Comunicação Social Presidente da República nega existência de uma “intenção maldosa” contra jornalistas
Bissau, 06 Agot 24 (ANG) – O Presidente da República admitiu que, a sua
relação com a imprensa não é fácil, mas que da sua parte não existe nenhuma “intenção
maldosa”.
O chefe de Estado guineense disse que desde que assumiu o combate a
corrupção e ao narcotráfico, como prioridade das prioridades, nunca foi
entendido pelos seus parceiros políticos.
Em relação ao asilo no país concedido
ao ex-Presidente da República Centro Africana,
Francois Bozzizé, o Presidente da República reiteirou que este não será extraditado, porque a lei da
Guiné-Bissau não o permite.
Além disso informou que, de acordo com as informações que recebeu do seu
homólogo Centro Africano, este país não
emitiu nenhum mandado de captura internacional contra Bozzizé.
Nesse encontro com a imprensa, o Presidente da República sublinhou que o
acolhimento de vários chefes de Estado demonstra a existência de estabilidade politica
e governativa no país.
Sobre as críticas relacionadas com detenção dos três juízes do Tribunal Militar
Superior, disse que na classe castrense, as estruturas funcionam e que os juízes
desse tribunal não são como os do tribunal civil.
“O funcionamento desse tribunal é diferente, porque é supervisionado pelo
Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas”, salientou Umaro Sissoco
Embaló.
Acrescentou que não se deve transformar o país num Estado de caos, mas sim
ter um país onde as leis funcionam, assim
como o respeito pelas autoridades do Estado e instituições.
Disse lamentar o nível dos políticos
guineenses, que na sua opinião, não estão em conformidade com realidade do país,
porque hoje em dia, pensam mais nas questões tribais do que trabalhar para
manter a coesão dos guineenses.
O PR disse que foi perguntado pelo Sumo Pontífice, Papa Francisco, se na Guiné-Bissau a Igreja faz política, Umaro
Sissoco Embaló disse que, respondeu-lhe que sim, mas com menos intensidade.
“E para pôr fim à esta prática dei instruções aos Serviços de Informação de Estado para que passam a gravar todas as
homilias de domingos nas igrejas católicas e rezas de sexta-feira, nas
mesquitas, para evitar possíveis influências para o fundamentalismo religioso
na Guiné-Bissau, que diz ser um problema
à escala mundial.
Quanto ao Batalhão da Presidencial, que apelidou de “Ante golpe”, disse que
é para garantir, não só a sua segurança enquanto Presidente da República, mas
também do país e de futuros chefes de Estado da Guiné-Bissau, porque “estão preparados
pata isso”.
Umaro Sissoco Embaló recomenda aos políticos
a trabalharem para que não haja mais golpe de Estado, porque se isso acontecer
o poder ficará nas mãos dos militares. ANG/LPG/ÂC//SG
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