Médio Oriente/Amnistia Internacional acusa Hamas de crimes contra a humanidade
Bissau, 11 Dez 25 (ANG) - A Amnistia Internacional acusou pela primeira vez, nesta quinta-feira, o Hamas e outros grupos armados palestinianos de terem cometido crimes contra a humanidade, incluindo o de “extermínio” durante o ataque de 7 de Outubro de 2023.
A Amnistia Internacional acusou pela primeira vez, nesta
quinta-feira, 11 de Dezembro, o Hamas e outros grupos armados palestinianos de
terem cometido crimes contra a humanidade, incluindo o de “extermínio” durante
o ataque de 7 de Outubro de 2023.
A Amnistia Internacional considera que o massacre de civis a 7
de Outubro configura no ‘crime contra a humanidade de
extermínio’, identificando
como outros crimes contra a humanidade cometidos por grupos palestinianos o
encarceramento, tortura, desaparecimento forçado, violação e “outras formas de
violência sexual”.
Estes grupos, sobretudo o Hamas, “continuaram a cometer violações e crimes previstos no direito
internacional” após 7 de Outubro, nomeadamente crimes
contra a humanidade ao “reter e maltratar reféns, bem como ao manter corpos
raptados”, acrescenta a Amnistia Internacional
A organização afirma que a “detenção de reféns fazia parte de
um plano explicitamente formulado pela liderança do Hamas e de outros grupos
armados palestinianos”.
A ONG internacional já tinha avançada anteriormente que o Hamas e outros
grupos tinham cometido crimes de guerra durante o ataque de 7 de outubro em
Israel, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.
Relativamente às violências sexuais cometidas em 7 de Outubro, a
ONG esclarece que só conseguiu entrevistar uma sobrevivente e que, por isso,
não pode determinar a dimensão ou extensão desses crimes.
O relatório conclui que o Hamas, em particular o seu braço
armado, as Brigadas Ezzedine Al-Qassam, foi “principalmente responsável” pelos
crimes cometidos, atribuindo também responsabilidade, embora menor, à Jihad
Islâmica Palestina, às Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa e a “civis
palestinianos não afiliados”.
A Amnistia, que acusa Israel de cometer um genocídio em Gaza,
considerou no final de Novembro que este “continua sem cessar apesar do frágil
cessar-fogo” em vigor desde 10 de Outubro. Israel rejeita veementemente as
acusações de genocídio, qualificando-as de “falsas” e “anti-semíticas”.
O TPI também emitiu, em Novembro de 2024, um mandado de detenção,
ainda em vigor, contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o
antigo ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a
humanidade cometidos durante a guerra em Gaza.
Mais de 70 mil palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza na
campanha militar israelita de represália ao 7 de Outubro, segundo o Ministério
da Saúde local, sob autoridade do Hamas.
O ataque do Hamas provocou a morte de 1.221 pessoas do lado
israelita, maioritariamente civis, segundo uma contagem da AFP. Nesse dia, 251
pessoas foram feitas reféns, das quais 44 já estavam mortas. Dos 207 reféns
levados vivos, 41 morreram ou foram mortos em cativeiro. Actualmente, todos os
reféns regressaram, excepto um israelita, cujo corpo ainda permanece em Gaza.ANG/RFI

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