Angola/
Sociedade civil
denuncia ameaças de mortes a activistas
Bissau, 23 Ago 24 (ANG) - Um grupo de activistas de
sete OGN´S angolanas alega estar a ser perseguido e ameaçado de morte por
remeter à Presidente da República e ao Tribunal Constitucional uma providência
cautelar, para travar a publicação do diploma sobre segurança nacional.
Apesar das intimidações, os jovens dizem que vão
avançar com uma marcha contra a lei que consideram de restritiva e ambígua em
relação às liberdades.
Sete organizações não-governamentais angolanas interpuseram uma
providência cautelar para impedir a promulgação da proposta de lei de segurança
nacional pelo Presidente da República. O diploma foi aprovado a 7 de Agosto com
votos a favor do grupo parlamentar do Movimento Popular de Libertação de Angola
(MPLA), partido no poder em Angola.
Adilson Manuel, um dos responsáveis do grupo, diz que escreveram
à Presidência da República e ao Tribunal Constitucional por, entenderem, que a
lei é mais um, dos vários diplomas, que pode condicionar as acções cívicas e
políticas da sociedade angolana.
“É mais uma lei que
vai condicionar as acções cívicas e políticas. No dia 4 de Agosto remetemos uma
providência cautelar ao Tribunal Constitucional, remetemos também à Presidência
da República uma providência cautelar, de igual modo, ao Ministério da Justiça
e a várias organizações da sociedade civil, como a CEAST (Conferência Episcopal
Angola e São Tome e Príncipe, que até aqui ainda não se pronunciaram”, revelou Adilson Manuel, também secretário-geral do movimento da
Juventude Bloquista.
O jovem diz que pelo facto de enviarem a medida cautelar a
algumas organizações e de convocarem uma marcha contra o diploma, alguns
activistas e seus familiares estão a ser ameaçados de morte por indivíduos
desconhecidos. Apesar das intimidações, os jovens dizem que vão avançar com uma
marcha contra a lei que consideram de restritiva e ambígua em relação às
liberdades.
“Estamos a receber
várias ameaças, vários membros que compõem este movimento estão a receber
várias ameaças por terem convocado esta manifestação. Ameaças que até indiciam
morte e até às pessoas ligadas, às famílias, enfim! É uma situação que estamos
a viver no momento, mas, de todo modo, é uma garantia de que nós iremos sair no
dia 31 de Agosto”, queixou-se o activista.
Entretanto, foram signatários da providência cautelar as organizações da sociedade civil Plataforma em Acção (PLACA), Juventude Bloquista, Sociedade Civil Contestatária, Libertadores de Mentes, Resistência Malangina, MPD, PIKK e o activista Alexandre Barros. ANG/RFI
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