terça-feira, 6 de agosto de 2024

Bangladesh/Presidente  dissolve parlamento e quer governo interino até às eleições

Bissau, 06 Ago 24 (ANG) – O Presidente do Bangladesh, Mohammed Shahabuddin, dissolveu hoje o parlamento, indicou um porta-voz presidencial, correspondendo desta forma às expectativas do movimento estudantil de protesto que ditou a renúncia e a fuga do país da primeira-ministra Sheikh Hasina.


"O Presidente dissolveu o parlamento", declarou Shiplu Zaman, num comunicado, abrindo, assim, as portas à formação de um novo governo interino, um dia depois de Hasina ter partido para o exílio na Índia, após semanas de violentos protestos nas ruas bengalis que provocaram a morte de mais de 400 pessoas.

“Na sequência da reunião do Presidente Shahabuddin com os chefes das três forças de defesa, diferentes líderes políticos, representantes da sociedade civil e líderes do movimento ‘Estudantes contra a discriminação’, o parlamento foi dissolvido", indicou a mesma nota informativa.

Shahabuddin acedeu ao ultimato dos líderes dos protestos estudantis, que tinham fixado um prazo até às 15:00 locais (10:00 em Lisboa) para a dissolução do parlamento, sob pena de endurecerem a sua agenda.

Os protestos estudantis, que se tornaram violentos em meados de julho, colocaram o país num clima de caos e levaram à demissão de Hasina, que esteve 15 anos no poder.

A dissolução é um requisito fundamental para permitir a formação de um governo provisório, tal como anunciado na segunda-feira pelo chefe do exército do Bangladesh, Waker-Uz-Zaman, numa declaração que confirmou a demissão da primeira-ministra e a sua saída do país. A medida abre igualmente portas à realização de eleições legislativas no prazo de três meses.

A composição do novo governo provisório é ainda desconhecida, embora os líderes estudantis tenham proposto o nome do Prémio Nobel da Paz Muhammad Yunus para liderar o processo de transição, missão que o laureado confirmou entretanto aceitar.

O governo provisório dará prioridade ao restabelecimento da lei e da ordem nas ruas, depois de o país ter vivido na segunda-feira o dia mais mortífero desde o início dos protestos estudantis, que começaram há um mês para exigir a revogação de um sistema de quotas para o emprego público e acabaram por exigir a demissão de Hasina na sequência da brutal repressão das manifestações.

De acordo com a agência espanhola EFE, pelo menos 99 pessoas foram mortas no último dia, durante violentos confrontos e incidentes, que incluíram incêndios em vários edifícios relacionados com a Liga Awami, força política de Hasina.

O número de mortos desde o início das manifestações, no princípio de julho, ultrapassa os 400.

Entretanto, a antiga primeira-ministra e líder da oposição no Bangladesh, Khaleda Zia, condenada em 2018 a 17 anos de prisão por corrupção, foi libertada hoje, indicou o porta-voz do Partido Nacionalista do Bangladesh (PNB, oposição), um dia depois de o exército ter tomado o controlo do país.

"[Zia, a grande rival de Hasina] está agora livre", disse à agência francesa AFP o porta-voz partidário, A.K.M. Wahiduzzaman, menos de 24 horas depois de o Presidente do Bangladesh, Mohammed Shahabuddin, ter ordenado a sua libertação.

Hoje, na capital do país, Daca, as mães de algumas das centenas de presos políticos detidos arbitrariamente durante o regime de Hasina aguardavam à porta dos serviços secretos militares à espera de notícias.

"Precisamos de respostas", disse Sanjida Islam Tulee, coordenadora do movimento "Mayer Daak" ("Apelo das Mães", na tradução em português), que está a fazer campanha pela libertação dos detidos pelas forças de segurança de Hasina.

Paralelamente, o principal sindicato da polícia do Bangladesh anunciou hoje que vai entrar em greve.

"Até que a segurança de todos os membros da polícia seja garantida, estamos a declarar uma greve", escreveu a Associação da Polícia do Bangladesh, que representa milhares de oficiais superiores, num comunicado.

Na mesma nota informativa, os líderes sindicais pediram “perdão” por terem ter disparado contra estudantes, alegando terem sido forçados a abrir fogo.

A situação mantém-se hoje calma em Daca, onde, embora o tráfego tenha sido retomado e as lojas reabertas, os escritórios governamentais permaneceram fechados.

Na segunda-feira, na sequência do discurso de Waker-Uz-Zaman, milhares de bengalis saíram para as ruas de Daca. Os manifestantes invadiram o parlamento, incendiaram as instalações de canais de televisão pró-governamentais e partiram estátuas do pai da ex-primeira-ministra, Sheikh Mujibur Rahman, um herói da independência do país.

Os escritórios da Liga Awami, o partido de Hasina, foram incendiados e saqueados em todo o país, disseram testemunhas à AFP.

Lojas e casas pertencentes a hindus - um grupo considerado por alguns, neste país de maioria muçulmana, como próximo de Hasina - também foram atacadas, disseram testemunhas.

Por sua vez, a Índia afirmou hoje estar "profundamente preocupada" com a crise no vizinho Bangladesh.

O ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Subrahmanyam Jaishankar, afirmou no parlamento que continuará "profundamente preocupado até que a lei e a ordem sejam claramente restabelecidas", confirmando a presença de Sheikh Hasina na Índia.

Segundo um porta-voz oficial, Hasina está apenas "de passagem" pelo país, a caminho de Londres. No entanto, o apelo do Governo britânico a um inquérito da ONU sobre os "níveis de violência sem precedentes" no Bangladesh lançou dúvidas sobre a possibilidade deste destino. ANG/Lusa

 

Bissau,  06 Ago 24 (ANG) – O Presidente do Bangladesh, Mohammed Shahabuddin, dissolveu hoje o parlamento, indicou um porta-voz presidencial, correspondendo desta forma às expectativas do movimento estudantil de protesto que ditou a renúncia e a fuga do país da primeira-ministra Sheikh Hasina.

"O Presidente dissolveu o parlamento", declarou Shiplu Zaman, num comunicado, abrindo, assim, as portas à formação de um novo governo interino, um dia depois de Hasina ter partido para o exílio na Índia, após semanas de violentos protestos nas ruas bengalis que provocaram a morte de mais de 400 pessoas.

“Na sequência da reunião do Presidente Shahabuddin com os chefes das três forças de defesa, diferentes líderes políticos, representantes da sociedade civil e líderes do movimento ‘Estudantes contra a discriminação’, o parlamento foi dissolvido", indicou a mesma nota informativa.

Shahabuddin acedeu ao ultimato dos líderes dos protestos estudantis, que tinham fixado um prazo até às 15:00 locais (10:00 em Lisboa) para a dissolução do parlamento, sob pena de endurecerem a sua agenda.

Os protestos estudantis, que se tornaram violentos em meados de julho, colocaram o país num clima de caos e levaram à demissão de Hasina, que esteve 15 anos no poder.

A dissolução é um requisito fundamental para permitir a formação de um governo provisório, tal como anunciado na segunda-feira pelo chefe do exército do Bangladesh, Waker-Uz-Zaman, numa declaração que confirmou a demissão da primeira-ministra e a sua saída do país. A medida abre igualmente portas à realização de eleições legislativas no prazo de três meses.

A composição do novo governo provisório é ainda desconhecida, embora os líderes estudantis tenham proposto o nome do Prémio Nobel da Paz Muhammad Yunus para liderar o processo de transição, missão que o laureado confirmou entretanto aceitar.

O governo provisório dará prioridade ao restabelecimento da lei e da ordem nas ruas, depois de o país ter vivido na segunda-feira o dia mais mortífero desde o início dos protestos estudantis, que começaram há um mês para exigir a revogação de um sistema de quotas para o emprego público e acabaram por exigir a demissão de Hasina na sequência da brutal repressão das manifestações.

De acordo com a agência espanhola EFE, pelo menos 99 pessoas foram mortas no último dia, durante violentos confrontos e incidentes, que incluíram incêndios em vários edifícios relacionados com a Liga Awami, força política de Hasina.

O número de mortos desde o início das manifestações, no princípio de julho, ultrapassa os 400.

Entretanto, a antiga primeira-ministra e líder da oposição no Bangladesh, Khaleda Zia, condenada em 2018 a 17 anos de prisão por corrupção, foi libertada hoje, indicou o porta-voz do Partido Nacionalista do Bangladesh (PNB, oposição), um dia depois de o exército ter tomado o controlo do país.

"[Zia, a grande rival de Hasina] está agora livre", disse à agência francesa AFP o porta-voz partidário, A.K.M. Wahiduzzaman, menos de 24 horas depois de o Presidente do Bangladesh, Mohammed Shahabuddin, ter ordenado a sua libertação.

Hoje, na capital do país, Daca, as mães de algumas das centenas de presos políticos detidos arbitrariamente durante o regime de Hasina aguardavam à porta dos serviços secretos militares à espera de notícias.

"Precisamos de respostas", disse Sanjida Islam Tulee, coordenadora do movimento "Mayer Daak" ("Apelo das Mães", na tradução em português), que está a fazer campanha pela libertação dos detidos pelas forças de segurança de Hasina.

Paralelamente, o principal sindicato da polícia do Bangladesh anunciou hoje que vai entrar em greve.

"Até que a segurança de todos os membros da polícia seja garantida, estamos a declarar uma greve", escreveu a Associação da Polícia do Bangladesh, que representa milhares de oficiais superiores, num comunicado.

Na mesma nota informativa, os líderes sindicais pediram “perdão” por terem ter disparado contra estudantes, alegando terem sido forçados a abrir fogo.

A situação mantém-se hoje calma em Daca, onde, embora o tráfego tenha sido retomado e as lojas reabertas, os escritórios governamentais permaneceram fechados.

Na segunda-feira, na sequência do discurso de Waker-Uz-Zaman, milhares de bengalis saíram para as ruas de Daca. Os manifestantes invadiram o parlamento, incendiaram as instalações de canais de televisão pró-governamentais e partiram estátuas do pai da ex-primeira-ministra, Sheikh Mujibur Rahman, um herói da independência do país.

Os escritórios da Liga Awami, o partido de Hasina, foram incendiados e saqueados em todo o país, disseram testemunhas à AFP.

Lojas e casas pertencentes a hindus - um grupo considerado por alguns, neste país de maioria muçulmana, como próximo de Hasina - também foram atacadas, disseram testemunhas.

Por sua vez, a Índia afirmou hoje estar "profundamente preocupada" com a crise no vizinho Bangladesh.

O ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Subrahmanyam Jaishankar, afirmou no parlamento que continuará "profundamente preocupado até que a lei e a ordem sejam claramente restabelecidas", confirmando a presença de Sheikh Hasina na Índia.

Segundo um porta-voz oficial, Hasina está apenas "de passagem" pelo país, a caminho de Londres. No entanto, o apelo do Governo britânico a um inquérito da ONU sobre os "níveis de violência sem precedentes" no Bangladesh lançou dúvidas sobre a possibilidade deste destino. ANG/Lusa

    Nigéria/Pelo menos 90 manifestantes detidos  com bandeiras russas

Bissau,  06 Ago 24 (ANG) - A polícia nigeriana afirmou, hoje, ter detido mais de 90 manifestantes que exibiam bandeiras russas, numa altura em que o país entra no sexto dia de protestos provocados pelas dificuldades económicas do país.

O porta-voz da polícia, Olumuyiwa Adejobi, disse hoje à agência de notícias francesa AFP que mais de 90 manifestantes "foram detidos com bandeiras russas".

Num comunicado publicado nas redes sociais, o porta-voz do serviço de informações internas da Nigéria (DSS) disse que o DSS tinha "detido alguns alfaiates no Estado de Kano responsáveis pelo fabrico das bandeiras russas distribuídas na região", e que estava a conduzir uma investigação.

Milhares de pessoas têm-se reunido na Nigéria desde quinta-feira para protestar contra a subida dos preços e a má governação, numa altura em que o país mais populoso de África atravessa a sua pior crise económica desde há uma geração.

Segundo a agência espanhola EFE um total de 873 pessoas foram presas até agora, segundo as autoridades.

A mobilização diminuiu nos dias que se seguiram à repressão policial, mas centenas de manifestantes ainda saíram às ruas na segunda-feira nos estados do norte, nomeadamente Kaduna, Katsina e Kano, bem como no estado de Plateau, no centro do país.

Jornalistas da AFP e testemunhas viram alguns manifestantes a agitar bandeiras russas, um gesto fortemente condenado pelo chefe do exército nigeriano.

O Norte da Nigéria tem laços culturais, religiosos e socioeconómicos estreitos com os países vizinhos da região do Sahel, que assistiram recentemente a uma série de golpes de Estado liderados por militares aliados da Rússia.

"Os indivíduos que treinam outros para transportar bandeiras russas na Nigéria, a soberania da Nigéria, estão a atravessar a linha vermelha e não o aceitaremos", avisou o Chefe do Estado-Maior do Exército, general Christopher Musa, num briefing em Abuja, na segunda-feira.

Por seu lado, a embaixada russa na Nigéria negou qualquer envolvimento no caso. "O Governo da Federação Russa e os funcionários russos não estão envolvidos nestas atividades e não as coordenam de forma alguma", declarou a embaixada, num comunicado publicado no seu sítio da Internet.

"As intenções de alguns manifestantes de agitar bandeiras russas são escolhas pessoais e não refletem de forma alguma a posição oficial ou a política do Governo russo nesta matéria", acrescentou.

Na semana passada, a ONG Amnistia Internacional acusou a polícia de ter matado pelo menos 13 manifestantes no primeiro dia de protestos, enquanto a polícia nigeriana afirmou que sete pessoas tinham morrido, negando qualquer responsabilidade.

Num discurso transmitido pela televisão no domingo, o Presidente Bola Ahmed Tinubu apelou ao fim das manifestações e ao "fim do derramamento de sangue", mas os organizadores dos protestos prometeram continuar a mobilização.

O custo de vida na Nigéria tem aumentado desde que o Presidente chegou ao poder, em maio de 2023, com a inflação a atingir um máximo histórico de 33,95% em junho passado.

Esta situação fez subir os preços de produtos básicos como o arroz, o milho e o inhame, tornando-se incomportáveis para muitos nigerianos.

Todas as medidas de Tinubu - como a distribuição gratuita de cereais e o aumento do salário mínimo - não conseguiram atenuar o impacto na população de medidas como a supressão do subsídio aos combustíveis.

A Nigéria é o país mais populoso de África (mais de 213 milhões de pessoas) e também um dos seus principais produtores de petróleo, bem como uma das maiores economias do continente.

No entanto, quatro em cada dez nigerianos vivem abaixo do limiar da pobreza, de acordo com o Banco Mundial.

A inflação é uma das causas da grave crise de desnutrição nos estados do norte do país, que levou a um "aumento sem precedentes de admissões de crianças gravemente desnutridas" com complicações potencialmente fatais, segundo os Médicos Sem Fronteiras (MSF), em junho passado. ANG/Lusa

 

Venezuela/Conselho Eleitoral  diz que entregou atas das presidenciais ao Supremo

Bissau, 06 Ago 24 (ANG) – O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou ter entregado ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) todas as atas das últimas eleições presidenciais, nas quais Nicolás Maduro reivindicou vitória, algo contestado pela oposição.

“Tudo o que foi solicitado pelo mais alto tribunal da República foi entregue”, declarou na segunda-feira à noite Elvis Amoroso, numa audiência pública.

Desde as eleições de 28 de julho que a oposição tem vindo a solicitar a divulgação pública das atas, algo negado pelo CNE, que disse ter sido vítima de ataques de pirataria informática.

Em resposta, a oposição acusou tanto o CNE como o STJ de serem subservientes ao Governo do Presidente Nicolás Maduro.

A mais alta instância da justiça da Venezuela instou no domingo o CNE a publicar as atas das presidenciais no espaço de três dias úteis.

Na quinta-feira, o STJ aceitou um pedido de Maduro para certificar os resultados das últimas eleições presidenciais nas quais foi reeleito para um novo mandato de seis anos (2025-2031).

Na sexta-feira, nove dos dez candidatos eleitorais convocados pelo STJ - Nicolás Maduro, Luis Martínez, Daniel Ceballos, Antonio Ecarry, Benjamín Raússeo, Enrique Marques, José Brito, Javier Bertucci e Claudio Fermín - compareceram perante aquele órgão, tendo alguns deles dito aos jornalistas que desconheciam o conteúdo do recurso apresentado por Maduro.

Um dos convocados, o principal candidato opositor, Edmundo González Urrutia, não compareceu perante o STJ, o que levou o Presidente da Venezuela a advertir que isso traria “consequências ineludíveis”.

Sem divulgar o conteúdo do recurso, Maduro afirmou que o Governo e o Partido Socialista Unido da Venezuela estão prontos para divulgar todas as atas eleitorais e acusou a oposição interna de, com a ajuda de opositores no estrangeiro, tentar “um golpe de Estado utilizando o processo eleitoral”.

Maduro pediu ainda que os resultados eleitorais sejam certificados “com um parecer de peritos do mais alto nível técnico” e explicou estar na disposição de ser convocado, interrogado, investigado e submetido à justiça.

Segundo o CNE, Maduro foi reeleito com 6.408.844 votos, 51,95% do total, ficando em segundo lugar o principal candidato opositor, González Urrutia, com 5.326.104 votos, 43,18%.

No segundo boletim informativo sobre o processo eleitoral, o CNE afirma que nas presidenciais de 28 de julho houve 12.335.884 votos válidos.

Segundo o CNE, o candidato Luís Martínez obteve 152.360 votos (1,24%) e os restantes ficaram todos abaixo de 1%.

A oposição venezuelana reivindicou a vitória nas presidenciais, com 70% dos votos para Gonzalez Urrutia, com a líder opositora María Corina Machado a recusar reconhecer os resultados oficiais, com base em atas na posse da coligação da oposição. ANG/Lusa

 

          Reino Unido/ governo promete estancar violência xenófoba

Bissau, 06 Ago 24 (ANG) – O Primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, prometeu, segunda-feira, "sanções penais rápidas", após uma reunião de emergência sobre os distúrbios de extrema-direita que desde a semana passada eclodiram em toda a Inglaterra, na sequência da morte de três crianças.

O primeiro-ministro britânico reuniu-se esta segunda-feira com ministros e chefes de polícia, incluindo o chefe da Scotland Yard, Mark Rowley, para debater sobre a maneira de conter a violência que eclodiu inicialmente no noroeste da Inglaterra, em Southport, desde terça-feira 30 de Julho. Durante o fim de semana, vários polícias ficaram feridos e dezenas de pessoas foram detidas quando multidões arremessando tijolos e foguetes enfrentavam a polícia, queimando e saqueando lojas e, partindo vidros de carros e de casas.

Keir Starmer declarou à imprensa que como parte de uma "série de acções" resultantes da reunião ocorrida esta segunda-feira, o governo iria "intensificar a justiça penal", afim de garantir que "as sanções penais” fossem “rápidas". 

Disse igualmente que um “exército de reserva” composto por polícias especialmente treinados, estava pronto a ser destacado, para apoiar forças locais de onde quer que aconteçam novos distúrbios. O "meu foco é o de garantir que esta desordem cesse", acrescentou o primeiro-ministro britânico. Os confrontos eclodiram em Southport um dia depois de três jovens terem sido mortas e mais cinco crianças gravemente feridas durante um ataque à facada que ocorreu numa sala de aula de dança.

De acordo com a imprensa britânica, ao passo que notícias falsas inicialmente espalhadas por via das redes sociais, davam conta de uma agressão por parte de um requerente de asilo de origem muçulmana, a polícia corrigiu essa versão, informando que o suspeito era um jovem de 17 anos de idade, nascido no país de Gales e, filho de pais ruandeses.

Tal desmentido não impediu que as mesquitas fossem visadas, o que fez com que a polícia detivesse centenas de pessoas em várias cidades, com manifestantes anti-imigração a afrontarem-na, bem como a outros contra-manifestantes, incluindo grupos de muçulmanos.

Nelson Nascimento entrevistou Francisco Bettencourt, historiador e professor no Kings College de Londres, que a propósito desses distúrbios que têm assolado o Reino Unido,explicou, explicou que se está perante uma “tentativa de aproveitamento de ressentimento e descontentamento” social, sobretudo no interior do país, havendo como pano de fundo, a “vitória clara” com “uma maioria muito ampla” do Partido Trabalhista durante as últimas eleições no Reino Unido, face ao Partido Conservador (os “tories”).

O que se passa é que as últimas eleições deram uma vitória clara ao Partido Trabalhista. Portanto, tem uma maioria muito ampla. A direita dos "tories" e a extrema direita do Reform foram batidas e a esquerda, no seu geral e o centro, digamos assim, o centro esquerda saíram bastante confortados nesta vitória.

E existe neste momento uma tentativa de aproveitamento, de ressentimento e de descontentamento, sobretudo na província e nas partes menos desenvolvidas do Reino Unido, há um descontentamento e a uma tentativa de extrema direita de explorar esse descontentamento e tentar inverter a opinião pública depois da derrota que sofreram nas eleições.

É um problema de política de motim e envolvimento em motim que extravasa o regime democrático e contesta e ameaça o regime democrático. E o governo trabalhista está correctamente a tentar encontrar soluções que impeçam o alastrar desses movimentos contrários a todo o sistema constitucional inglês.

Este historiador baseado no Reino Unido pormenoriza o que tem estado na origem da crise com que o país se defronta.

Neste momento a extrema direita aproveita algum descontentamento que existe por parte de sectores da população que se sentem abandonados ou não favorecidos contra os imigrantes. Portanto, neste momento, os actos de motins que estão a ser desenvolvidos tomam como alvo instalações, hotéis onde foram albergados imigrantes numa fase transitória, e procuram criar situações francamente violentas, com fogo, com destruição de janelas, lançamento de tijolos e situações que ameaçam francamente a integridade física das pessoas e das polícias.

Houve um evento que foi imediatamente explorado por redes sociais, que foi um assalto a um clube de dança, onde estavam crianças. Foram esfaqueadas dez crianças, três morreram. Foi um evento absolutamente horrível. O jovem de 17 anos que praticou esse crime está a ser julgado. Correu logo nas redes sociais que se tratava de um imigrante. Não é o caso. Ele é filho de imigrantes, nascido em Inglaterra, e isso foi o pretexto para todo este movimento de motins.ANG/RFI

 

Política/ PR  exonera ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo

Bissau, 06 Ago 24 (ANG) - O Presidente da República exonerou o ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo, de acordo com a nota informativa divulgada segunda-feira pelo Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Presidência da República.

“Sob a proposta do Primeiro-ministro, nos termos e para os efeitos do estatuído na alínea i) do artigo 68º, e em conformidade com o artigo 70.º, ambos da Constituição da República, é o Senhor Fidélis Forbs, exonerado do cargo de Ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo, para o qual havia sido nomeado pelo Decreto Presidencial N.º 77/2023, de 20 de Dezembro”, lê-se no Decreto Presidencial.

Fidélis Forbs desempenhou várias funções em diferentes governos  entre os quais o de ministro dos Transportes e Comunicações, no governo liderado por Umaro Sissoco Embaló.ANG/JD/ÂC//SG



Comunicação Social Presidente da República nega existência de uma  “intenção maldosa” contra  jornalistas

Bissau, 06 Agot 24 (ANG) – O Presidente da República admitiu que, a sua relação com a imprensa não é fácil, mas que da sua parte não existe nenhuma “intenção maldosa”.

A consideração de Umaro Sissoco Embaló foi tornada pública , segunda-feira, num encontro com os jornalista, no qual não só falou da situação interna do país, mas também da politica externa.

O chefe de Estado guineense disse que desde que assumiu o combate a corrupção e ao narcotráfico, como prioridade das prioridades, nunca foi entendido pelos seus parceiros políticos.

Em relação ao asilo  no país concedido ao ex-Presidente da República Centro Africana,  Francois Bozzizé, o Presidente da República reiteirou  que este não será extraditado, porque a lei da Guiné-Bissau não o permite.

Além disso informou que, de acordo com as informações que recebeu do seu homólogo Centro Africano, este país não  emitiu nenhum mandado de captura internacional contra Bozzizé.

Nesse encontro com a imprensa, o Presidente da República sublinhou que o acolhimento de vários chefes de Estado demonstra a existência de estabilidade politica e governativa no país.

Sobre as críticas relacionadas com detenção dos três juízes do Tribunal Militar Superior, disse que na classe castrense, as estruturas  funcionam e que  os juízes  desse tribunal não são como os do tribunal civil.

“O funcionamento desse tribunal é diferente, porque é supervisionado pelo Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas”, salientou Umaro Sissoco Embaló.

Acrescentou que não se deve transformar o país num Estado de caos, mas sim ter um país onde  as leis funcionam, assim como o respeito pelas autoridades do Estado e  instituições.

Disse lamentar  o nível dos políticos guineenses, que na sua opinião, não estão em conformidade com realidade do país, porque hoje em dia, pensam mais nas questões tribais do que trabalhar para manter a coesão dos guineenses.

O PR disse que foi perguntado pelo Sumo Pontífice, Papa Francisco,  se na Guiné-Bissau a Igreja faz política, Umaro Sissoco Embaló disse que, respondeu-lhe que sim, mas com menos intensidade.

“E para pôr fim à esta prática dei instruções aos Serviços de Informação  de Estado para que passam a gravar todas as homilias de domingos nas igrejas católicas e rezas de sexta-feira, nas mesquitas, para evitar possíveis influências para o fundamentalismo religioso na Guiné-Bissau, que diz ser  um problema à escala mundial.

Quanto ao Batalhão da Presidencial, que apelidou de “Ante golpe”, disse que é para garantir, não só a sua segurança enquanto Presidente da República, mas também do país e de futuros chefes de Estado da Guiné-Bissau, porque “estão preparados pata isso”.

Umaro Sissoco Embaló recomenda aos  políticos a trabalharem para que não haja mais golpe de Estado, porque se isso acontecer o poder ficará nas mãos dos militares. ANG/LPG/ÂC//SG

 


Desporto
/Sporting Clube de Bafatá regressa à segunda Liga, 17 anos depois

Bissau,06 Ago 24(ANG) - O Sporting Clube de Bafatá, um dos históricos clubes de futebol da Guiné-Bissau, é uma das duas equipas do Campeonato Nacional da primeira divisão (Guines-Liga) da presente época desportiva 2023-2024 a descer de escalão.

A formação leonina sediada em Bafatá, segunda capital do país, que foi campeã nacional de futebol, vai jogar na próxima temporada 2024-2025 na segunda liga, 17 anos depois de ter estado  no convívio da elite do futebol nacional.

Em partida da 30ª jornada da Guines-Liga, entre as duas aflitas da tabela classificativa, os Tigres de São Domingos e o Sporting Clube de Bafatá, realizada no último fim de semana, 03 de Agosto, em São Domingos, a formação visitante foi derrotada por 1 a 0.

De acordo com os relatos da imprensa desportiva, foi uma partida muito intensa entre as duas equipas que lutavam pela permanência na Guines-Liga, mas a sorte calhou a formação dos Tigres de São Domingos, que venceram o jogo e mandaram o clube do leste do país para segunda liga.

Antes da confirmação desta despromoção, o Sporting Clube de Bafatá viveu crise interna na liderança do clube. Na época passada, 2022-2023, a equipa estava à beira de descer, mas acabou por contratar o experiente treinador Infamará Dabó “Vando” e garantiu a permanência.

Nesta presente época desportiva, que agora está na reta final, o treinador Infamara Dabó “Vando” iniciou bem a temporada no clube, mas acabou por não suportar os problemas internos e demitiu-se do cargo de treinador da equipa no em março de 2024.

“Mister Vando”, que deixou o clube na décima primeira posição na tabela classificativa com 13 pontos, após o cumprimento da 12.ª jornada da Guines-Liga, justificou que não estava a sentir-se valorizado no clube e pelos próprios jogadores do Bafatá.

Após a saída de Vando, a Direção do Sporting Clube de Bafatá contratou Alcides Sanca, conhecido no mundo de futebol por “Tony Fundungo”, com o propósito de garantir a manutenção na Guines-Liga, mas o treinador acabou por demitir-se também em junho, alegando falta de organização interna, derivada do contexto atual sociopolítico do país.

Em entrevista concedida à seção desportiva do Jornal O Democrata, na altura, Tony Fundungo revelou que os jogadores do clube não recebem os respetivos salários.

Em 30 jogos realizados na Guines-Liga, o Sporting Clube de Bafatá obteve sete vitórias, seis empates e 17 derrotas na competição organizada pela Liga Guineense dos Clube de Futebol(LGCF), totalizando 26 pontos na tabela classificativa da prova.

A despromoção do Sporting Clube de Bafatá acontece justamente na mesma época  em que outra equipa da cidade de Bafatá garantiu a promoção à primeira liga de futebol. Trata-se de Háfia FC Bafatá, que foi campeã da série B do Campeonato Nacional da II divisão.

Para além de Háfia FC Bafatá, a outra equipa que conseguiu a subida foi a formação do FC Cumura, vencedora da série A, do Campeonato Nacional da II divisão. As duas equipas vão disputar o jogo que vai decidir quem será o campeão nacional da segunda liga.

A outra formação que desceu juntamente com o Sporting Clube de Bafatá é o Binar FC. O clube nortenho ficou no último lugar da tabela classificativa com 27 pontos, os mesmos pontos que o Sporting Clube de Bafatá.

No seu último jogo da Guines-Liga, a equipa do Binar FC recebeu e venceu no último fim de semana a formação de FC Pelundo por 2 a 0, mas não conseguiu alterar nada na tabela classificativa.

A 30.ª jornada da Guines-Liga, último jogo do Campeonato Nacional da presente época desportiva 2023-2024, encerra hoje com a partida entre os Portos de Bissau e o FC Canchungo. A partida será realizada no Estádio Lino Correia, em Bissau.

O Sport Bissau e  Benfica, que foi campeão nacional na quarta-feira em Bissau, empatou, segunda-feira, com  o FC Sonaco. O jogo serviu apenas para agradecer aos jogadores,  dirigentes e  adeptos pela conquista do título nacional.

Nesta partida assistida pela ministra Interina da Juventude, Cultura e Desportos, Maria da Conceição Évora, e pelo presidente da Federação de Futebol do país (FFGB), Carlos Mendes Teixeira “Caíto”, o clube encarnado recebeu o seu prémio.

As Águias vão começar esta semana a preparar o jogo da Taça da Guiné frente à União Desportiva Internacional de Bissau (UDIB). Em caso de vitória, o Benfica fará dobradinha na época, campeão Nacional e vencedor da Taça da Guiné.

Embora a LGCF não tenha divulgado ainda os prémios dos melhores jogadores da época, a seção desportiva do jornal O Democrata realçou o desempenho  de quatros jogadores ao longo da temporada.

Trata-se de Abu e Vitorino, ambos do Benfica, e Zamora e Ismaila Ndjai de Canchungo. O jovem avançado do Benfica Adulai Jaló vulgo “Jiménez” é o melhor marcador da Guines-Liga, com 16 golos. O jovem avançado foi um dos jogadores determinantes na conquista do título pelo Benfica.ANG/O Democrata

 

segunda-feira, 5 de agosto de 2024


Saúde/
Presidente da República anuncia para breve  arranque do Centro de Hemodiálise no país

Bissau, 05 Ago 24 ( ANG) - O Presidente da República anunciou para breve o início de  funcionamento do Centro de hemodiálise no país "porque  já foram criadas as condições para o efeito".

O anúncio do chefe de Estado guiineense foi feito hoje, num encontro com os jornalistas para falar não só da atual situação política do país, mas também de alguns assuntos de governacão.

Umaro Sissoco Embaló reconheceu que a Guiné Bissau está a viver uma situação política conturbada, que diz ter sido  criada por alguns políticos, sem  motivos .

Destacou que o exercício da  Presidência Rotativa da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), da Aliança de Líderes de Países Africano de Luta Contra Malária e da  próxima Presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) dignifica a Guiné Bissau.

Lementou ser o único Presidente no espaço da CPLP sujeito à insultos da parte de alguns concidadãos, mas diz que mesmo assim tem estado a representar aos  guineenses com honra e dignidade.

“Não é uma questão de arrogância mas desde a independência até aqui não houve um chefe de Estado que trabalhou  para devolver as organizações internacionais a confiança nos guineenses", salientou.

Umaro Sissoco Embaló justicou a sua opinião, dizendo  que houve momentos em que ao  falar da Guiné Bissau, as pessoas diziam que é um Estado falhado, acrescentando que não foi fácil recuperar a autoridade do país e a auto confiança.

Afirmou que no sistema governativo em vigor no país, o Presidente da República é chefe do executivo de acordo com a Constituição da República e primeiro-ministro é chefe de Governo, razão pela qual é obrigado a passar  informações ao PR todas as semanas sobre os assuntos de governação do país.

Informou que, ao passo que, na Assembleia Nacional Popular, o primeiro- ministro só comparece  no momento de apresentação do Programa e Orçamento Geral de Estado.

Porque de acordo com o Presidente da República,  o povo julga a pessoas que elege, por isso, quando iniciou as funções priorizou o combate a corrupção, narcotráfico e recuperação da imagem da Guiné Bissau no exterior.

Informou que, após a  pandemia da COVID-19, à semelhança de outros países, a Guiné-Bissau se  deparou com dificuldades económicas, e para fazer face à esta situação teve que deligenciar apoios para a Guiné-Bissau junto de parceiros tradicionais, nomeadamente Portugal e França .

Em relação a dissolução da ANP disse que se deve a tentativa do golpe de Estado e também o caso de seis bilhões de francos CFA, acrescentando que  a dissolução permeteria à todas as pessoas suspeitas se apresentarem ao  Ministério Público.

Neste encontro com os jornalistas, o Presidente da República revelou que foi informado pelos Agentes do Serviço de Inteligência sobre a mobilização das pessoas por parte do antigo comandante da Guarda Nacional Victor Tchongo para a realização d golpe de Estado e diz que a partir desse momento foi reativado o posto de controlo de Safim para monitorizar as movimentações.ANG/LPG/ÂC//SG

 

       Justiça/Juízes Conselheiros do Tribunal Militar postos em liberdade

Bissau, 05 Ago 24(ANG) - Os três Juízes Conselheiros do Tribunal Superior Militar que tinham sido presos pelo Estado Maior General das Forças Armadas foram libertados esta segunda-feira.

A informação foi tornada pública pela Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) na sua página oficial do Facebook, na qual refere que se trata de mais uma derrota do “autoritarismo e da ditadura”.

"Os três juizes Conselheiros do Tribunal Superior Militar que tinham sido sequestrados pelo chefe de Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), General Biaguê Na Ntam, no dia 24 de Julho de 2024, foram libertados hoje. Trata-se de mais uma derrota do autoritarismo e da ditadura", lê-se numa curta nota da LGDH.

Melvim Sampa, Júlio Embana e Rafael Luís Gomes, foram detidos no dia 24 de julho, um dia depois de terem emitido um acórdão que ordenou a libertação dos cerca de 50 detidos, acusados de envolvimento no suposto golpe de Estado de Fevereiro de 2022.ANG/ÃC//SG

 

Jogos Olímpicos 2024/ Atleta guineense Seco Camará eliminado   dos 100 metros masculino

Bissau, 05 Ago 24(ANG) – O atleta guineense Seco Camará terminou no quinto lugar com um tempo de 10’ 76” e foi eliminado  sábado, na série 1, nas provas de atletismo de 100 metros masculinos.

O oitavo dia de provas nos Jogos Olímpicos registou a atuação de  três atletas da África Lusófona, nos 100 metros, nas provas de atletismo. Marcos Santos, Seco Camará e Steven Sabino  foram eliminados nas primeiras rondas.

Na série 4 das pré-eliminatórias, o angolano Marcos Santos terminou no segundo lugar, batendo o recorde de Angola com um tempo de 10’ 31”, apurando-se assim para a primeira ronda da prova.

Na primeira ronda, e novamente na série 4, Marcos Santos acabou no 7° lugar com um tempo de 10’ 40”, e foi eliminado da prova.

No entanto, o atleta angolano sai destes Jogos Olímpicos com um recorde nacional, ele que tem apenas 20 anos.

No enquanto na série 2, o moçambicano Steven Sabino foi desqualificado por falsa partida. 

A participação da África Lusófona ficou encerrada nos 100 metros masculinos no Stade de France, recinto que recebe as provas de atletismo dos Jogos Olímpicos.

De referir ainda que nos 100 metros masculinos, o timorense Manuel Ataide terminou no sétimo lugar na série 3, das pré-eliminatórias, com um tempo de 11’ 35”, novo recorde nacional de Timor-Leste.ANG/RFI


3 de Agosto/ Ministro da Administração Pública exorta as organizações sindicais  união de esforços para garantir  paz social

Bissau, 05 Ago 24 (NG) – O ministro da Administração Pública, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social; exortou à todas as organizações sindicais no sentido de unirem  esforços para garantir uma paz social, em que  todos terão a voz,  e previlegiando o diálogo e a compensação.

Aly Hizazy que falava no ato comemorativo  do 3 Agosto, organizado pela União Nacional do Trabalhadores da Guiné UNTG, em representação do Presidente da República, sublinhou que os alcances dos movimentos sindicais nas lutas que continuam a travar tiveram as suas gêneses nos acontecimentos do  3 de Agosto.

O governante reiterou que  a Guiné-Bissau é um país que reconhece o direito dos trabalhadores.

Disse que o 3 de Agosto de 1959 marcou o início de  uma rotura historíca em que nasceu a esperança e o sonho de que tudo é possível quanto a procura de  melhores condições de trabalho e da vida da população.

Para Aly Hizazy  é imperiosa reforçar  a credibilidade e a transparência do Estado e da administração pública através dos sistemas de segurança e justiça, para o   reforço do estado social e das suas vertentes de saúde e  educação para todos.

Disse que, a ambição e o compromisso deste governo para com os trabalhadores é ainda maior, porque após 36 anos conseguiu promulgar o primeiro código de trabalho que diz ser mais justa para os trabalhadores

A UNTG, na pessoa do Secretário-geral, Laureano Pereira voltou a defender a necessidade do aumento dos salários, tanto para o setor estatal  assim como para o setor privado.

O Secretário-Geral da UNTG, Lauriano Pereira diz que é importante o aumento geral do salário para todos os trabalhadores do Estado assim como para os do setor privado.

“Os preços dos  produtos de primeira necessidade dispararam de uma forma bruta e gritante, o que criou um desequilibrio no orçamento dos trabalhadores, tendo em conta o magro salário praticado no país”,disse.

Pereira arescentou  que passaram 65 anos após as reivindicações salariais dos marinheiros do Cais de Pindjiguiti mas que os trabalhadores ainda  continuam a viver na “miséria e pobreza extrema”.

Laureano Pereira diz que o Estado  deve assumir a responsabilidade política de um desenvolvimento económico que assegura, em toda a sua o plenitude, a melhoria do bem estar social, da qualidade da vida dos trabalhadores, justiça social, promoção dos direitos sociais, económicos, culturais,  segurança social,  educação e habitação.

O dirigente sindicalista criticou que se comemora mais um aniversário de 03 de Agosto com o país marcado por uma  gritante injustiça de distribuição da riqueza nacional. ANG/MI//SG

Economia/Preços das moedas para segunda-feira, 5 de agosto de 2024

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428.250

435.250

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84.750

Dirham dos Emirados Árabes Unidos

161.750

164.500

Fonte:BCEAO