quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Educação/ Primeiro-ministro defende educação como “grande arma” de combate à pobreza  e promoção de desenvolvimento

Bissau, 11 Dez 2025 (ANG) – O Primeiro-ministro de Transição, Ilídio Vieira Té, disse esta quinta-feira que o desenvolvimento da Guiné-Bissau e a luta contra a pobreza dependem de uma educação sólida, instituições competentes e profissionais bem preparados.

O chefe do Governo que falava na cerimónia de entrega de passaportes e bilhetes de viagem aos 75 estudantes bolseiros que seguirão, brevemente, para a Federação Russa, no âmbito de um programa de bolsas da UNESCO, destacou que a formação de quadros continua a ser uma prioridade absoluta do Governo de Transição.

Segundo Vieira Té , a partida deste grupo “simboliza a determinação do país de investir, de forma séria, estratégica e estruturante, no capital humano nacional”. Acrescentou ainda que o ato representa o esforço conjunto das famílias, das instituições e do Estado na preparação de uma nova geração de quadros.

“As grandes armas da Guiné-Bissau na luta contra a pobreza e  dependência externa são a educação, o conhecimento e a capacitação técnica. É com estas armas que construiremos um Estado moderno, eficiente e respeitado”, disse.

Ilidio Té sublinhou que a Rússia possui instituições académicas de referência em áreas como engenharia, medicina, ciências aplicadas, tecnologia, economia e administração pública, e diz esperar  que a formação tenha impacto direto na capacidade do Estado de enfrentar desafios estruturais.

O Primeiro-ministro recordou que, nas últimas semanas, 120 outros bolseiros viajaram para o Reino de Marrocos, com o Governo a financiar totalmente os bilhetes de passagem dos estudantes. No total, 195 jovens guineenses foram enviados recentemente para formação superior no estrangeiro, número que, segundo Té, demonstra que a política de formação de quadros é “uma prioridade concreta e coerente”.

O governante exortou os estudantes a adotarem uma conduta exemplar e empenho académico, sublinhando que serão representantes da Guiné-Bissau no exterior. “Estudar no estrangeiro é um privilégio e uma responsabilidade histórica”, afirmou, apelando para que tragam ao país os conhecimentos adquiridos.

O ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica
, Mamadu Badji revelou que o Governo introduzirá melhorias na gestão do sistema educativo, para aumentar a produtividade e o desempenho dos quadros e funcionários do setor.

Badji disse  que o Ministério dispõe de técnicos qualificados para implementar as metas definidas, e contribuir para a elevação do índice de desenvolvimento humano e para a melhoria da mão-de-obra nacional.

Badji afirmou que a formação em áreas como biotecnologia, tecnologias de informação, agricultura, recursos naturais e medicina reforçará, a médio e longo prazo, a capacidade interna do país para gerir os seus recursos de forma sustentável e fortalecer a administração pública.

Em nome dos bolseiros, Valódia da Silva Moreira agradeceu o apoio das famílias e solicitou ao Governo um apoio adicional de 100 euros por estudante, para despesas de transporte interno à chegada à Rússia.

O representante dos encarregados de educação, Sebastião de Pina, alertou aos estudantes para as possíveis dificuldades que poderão enfrentar, mas incentivou-os a manter o foco nos estudos para poderem regressar e contribuir para o desenvolvimento do país. ANG/LPG/ÂC//SG

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