sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Economia/CPCS aprova por unanimidade Programa de Investimento Público para 2026

Bissau, 26 Dez 25 (ANG) – O Conselho Permanente da Concertação Social (CPCS) aprovou, por unanimidade, no ultimo fim de semana, o Programa de Investimento Público (PIP) para o ano de 2026, o órgão tripartido integra representantes do Governo, dos sindicatos e do patronato.

À margem da reunião, o secretário-geral da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços(CCIAS),  Saliu Bá, afirmou que o Espaço de Concertação Social desempenha um papel essencial na análise dos documentos económicos apresentados pelo Governo, sobretudo os relacionados com os investimentos públicos apoiados por parceiros internacionais.

Segundo Saliu Bá, durante o encontro foram analisados projetos financiados por parceiros externos, bem como iniciativas com financiamento próprio do Estado, sublinhando que o Governo apresentou o Programa de Investimento Público, que foi discutido, analisado e enriquecido com contribuições dos membros, num espírito de diálogo contínuo e que o documento acabou por ser aprovado por consenso.

O dirigente destacou ainda a importância do apoio dos parceiros de desenvolvimento, tendo em conta o atual contexto de transição política no país, apelando ao cumprimento dos compromissos assumidos em prol do desenvolvimento nacional.

Por sua vez, o secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Lauriano Pereira da Costa, confirmou que a reunião do CPCS se centrou na apreciação e discussão do Programa de Investimento Público, culminando na aprovação unânime dos documentos apresentados.

Lauriano da Costa frisou que o programa contempla diversas rubricas ligadas a projetos de desenvolvimento, salientando a importância do envolvimento dos parceiros internacionais para a concretização de iniciativas que visam o bem-estar não apenas da classe trabalhadora, mas de toda a sociedade guineense.

Questionado sobre a possibilidade de aumento do salário mínimo para 120 mil francos CFA em 2026, o responsável sindical reconheceu que a atual conjuntura política e económica do país poderá dificultar a concretização desse objectivo, recordou que o Governo assumiu, no âmbito do fórum da concertação social, um compromisso de aumento salarial com o aval do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Lauriano da Costa admitiu que o atual contexto nacional pode não permitir a satisfação das expectativas dos trabalhadores, reduzindo as possibilidades de efetivação do aumento salarial previsto para 2026.ANG/MI/ÂC

 

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