Política/APU-PDGB desafia ordens do Ministério do
Interior e da Ordem Pública e promete concentrar dirigentes e militantes na
receção de Nuno Gomes Nabiam
Bissau,30 Ago 24(ANG) - A
Assembleia do Povo Unido, Partido Democrático da Guiné-Bissau, (APU-PDGB), está
determinada a concentrar os seus dirigentes e militantes hoje nas mediações do
aeroporto internacional Osvaldo Vieira, para a receção do seu líder, Nuno Gomes
Nabiam depois de dois meses ausente do país.
A posição de APU-PDGB
desafia o despacho do Ministério do Interior e da Ordem Pública que proibiu
atos de manifestações públicas em todo o território nacional desde dia 15 de
Janeiro do presente ano.
O secretario nacional da
Juventude Apuana Caustar Dafá, em conferência de imprensa realizada
quarta-feira, diz não haver motivos do Ministério do interior continuar a
impedir manifestações politicas desde já que há um decreto do Presidente da
República que marcou as eleições legislativas para o mês de Novembro.
"E quando assim é, não
há motivos em proibir um partido de receber o seu líder no aeroporto sob pena
do próprio decreto estar a contrariar a si mesmo", explicou Caustar Dafá.
Pouco mais de uma semana
atrás, as Forcas de Ordem a mando do demissionário Secretario de Estado de
Ordem Pública, Jose Carlos Macedo Monteiro dispersaram alguns militantes do
MADEM-G15 15 no aeroporto Osvaldo Vieira e, detiveram um dos ativistas
politicos que foram receber o seu coordenador, Braima Camara no seu regresso ao
país após algum tempo em Portugal.
Inclusive, os homens da
imprensa que foram fazer cobertura jornalística foram também expulsos das
mediações do aeroporto.
No entendimento de Caustar
Dafá aquele ato foi uma falha por parte do Ministério do Interior.
Assegurou que o mesmo não
vai acontecer no regresso de Nuno Gomes Nabiam: “estámos num Estado livre onde
a lei está a cima de todos nós”, notou.
Em reação ao assunto, o
secretario de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo disse numa conferência
de imprensa realizada na terça-feira, avisou que Nuno Nabiam vai ter o mesmo
tratamento no seu regresso, igual aquando do regresso de Braima Camara e
Domingos Simões Pereira.
“Nuno vai ter o mesmo
tratamento que teve Domingos Simões Pereira e Braima Camara, Nuno não é ninguém
na Guiné-Bissau, Nuno é zero na Guiné. Ele prometeu vir nos desafiar, que
venha-nos desafiar na Guiné”, afiançou.
Jose Carlos assegurou que
enquanto não houver uma outra decisão do Governo que revogue o presente
despacho, o Ministério do Interior vai continuar intransigente em fazer cumprir
a lei, garantiu.
Questionado sobre a vigência
do referido despacho tendo em conta o aproximar da campanha eleitoral para as
eleições legislativas marcadas pelo Presidente Sissoco Embalo para 24 de
Novembro, José Carlos respondeu que cabe ao Ministério da Administração Territorial
responder a questão.
“Não foi o Ministério do Interior
que tirou o despacho, mas sim, o Conselho dos Ministros, o Ministério do Interior
apenas reproduziu o despacho", sustentou.ANG/ÂC
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