Saúde Pública/Farmacêutico Chadan Kumar recomenda uso de replentes para prevenção de picadas de mosquitos
Bissau, 20 Ago 24 (ANG) – O farmacêutico
da origem Indiana Chadan Kumar, igualmente funcionário da Farmácia “Rina”,
situada em Bissau, recomendou hoje o uso de replentes, como forma de evitar
picadas de mosquitos.
“Existem Odomos Spray e Odomos Pomada, e os dois são
repelentes que não fazem mal a pele humana, e a protegem de picadas de mosquitos. Por outro lado, temos
a Criolina Mercury, que pode ser usada nos momentos de limpeza das nossas casas,
porque o seu cheiro mata qualquer tipo de insectos, que se encontra no interior
da casa”, disse o farmacêutico.
Segundo Kumar, as picadas dos mosquitos são muito prejudicial à saúde humana, e podem, por
exemplo, provocar o Palusimo, um dos principais causas de morte em todo o
mundo, e o Paludismo chegou de ser principal causa de morte de crianças na
Guiné-Bissau.
Casos de Paludismo aumentam
na Guiné-Bissau na época chuvosa, razão pela qual o Ministério da Saúde Pública
tem intensificado a campanha de prevenção contra a doença com atribuição de
mosquiteiros e vacinação de crianças, para além de recomendações, através das
rádios, de limpeza de residências e seus arredores e de todos os sítios onde os mosquitos podem
viver e reproduzir.
Citando o último relatório
do Ministério da Saúde, do período de 2020 a 2023, o Coordenador Nacional do
Programa do combate ao paludismo aponta para uma diminuição da taxa da
prevalência da doença na Guiné-Bissau de seis para três por cento.
Januário Biaguê referiu
dados do Instituto Nacional da Saúde Pública (INASA) que indicam que, em 2023,
foram notificados, na Guiné-Bissau, pouco mais de 112 mil casos de paludismo e
registados 310 óbitos ligados à doença.
“Tudo isso mostra que o paludismo está a
regredir no nosso país, mas isso não quer dizer que não devemos continuar
vigilantes. O paludismo afeta todas as camadas da população, mas afeta mais as
crianças até aos cinco anos e as grávidas”, precisou Biaguê.
As regiões de Bafatá e Gabú,
no leste da Guiné-Bissau, são as zonas de maior prevalência do paludismo,
referiu o responsável.
O Coordenador Nacional do
Programa de Combate ao Paludismo acredita que em Bafatá, segunda cidade do
país, os mosquitos transmissores da doença desenvolveram “resistência aos
inseticidas” devido ao facto de, no passado, um projeto de produção do algodão
ter utilizado muito aqueles produtos nas plantações.
Januário Biaguê referiu que
a diminuição da taxa de prevalência do paludismo na Guiné-Bissau deve-se ao
“reforço da capacidade técnica” a nível do Ministério da Saúde, mas, sobretudo,
à “contribuição de parceiros” na implementação da estratégia nacional de
combate à doença.
Biaguê destacou a ação do
Fundo Mundial, cujos recursos são canalizados para o país através do Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com os quais
é implementada a estratégia nacional de combate delineada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).
O grande desafio no âmbito
da estratégia é fazer com que todos os guineenses durmam sempre debaixo de
mosquiteiros. Normalmente, os guineenses só utilizam os mosquiteiros durante a
época das chuvas, que vai de junho a outubro.
Em 20 de Agosto de 1897, o
médico britânico Ronald Ross descobriu que o mosquito fêmea transmite a
malária, e para o combater foram lançadas as bases para o combate a doença. A
descoberta valeu ao médico o Prémio Nobel de Medicina. ANG/LLA/ÂC//SG
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