo do
Partido social democrata, de centro direita, a relativizar estes chumbos,
enquanto as associações de estrangeiros aplaudem a medida do Tribunal.
O texto deve agora voltar ao parlamento, após estes chumbos do
Tribunal Constitucional português de cinco normas do decreto revendo a Lei da
nacionalidade.
António Rodrigues,
vice-presidente da bancada do PSD, Partido social
democrata, de centro direita, no poder, alega, porém que, embora discordando da
decisão do Tribunal, a Assembleia da República vai rever o dispositivo legal,
como fez no passado com a lei dos estrangeiros.
Analisando as decisões do Tribunal Constitucional e verificando
aquelas com as quais concordamos e com as quais não concordamos e não
concordamos com todas. Mas entendemos que há aqui um passo importante
relativamente à viabilização dessa lei e, portanto, quando for chamado a
pronunciar-se, o Parlamento dará uma resposta relativamente a estas matérias e
consideramos, acima de tudo, que estamos no bom caminho para termos uma lei.
Por seu lado Timóteo Macedo, presidente da
associação Solidariedade Imigrante, aplaude a decisão do Tribunal Constitucional e pede ao governo
para se desvincular da extrema direita, onde se atribui a nacionalidade a
judeus sefarditas, que nem vivem em Portugal, mas se dificulta a respectiva
obtenção para os estrangeiros residentes no país.
A nacionalidade portuguesa estavam a dar essencialmente para
pessoas que não estavam em Portugal, que não eram consideradas imigrantes, eram
israelitas e outros tantos. Isto mostra claramente que a extrema direita quer
brincar, digamos assim, com os sentimentos das pessoas, com os deveres dos
cidadãos. E, de qualquer maneira, quer retirar direitos que as pessoas têm.
Registos da agência Lusa a propósito do pronunciamento nesta
segunda-feira do Tribunal constitucional a propósito da Lei da nacionalidade em
Portugal. ANG/RFI

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