Diplomacia/”Não Vamos tolerar lição de moral de Xanana Gusmão”, diz o Conselheiro Político e Diplomático do PR da Guiné-Bissau
Bissau, 26 Ago 24 (ANG) – O
Conselheiro Político e Diplomático do Presidente da República da Guiné-Bissau, disse
hoje que a lição de moral do Primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão,
não será respeitada pelo Estado da Guiné-Bissau.
Fernando Delfim da Silva
qualificou as declarações de Gusmão de “atrevimento e um imiscuir” nos assuntos
dos outros.
O Chefe do Governo timorense
Xanana Gusmão, disse, domingo, em entrevista à Agência Lusa, em Díli, alusiva
aos 25 anos do referendo que levou a independência de Timor-Leste, que a
Guiné-Bissau passou de golpes de Estado para golpes presidenciais, desde 2014.
No seu entender, a demasiada
passividade demonstrada ao longo dos anos pela Comunidade dos Países Oficial da
Lingua Portiguêsa (CPLP), de não exigir uma mudanças radical na Guiné-Bissau,
não está a ajudar na busca de solução para a pátria de Amilcar Cabral.
Em reação as declarações de
Xanana Gusmão, Fernando Delfim da Silva, em conferência de imprensa promovida
hoje na Presidência da República, disse que a relação de longos os anos existente
entre os dois povos, a Guiné-Bissau não podia esperar que o Timor-Leste fizesse
o que fez, através de Xanana Gusmão e
Mari Alcatiri.
“Xanana Gusmão apontou o ano
de 2020 como o início de golpes presidenciais vivido na Guiné-Bissau, mas
pretendemos alertá-lo de que, desde o referido ano, não se concretizou nenhum
golpe de Estado na Guiné-Bissau, ainda bem que o país tem sido poupado de
ocorrências de golpe de Estado ou de
consequente alteração da Ordem Constitucional, mas isso não quer dizer que não
houve tentativas de golpes a partir do 2020”,
referiu Delfim da Silva.
Segundo o Conselheiro
Político e Diplomático do PR, pela primeira vez na Guiné-Bissau, hergueu-se nos
últimos 30 anos, uma forte barreira
institucional de prevenção contra golpes de Estado, que corresponde a uma
rotura institucional com um passado tão marcado, negativamente, por recorrentes
mudanças institucionais.
“Pode ser que o senhor
Xanana Gusmão não conhece uma outra novidade da história política da
Guiné-Bissau, mas quero que saiba que, nos primeiros 30 anos da democracia
guineense, todos os processos golpistas reiteraram o mesmo paradigma golpista
parlamentar, porque em vez de servir de barreira intransponível contra golpes
militares, é várias vezes no parlamento que os golpistas guineenses são incentivados
e apoiados”, disse Delfim da Silva.
Para o Diplomata e
Conselheiro do PR, a única diferença nessa matéria que distingue o atual Chefe
de Estado Umaro Sissoco Embaló de anteriores chefes de Estados tem a ver com a proteção da integridade
política do Estado, que passa pelo imperativo dele mesmo como Chefe de Estado, e
garante da Ordem Constitucional, não permitir que em nenhum momento, o Estado de
Direito Democrático seja posto em causa.
Numa outra entrevista
concedida na semana passada à
Agência Lusa, o secretário -geral da FRETILIN, Mari Alcatiri disse que
a Guiné-Bissau não tem condições para presidir e nem para acolher uma
Cimeira da CPLP, devido as instabilidades política.
Em resposta, Fernando Delfim da Silva, Delfim da Silva qualificou as
declarações de Alkatiri de uma “grande asneira e uma falta de bom senso”.ANG/LLA/ÂC//SG
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