Nigéria/Pelo menos 100 mortos incluindo
civis num ataque terrorista
Bissau, 26 Ago 24 (ANG) - Pelo menos 100
pessoas, incluindo civis e militares, foram mortos num ataque de terroristas
ligados à Al-Qaeda a uma aldeia no centro do Burkina Faso, no sábado, de acordo
com vídeos analisados por um especialista regional.
Segundo
este especialista o ataque foi um dos mais mortíferos deste ano naquela nação
da África Ocidental, devastada por conflitos entre grupos terroristas.
Civis
na localidade de Barsalogho, a 80 quilómetros da capital, estavam a ajudar as
forças de segurança a escavar trincheiras para proteger os postos de segurança
e as aldeias, no sábado, quando os combatentes de um grupo ligado à Al-Qaida
invadiram a área e abriram fogo, descreveu Wassim Nasr, um especialista do
Sahel e investigador sénior do Centro Soufan de reflexão sobre segurança.
A
Al-Qaida reivindicou a responsabilidade pelo ataque no domingo, afirmando num
comunicado que obteve o “controlo total sobre uma posição da milícia” em
Barsalogho, região de Kaya, uma cidade estratégica que as forças de segurança
têm usado para combater os terroristas que, ao longo dos anos, têm tentado
aproximar-se da capital do país, Ouagadougou.
Pelo
menos 100 corpos foram contados nos vídeos analisados do ataque, adiantou Nasr.
A
agência de notícias Associated Press, que divulga esta informação, disse que
não conseguiu confirmar os dados de forma independente, mas analisou vídeos que
pareciam ser do local do ataque, mostrando corpos empilhados ao lado das
trincheiras.
O
ministro da segurança do Burkina Faso, Mahamadou Sana, disse numa emissão da televisão
estatal, no domingo, que o governo respondeu ao ataque, confirmando que entre
os mortos encontram-se militares e civis, sem indicar o número exato de
vítimas.
Cerca
de metade do território do Burkina Faso está fora do controlo do governo, uma
vez que o país tem sido devastado por crescentes ataques terroristas, de grupos
ligados à Al-Qaeda e ao grupo extremista Estado Islâmico, que já mataram
milhares de pessoas e fizera deslocar mais de dois milhões, numa das crises
mais negligenciadas do mundo.
A
violência contribuiu para dois golpes de Estado em 2022. A junta militar no
poder no país, que prometeu pôr fim aos ataques, tem tido dificuldade em
fazê-lo, mesmo depois de procurar novas parcerias de segurança com a Rússia e
outros países da região do Sahel em África, também liderados por juntas militares
e atingidos por conflitos. ANG/Lusa
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