sexta-feira, 23 de maio de 2025

Cultura/Empreendedor Guineense Wagna Luís Banar apresenta aplicativo "Pizvel" criada para venda e compra da música

Bissau, 23 Mai 25 (ANG) - O Empreendedor guineense Wagna Luís Banar formado no Brasil, e que actualmente reside em Portugal, promoveu quinta-feira uma demonstração do funcionamento do recente aplicativo criado por ele 'Pizvel" , que irá facilitar os músicos guineenses na venda e compra das suas obras musicais.

Em declarações à imprensa, Wagna Luís Banar disse que o objetivo da criação do aplicativo "Pizvel" é transformar a relação entre artista, música e utilizadores.

"Ou seja, fazer com que todos os protagonistas que trabalham no contexto musical possam ganhar algo através da música comercializada no "Pizvel", disse o criador.

Segundo ele, os interessados podem acessar ao aplicativo, e  caso queiram comprar a música ou álbum de qualquer músico o pagamento será por via  Orange Money.

Para além de Orange Money, disse que os consumidores da música terão a oportunidade de poder fazer as suas compras através de um cartão que será desenvolvido por ele, dentro em breve.

Luís Banar disse que  esse cartão não terá limitação, e que o usuário poderá comprar a música em qualquer parte do mundo onde  estiver.

 Wagna disse a
inda que , nesta primeira fase, os músicos que postarem os seus trabalhos na plataforma terão três meses de graça, para comercializarem as suas músicas, sem desconto do "Pizvel".

Na mesma plataforma "Pizvel", os músicos, promotores de eventos ou donos de empresas, podem pagar espaço, para publicitar as suas atividades.

Wagna Luís Banar nascido e crescido na Guiné-Bissau, era um dos elementos do agrupamento musical "Torres Gêmeos". Concluiu os seus estudos como técnico informático no Brasil, e atualmente reside em Portugal, onde desenvolveu o aplicativo "Pizvel" que visa ajudar os músicos nacionais a comercializarem os seus trabalhos.ANG/LLA/ÂC//SG

China /Xi apela à China e à França para que sejam forças fiáveis para manter a ordem internacional

 

Bissau, 23 Mai 25 (ANG) - O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu quinta-feira que a China e a França sejam “forças fiáveis” para manter a ordem internacional, “forças abertas” para promover o crescimento global e “forças progressistas” para orientar a cooperação multilateral.

Numa conversa telefónica com o seu homólogo francês Emmanuel Macron, citada pela Xinhua, Xi também apelou aos dois países para que mantenham a autoridade e o estatuto da ONU, defendam as regras do comércio internacional e a ordem económica global e pratiquem o verdadeiro multilateralismo.

Em declaração recente, o governo chinês reafirmou que, embora as negociações comerciais com os Estados Unidos sejam relevantes, o verdadeiro pilar da estabilidade internacional continua sendo o multilateralismo. A fala ocorre em meio à retomada de diálogos comerciais entre Washington e Pequim e reforça o compromisso da China com uma ordem mundial mais equilibrada, cooperativa e inclusiva.

Autoridades chinesas destacaram que os Estados Unidos seguem sendo uma potência relevante para a economia global, mas insistiram que acordos bilaterais, por si só, não garantem segurança nem prosperidade sustentáveis. 

Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, a solução para os principais desafios globais — como mudanças climáticas, segurança alimentar, cadeias produtivas e inovação — passa por estruturas multilaterais e pelo fortalecimento de instituições como a ONU, o G20, a OMC e o BRICS.

ANG/Inforpress/Xinhua

 

Visita PR do Senegal/ “Senegal representa 48 por cento do volume de importações da Guiné-Bissau”, diz DG do Comércio Externo

Bissau, 23 mai 25 (ANG) – O Diretor-Geral do Comércio Externo revelou que ao nível da União Económica  e Monetária Oeste Africana,  (UEMOA), Senegal representa 48 por cento do volume de importações de produtos da Guiné-Bissau.

A revelação foi feita, hoje, por Lassana Fati, em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné(ANG), sobre as relações comerciais entre Bissau e Dakar, no quadro da visita que o Presidente do Senegal efectua à Guiné-Bissau entre os dias 26 e 27 do corrente mês.

Lassana Fati disse que Guiné-Bissau e Senegal têm uma relação comercial histórica e seculares.

“Quando a Guiné-Bissau tinha sua própria moeda, o (peso), na altura havia algumas dificuldades. Porque para fazer compra no Senegal era necessário fazer câmbio do peso guineense para franco CFA e vice-versa”, lembrou o Director Geral do Comércio Externo.

Acrescentou que, a adesão da Guiné-Bissau à União  Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA),  em 1997, tornou  mais fácil a transação comercial, pois deixou de haver necessidade de se fazer o câmbio para se ir comprar  no Senegal ou na Guiné-Bissau.

Em relação ao volume comercial, Lassana Fati disse que é muito significativa, porque na zona da UEMOA  o Senegal é um país estratégico  em termos de importação para Guiné-Bissau.

Disse que parte desta importação  são produtos que vêm de alguns países europeus com destino para Bissau, mas que passam pelo Senegal e que outra parte são  produtos produzidos no Senegal.

Instado a identificar  os produtos que vêm do Senegal, indicou a grande quantidade de cebolas e outros  produtos que chegam ao país, através do Senegal. E, da parte guineense apontou a grande quantidade de mangas, batata doce, óleo de palma, limão e produtos florestais, tais como foroba, fole, calabaceira entre outros produtos que vão para o Senegal.

Lassana Fati  disse que os dois países têm uma relação histórica em termos de trocas comerciais, que ganha, cada vez mais, contornos importantes para os dois países.

Por essa razão Fati considerou de positivas as trocas comerciais entre Guiné-Bissau e Senegal, apesar da existência de algumas situações junto da linha fronteiriça, tais como  pagamentos ilícitos de que os cidadãos guineenses são  sujeitos, mas que não estão contemplados  em nenhum protocolo de acordo, tanto da UEMOA assim como  da CEDEAO.

O Director-Geral do Comércio Externo da Guiné-Bissau anunciou nesta entrevista a ANG a assinatura, brevemente, de um acordo comercial tripartida, entre os três países: Guiné-Bissau, Gâmbia e senegal.

O acordo, conforme Lassana Fati, foi negociada em Dakar e vai ser assinado pelos ministros de Comércio dos respectivos países.

O referido acordo, diz Lassana Fati, visa  facilitar ainda mais a mobilidade das pessoas, reforçando as transações comerciais entre os três Estados, porque,  “verificam-se cobranças não tarifárias ou inexistentes  junto das linhas fronteiriças entre os três países”.

Segundo o Director-G
eral do Comércio Externo, o acordo prevê ainda a eliminação de barreiras, sobretudo as cobranças de 1000 francos que se faz nos postos de controlo de cada país.

Lassana Fati disse que, após a assinatura desse acordo,  técnicos do Ministério de Comércio e Indústria da Guiné-Bissau  vão acompanhar a sua implementação para assegurar a livre circulação de pessoas e bens, principalmente para aqueles que estão implicados directamente nas trocas comerciais.

O Chefe de Estado do Senegal, Bassirou Diomaye Faye efetua, a partir de segunda-feira uma visita oficial de dois dias `Guiné-Bissau, mas deve chegar à Bissau já no domingo(25) ANG/LPG/ÂC//SG

Visita do Presidente do Senegal/Movimento da Sociedade Civil quer mais empenho do Governo para aumento de trocas comerciais com Senegal

Bissau, 23 Mai 25 (ANG) – O Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento(MNSCPDD), sugere que o governo deve aproveitar a oportunidade, no quadro de cooperação com o Senegal, para aumentar o volume de trocas comerciais e o investimento privado no país.

Fodé Caramba Sanhá que falava hoje em declarações exclusivas à ANG, sobre o estado da cooperação entre Senegal e Guiné Bissau.

O Presidente do Senegal, Bassirou  Dioumaye Faye deve iniciar segunda-feira uma visita oficial de dois dias à Guiné-Bissau.

Fodé Sanhá acrescentou que, no acordo, o Executivo deve proteger os interesses nacionais, estabelecendo políticas de investimento para os estrangeiros que exercem atividades comerciais no país.

Referindo-se a cooperação entre a Guiné-Bissau e Senegal, Fodé Caramba Sanhá destacou a criação da Agência de Gestão e Cooperação entre Guiné-Bissau e Senegal e a instalação de Representação Diplomática nos dois Estados.

“A Guiné-Bissau e Senegal são dois países vizinhos, divididos por duas fronteiras terrestres, a norte e a leste, mantendo relações de amizade privilegiadas, ou seja, são dois países ligados pela geografia, laços históricos e culturais seculares”, disse.

Afirmou que, a visita do Presidente Senegalês Bassirou Diomaye Faye ao país justifica-se, tendo em conta o papel que o seu homólogo guineense desempenhou para alcançar o recente  acordo com os independentistas de Casamansa.

Em relação a integração da comunidade senegalês na Guiné Bissau,  disse ser uma das comunidades mais pacíficas, que não constitui uma ameaça a segurança pública e nem tão pouco se identificam com os problemas internos do país.

Contudo, Carambá Sanhá criticou a falta de investimento dos operadores económicos senegaleses no país, situação que diz dever merecer a atenção das autoridades nacionais .

“Penso num país onde ganhas lucros na sequência de atividade comercial deve fazer investimento local, mas os cidadãos senegaleses não investem na Guiné-Bissau, transferem todos os seus rendimentos para o Senegal”, afirmou  Fodé Sanhá, sugerindo que o Governo trabalhasse  na politica de investimento para inverter essa tendência.

Aquele responsável disse que a Guiné-Bissau deve melhorar a proteção do interesse dos seus cidadãos, acrescentando que o país ,as vezes, abre-se muito e a proteção do interesse nacional acaba por ser esquecida .

A titulo de exemplo, Fodé Caramba Sanhá frisou que no domínio pesqueiro, os pescadores vendem o pescado aos estrangeiros e estes levam tudo para os seus respectivos países e o mercado nacional acaba por ficar sem peixe.

O Presidente do Movimento da Sociedade Civil, aproveitou para falar do sector do emprego no sector bancário, para criticar que é  ocupado, maioritariamente, por cidadãos estrangeiros, por causa do sistema linguística que os bancos adotam.

“A língua de trabalho nos bancos comerciais no país é francesa, enquanto que a nossa língua oficial é o portuguesa”, criticou

Sanhá defende a mudança de política linguística de trabalho para que os jovens guineenses tenham oportunidades de ter acesso ao mercado de emprego, ou seja, quer estabelecimento de princípios de obrigatoriedade do uso de língua portuguesa, em todos os sistemas públicos e privados que funcionam no país.

sublinhou que o objectivo comum continua a ser de uma maior aproximação entre os países e os governos e  promoção de parceria franca e frutífera para desenvolvimento social dos dois países.

ANG/LPG/ÂC//SG

 

 

Visita do Presidente do Senegal/SG de AGC afirma que a pesquisa conjunta de petróleo está num bom caminho

Bissau, 23 Mai 25 (ANG) – O Secretário-geral da Agência de Gestão e Cooperação entre a Guiné-Bissau e Senegal (AGC), Inussa Baldé  afirmou hoje em entrevista à ANG, que os trabalhos de pesquisa petrolífera, que  está a ser desenvolvida na zona de exploração conjunta com o Senegal está num bom caminho.

Baldé que falava em entrevista telefónica à ANG enquanto responsável  guineense de um dos instrumentos de cooperação entre Bissau e Dakar, disse que a agência  está a desenvolver um excelente trabalho de pesquisa no terreno, e que se tudo continuar assim, nos próximos tempos, os técnicos petrolíferos descobrirão por onde começar os próximos furos.   

“É um assunto que deve ser gerido com muita calma, porque os dois povos, futuramente, que irão beneficiar de tudo isso. Um país com petróleo, jamais enfrentará problemas elétricos, e mesmo que não iniciar a exploração do seu petróleo, terá  credibilidade perante investidores”, disse.

Aquele responsável salientou que, nas pesquisas feitas até hoje, existem dados que esclarecem a existência de petróleo na zona, acrescenta que foram usadas para essas descobertas tecnologias de última geração e que os resultados obtidos até o momento são bons.

Em relação  as atividades pesqueiras na zona conjunta, Inussa Baldé disse que  os dois países beneficiam de licenças para praticar as suas atividades pesqueiras, mas que os estudos continuam a ser feitos no terreno com a finalidade de apurar a quantidade da biomassa existente na zona, para permitir o controlo de emissão de  emissão de licenças pesqueiras nos  dois países.

Realçou, por outro lado, que a zona é conjunta, pelo que toda a exploração feita nela deve  beneficiar as partes, frisando que os dois Estados irão negociar para saberem como as percentagens devem ser divididas, tanto no domínio das pescas e assim como da exploração do petróleo.

Após  dois anos de assinatura do acordo de gestão marítima da zona conjunta entre os dois países, as partes entenderam que era necessário criar a AGC, para juntos trabalharem  na exploração das riquezas que pertencem aos dois países vizinhos. ANG/LLA/ÂC//SG

Diplomacia/Presidente da República desdramatiza apreensão de passaportes no aeroporto de Lisboa

Bissau.23 Mai 25(ANG) - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, desdramatizou, quinta-feira, a apreensão de 353 passaportes guineenses pela polícia portuguesa, no aeroporto de Lisboa, e considerou “normal” a prática de transporte daqueles documentos em mão.

“A questão dos passaportes, e não são só os passaportes da Guiné-Bissau, mesmo os de outros países, são transportados na mão. Entrega-se à pessoa e faz-se uma declaração. Não há nada de anormal”, observou Sissoco Embaló, em declarações aos jornalistas, à saída da reunião semanal do Conselho de Ministros.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) apreendeu cautelarmente, na noite de terça-feira, 353 passaportes genuínos da Guiné-Bissau transportados por um cidadão guineense intercetado no aeroporto de Lisboa, que disse ter sido incumbido, por um Alto Comissariado guineense, de entregar a documentação em Bruxelas.

“Pelas dúvidas e por poder estar em causa a segurança, todos os documentos foram cautelarmente apreendidos e a diligência comunicada ao Ministério Público”, informou o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis), em comunicado divulgado nesta quinta-feira.

Umaro Sissoco Embaló defendeu que os 353 passaportes foram transportados por um cidadão guineense, a pedido de alguém da autoridade do país, devido ao facto de os ministros dos Negócios Estrangeiros, Carlos Pinto Pereira, e o do Interior, Botche Candé, se encontrarem naquele dia fora de Bissau.

“Na pressa entregou-se a um cidadão normal para que os entregue na nossa embaixada. Nada de anormal”, disse Embaló, admitindo, contudo, ter faltado observar algum pormenor protocolar.ANG/Lusa

 

UFOA Feminino/Guiné-Bissau derrotada pela Libéria na estreia da competição  

Bissau, 23 Mai 25(ANG) - A seleção nacional da Guiné-Bissau perdeu, quinta-feira,  frente a Libéria por três bolas a uma, no jogo que marcou a sua estreia na competição.

As comandadas do mister Nafatcha até conseguiram sair ao intervalo com um empate a uma bola, mas o segundo tempo foi dominado pela seleção da Libéria que viu Mimi Eiden a brilhar.

A camisola 10 e capitã da seleção da Libéria brilhou com dois golos, garantiu o triunfo da sua seleção e foi eleita Woman Of The Match.

No sábado, as Djurtus voltarão em cena, e desta vez defrontando a seleção do Mali que venceu a anfitriã Mauritânia por expressivos cinco a zero, [0-5], no outro jogo do grupo.ANG/Fut 245

 

              Cabo Verde/Pilotos da TACV em  greve de cinco dias

Bissau, 23 Mai 25 (ANG) - Os pilotos da Transportadora Aérea da Cabo-verdiana estão em greve desde quinta-feira, uma  paralisação de cinco dias que segundo o Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil está a ter uma adesão de todos os pilotos. 

Sem consenso entre o Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil e a administração da TACV Cabo Verde Airlines sobre o tempo para responder às reivindicações dos pilotos, a greve de cinco dias teve início às zero horas de quinta-feira.

Quinta-feira de manhã, um grupo de pilotos da TACV Cabo Verde Airlines concentrou-se em frente à sede da empresa na cidade da Praia. O presidente do Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil, Edmilson Aguiar, disse que os pilotos não queriam a greve mas foram obrigados pela administração da companhia aérea de bandeira e garante que há uma boa adesão à paralisação

No universo de 30 pilotos que trabalham na TACV, 29 são associados do sindicato, apenas um piloto não é sindicalizado. (0:07) No entanto, até agora, 100% dos associados aderiram à greve. Continuamos abertos para discutirmos de forma verdadeira com a intenção de resolver os problemas, porque nós não queremos condicionar a empresa, mas é preciso ter o mesmo entendimento da parte do Conselho de Administração afirmou O presidente do Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil, Edmilson Aguiar.

Entre as exigências dos pilotos da TACV Cabo Verde Airlines estão questões ligadas à carreira, programa de segurança, protecção da saúde e de higiene no trabalho, cancelamento das consultas médicas e redução do prémio de seguro, redução dos subsídios, deficiência nos procedimentos de segurança e  catering deficitário.

Em reacção à greve dos pilotos, o presidente do Conselho de Administração da TACV, Pedro Barros, em declarações à rádio pública cabo-verdiana considerou as reivindicações dos pilotos justas, mas assegurou que a divergência com o sindicato dos pilotos está nos prazos.

A nossa eventual divergência com o sindicato, isso é que é o curioso, porque está aí nos prazos na forma de implementação destas reivindicações e ou medidas disse o PCA da TACV Cabo Verde Airlines para afirmar que a discussão de matérias tão importantes como as reivindicações dos pilotos não podem ter lugar num ambiente de crispação e de desentendimentos, tem que ser num momento de serenidade e de paz social para se ter bons resultados”.

A greve dos pilotos da TACV Cabo Verde Airlines afecta todos os voos internacionais da companhia. As viagens desta quinta-feira estão canceladas. O Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil já avisou que caso as reivindicações não sejam atendidas os pilotos da TACV partem para uma greve por tempo indeterminado em Junho.ANG/RFI

 

              Sudão do Sul/Refugiados  em risco de crise sanitária

Bissau, 23 Mai 25 (ANG) - A organização Médicos Sem Fronteiras disse hoje que os refugiados do Sudão do Sul que fugiram para a Etiópia enfrentam um risco iminente de catástrofe sanitária.


organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF), com sede em França, refere-se em particular a uma epidemia de cólera e a casos de desnutrição graves.

O Sudão do Sul, o Estado mais jovem do mundo, independente do Sudão em 2011, enfrentou numa guerra civil entre 2013 e 2018 sendo que o acordo de partilha de poder entre os beligerantes alcançou uma situação de estabilidade muito precária e que se degradou de forma grave.

Há vários meses registam-se violentos confrontos entre as forças que apoiam o Presidente Salva Kiir e o vice-Presidente Riek Machar, que foi detido em março.

De acordo com os MSF, entre 35 mil e 85 mil refugiados do Sudão do Sul fugiram para Mattar, uma cidade etíope situada a algumas dezenas de quilómetros da zona de fronteira.

Através de um comunicado, a organização não-governamental avisa que as infra estruturas locais estão sobrecarregadas acrescentando que perante o ressurgimento de doenças transmitidas pela água, como a cólera e a diarreia, o risco de uma catástrofe sanitária é iminente.

Os Médicos Sem Fronteiras anunciaram que trataram cerca de 1.200 pessoas que sofrem de cólera e malária.

Segundo o mesmo comunicado, mais de 40% dos testes rápidos de diagnóstico da malária são positivos e cerca de 7% das crianças com menos de cinco anos de idade apresentam sinais de desnutrição aguda grave.

O organismo que presta ajuda humanitária transferiu os serviços médicos de Burbeiye, uma cidade etíope na fronteira com o Sudão do Sul, para Mattar, devido aos confrontos armados entre "o exército sul-sudanês e um grupo da oposição".

Por outro lado, os MSF afirmaram ter recebido mais de 200 pessoas com ferimentos de guerra, em Burbeiye, desde o início dos combates, em fevereiro.

Os Médicos Sem Fronteiras instaram as várias partes envolvidas no conflito no Sudão do Sul a garantirem uma zona humanitária segura e capaz de proteger os civis e os funcionários que estão envolvidos na ajuda de emergência.

A organização apelou também aos doadores internacionais para que reforcem a ajuda, porque, disseram, em Mattar "não há abrigo, água e cuidados médicos suficientes para as pessoas que fugiram da violência". ANG/Lusa

 

EUA/Trump mostra imagem de matanças no Congo e diz ser na África do Sul

Bissau, 23 Mai 25 (ANG) - As imagens mostravam, na verdade, trabalhadores humanitários a levantar sacos de cadáveres na cidade congolesa de Goma, na sequência dos combates com os rebeldes M23, apoiados pelo Ruanda.


presidente norte-americano, Donald Trump, mostrou uma imagem de um vídeo da agência Reuters captado na República Democrática do Congo, mas alegou tratar-se de uma prova da matança de sul-africanos brancos, durante um encontro com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, na quarta-feira.

"Estes são todos agricultores brancos que estão a ser enterrados", disse Trump, enquanto empunhava uma fotocópia de um artigo que incluía a fotografia em causa.

Contudo, e conforme revelou a Reuters, o vídeo foi publicado pela agência a 3 de fevereiro e dado como genuíno pela sua equipa de verificação. As imagens mostravam trabalhadores humanitários a levantar sacos de cadáveres na cidade congolesa de Goma, na sequência dos combates com os rebeldes M23, apoiados pelo Ruanda.

O artigo exibido por Trump abordava o conflito e as tensões raciais na África do Sul e no Congo e foi publicado pela American Thinker, uma revista conservadora online. Ainda que a imagem não estivesse legendada, estava identificada como "captura de ecrã do YouTube", com um link para um vídeo sobre o Congo que, por sua vez, creditava a Reuters.

A editora-chefe da American Thinker e autora da publicação, Andrea Widburg, disse à agência noticiosa que Trump tinha "identificado mal a imagem". No entanto, salientou que o artigo se referia ao "governo marxista disfuncional e obcecado pela raça" de Ramaphosa, que "apontou a crescente pressão colocada sobre os sul-africanos brancos".

O vídeo do enterro coletivo foi filmado pelo jornalista Djaffar Al Katanty, que se mostrou surpreendido com o uso erróneo de Trump.

"Nesse dia, foi extremamente difícil para os jornalistas entrarem... Tive de negociar diretamente com o M23 e coordenar com a Cruz Vermelha para ser autorizado a filmar. Só a Reuters tem vídeos. Perante todo o mundo, o presidente Trump utilizou a minha imagem, utilizou o que filmei na RDC para tentar convencer o presidente Ramaphosa de que, no seu país, os brancos estão a ser mortos por negros", lamentou Al Katanty.

Recorde-se que Ramaphosa visitou Washington esta semana para tentar restabelecer as relações com os Estados Unidos, na sequência das críticas persistentes de Trump sobre as leis de terras da África do Sul, a política externa e o alegado mau tratamento da minoria branca, que o país nega. ANG/Lusa

    RDC/Milícias que apoiam o exército  cometem abusos contra população

Bissau, 23 Mai 25 (ANG) - A Human Rights Watch (HRW) alertou esta sexta-feira que os Wazalendo ("patriotas" em swahili), que apoiam o exército da República Democrática do Congo (RDCongo) contra o Movimento 23 de Março (M23) no leste do país, cometeram graves abusos contra civis.


Os Wazalendo cometeram assassínios, espancamentos e extorsões, disse a organização, sublinhando que não é claro o controlo que as Forças Armadas da RD Congo (FARDC) têm sobre estes grupos, disse a organização num comunicado.

Após a escalada de violência do M23 no início do ano e a sua ocupação em janeiro da cidade de Goma, capital da província do Kivu Norte, e em fevereiro de Bukavu, capital do Kivu Sul, os Wazalendo tomaram o controlo de várias localidades deste último território.

Entre março e abril, os milicianos montaram postos de controlo nas principais estradas da província e começaram a assediar os residentes, cobrando taxas, de acordo com as autoridades locais.

A HRW citou um relatório recente do instituto congolês Ebuteli, que concluiu que, apesar de os Wazalendo receberem material militar do Governo, as milícias "vivem em grande parte à custa da população" e extorquem-lhe dinheiro.

A ONG também documentou casos em que os membros do grupo "espancaram e açoitaram" homens e mulheres que acusaram de atos ilícitos, como roubo.

Muitos dos abusos da milícia são dirigidos contra a comunidade Banyamulenge, um povo minoritário do leste da RDCongo com uma língua e cultura semelhantes às dos ruandeses, que é frequentemente considerado estrangeiro ou tutsi (o grupo visado nos massacres do genocídio ruandês de 1994) por outros grupos étnicos congoleses.

O M23 - constituído maioritariamente por tutsis - e o Governo ruandês, que o apoia, têm utilizado estes episódios de violência para justificar a ofensiva.

A HRW documenta casos como o de um homem de 25 anos que morreu depois de ter sido baleado na anca por membros do Wazalendo, que o acusaram de ser ruandês, em meados de fevereiro.

"Disseram que não éramos congoleses e que éramos ruandeses. Disseram que eu tinha vindo para a cidade de Bibokoboko para 'limpar' os Banyamulenges. Mataram sete pessoas e destruíram casas, centros de saúde e escolas", disse um líder comunitário sobre outro ataque no início de março.

"O exército congolês arrisca-se a ser cúmplice de abusos ao apoiar as milícias 'Wazalendo'", a quem tem continuado a fornecer armas, munições e apoio financeiro, alertou Clémentine de Montjoye, investigadora sénior da HRW em África.

As perspetivas de uma solução negociada para o conflito foram reavivadas em 25 de abril, quando o Ruanda e a RDCongo assinaram em Washington um acordo mediado pelos EUA para iniciar negociações de paz.

Além disso, o Governo congolês e o M23 retomaram as conversações de paz em Doha, no início de maio, sob os auspícios do Qatar.

A atividade armada do M23 recomeçou no Kivu do Norte em novembro de 2021, com ataques relâmpagos contra o exército congolês.

O leste da RDCongo está mergulhado em conflitos desde 1998, alimentados por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão de paz das Nações Unidas (Monusco).ANG/Lusa

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Política/Presidente da República considera de positiva  “Presidência Aberta” no interior do país

Bissau, 22 Mai 25(ANG) – O Presidente da República qualificou de positiva a  “Presidência Aberta” realizada em algumas  localidades do interior do país, concretamente nas regiões de Bafatá, Oio, Tombali e Quinará.

O chefe de Estado concluiu, quarta-feira, uma digressão de cinco dias  aos  sectores de Ganadú, região de Bafatá no leste,  Mansabá, na região de Oio, norte do país,  Buba, na região de Quinará bem como nos sectores de Quebo, Catió, Bedanda, concretamente nas povoações de Guiledje na região de Tombali ,no sul do país.

Em declarações hoje à imprensa, à saída da reunião ordinária do Conselho de Ministros, Umaro Sissoco Embaló disse  sentir que, de facto,  a população queria ver o seu Presidente da República.

“Em todas  as localidades por onde passei, constatei que  as populações não queriam apenas me receber como candidato, mas sim como Presidente da República”, frisou o chefe de Estado.

Disse ainda ter notado  que a população guineense evoluiu bastante, pois já sabe distinguir uma campanha política de realizações de projetos de desenvolvimento.

“Não desloquei  para fazer  campanha política, porque ainda não estamos em eleições. O Presidente da República é a única entidade que pode sair para as regiões quando entender, porque a Lei lhe dá essa prerrogativa, isso acontece mesmo nos países europeus”, afirmou.

Umaro Sissoco Embaló sublinhou que, nesta sua deslocação  ao interior do país, fez  várias inaugurações, dentre as quais, o lançamento da1ª pedra para a construção da estrada Quebo-Boké,  assim  como de várias pistas rurais no sul do país, financiadas pela União Europeia.

Referiu-se a inauguração de vários furos de água nas localidades de Guiledje, no sector de Bedanda, região de Tombali, no sul do país, tendo enaltecido a situação da energia elétrica que já passou por várias localidades.

“Foram todas essas infraestruturas que o Presidente da República foi inaugurar e  constatar o que pode ajudar”, disse.

No sector de Buba, região de Quinará, o Presidente da República  visitou o Hospital local tendo constatado  que dispunha apenas de 20 camas, mas o PR interveio e o hospital reforçou as suas capacidades com mais  10 camas, perfazendo 30 camas.

O Presidente da República ainda visitou  o sector de Mansabá, na região de Oio, norte do país, onde auscultou as preocupações das populações locais sobre a falta de água, escolas, hospitais entre outras dificuldades.

Perguntado sobre a projetada marcha que a Frente Popular agendou para o dia 25 de Maio, em Bissau, Umaro Sissoco Embaló reafirmou que se isso acontecer os promotores terão uma resposta adequada, “porque a Guiné-Bissau não é um país de marginais”. ANG/ÂC//SG

       Política/ JAAC inicia sexta-feira  3ª Convenção Nacional em Morés

Bissau,22 Mai 25(ANG) – O Porta-voz da   Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC)Sidónio da Silva anunciou, hoje, que a  IIIª Convenção Nacional desta organização juvenil do PAIGC inicia sexta-feira para decorrer até domingo(25), na histórica localidade de Morés, no Norte do país.

O anúncio foi feito em conferência de imprensa, por Sidónio da Silva na qualidade de Porta-voz da Comissão organizadora deste evento que vai decorrer sob o lema:

“O Papel da Juventude na Superação da Atual Crise Política no país e na Construção do Futuro”.

Sidónio Silva  disse que a JAAC entendeu que há necessidade de se realizar um debate  desta natureza para reforçar a participação dos jovens na construção da democracia.

“O objetivo principal da Convenção é de capacitar os delegados sobre a dinâmica política, desafios da governança e da democracia”, salientou.

Da Silva revelou que  temas académicos também serão discutidos durante a Convenção de Morés, e que os problemas que afetam a juventude de cada região serão apresentados, frisando que, consequentemente, será feito  um mapeamento geral dos problemas, particularmente, na Educação e Emprego, para além de realizações de atividades culturais, recreativas e desportivas.

O Porta-voz disse que o documento elaborado no final da Convenção de Morés  será entregue ao Secretariado Nacional do PAIGC , para devido tratamento.

Em relação a dimensão ideológica, disse que a JAAC, tem  diferença com organizações juvenís de outras formações políticas , porque tem percurso e carreira até ao Comité Central, Comissão Permanente e outros órgãos do PAIGC.

 Da Silva informou que inicialmente tinham cerca de 2 mil jovens para participar na Convenção, mas que foi adicionado à esse número cerca de mil jovens totalizando três mil participantes.

Garantiu que depois da Convenção, a JAAC vai desenvolver junto de estruturas de base regionais uma campanha de sensibilização para se inscrever mais jovens no partido.

“Com isso teremos  uma estrutura preparada para acompanhar o partido nas próximas eleições”, disse

Para a realização da  Convenção decidiu-se que cada participante contribuísse com cinco mil fcfa. ANG/JD/ÂC//SG

 

Regiões/  Duzentas e setenta e seis mil e seiscentos e vinte e uma  pessoas foram vacinadas contra febre amarela "Trícia" na região Bafatá

Bafatá, 22 Mai 25 (ANG) - Duzentas setenta e seis mil e seiscentos e vinte uma pessoa foram vacinadas contra a febre amarela na Região de Bafatá, durante a campanha de vacinação gratuita  terminada no passado dia 18, em  todo o país.

Segundo o despacho do Correspondente da ANG na Região de Bafatá, os  dados foram avançados pelo Director Regional de Saúde de Bafatá, Armindo Comando Sanhá, no balanço da campanha da vacinação contra febre amarela "Trícia" na região, que considerou de positiva apesar, de não ter atingido a meta esperada de 92 por cento da população prevista.

Comando sanhá disse que, em algumas áreas sanitárias, com grande número de população, registou-se fraca adesão à campanha, o que refletiu nos resultados da vacinação.

Aquele Responsável convida as pessoas que ainda não se  vacinaram para se dirigirem  aos centros de saúde, para a fazerem.

A campanha nacional da vacinação contra febre amarela decorreu de 09 à 18 deste mês. ANG/WP/MI/ÂC//SG

 

 

Médio Oriente/Ajuda humanitária chega a Gaza, ONU alerta ser 'uma gota no oceano'

Bissau, 22 Mai 25 (ANG) – O exército israelita lançou esta semana uma ofensiva de grande escala contra os campos de refugiados de Jénine, Tulkarem e Nour Chams, no norte da Cisjordânia ocupada, sob o pretexto de desmantelar infra-estruturas de grupos armados palestinianos.

Segundo o primeiro-ministro israelita, Benyamin Netanyahu, os campos foram "esmagados" pelas forças de defesa de Israel. A operação surge no seguimento da campanha militar Chariots de Gédéon, lançada no sábado, 17 de Maio, cujo objectivo é colocar toda a Faixa de Gaza sob controlo israelita.

Os ataques em território da Cisjordânia provocaram evacuações forçadas e tensão acrescida, numa região sob ocupação militar desde 1967.

Durante uma visita diplomática a Jénine, organizada pela Autoridade Palestiniana, uma delegação de cerca de vinte diplomatas estrangeiros foi alvo de disparos de advertência por soldados israelitas. As forças armadas de Israel confirmaram a acção, alegando que a comitiva "se desviou do trajecto autorizado e entrou numa zona proibida".

A reacção da comunidade internacional foi imediata. A União Europeia, através da chefe da diplomacia, Kaja Kallas, exigiu uma investigação completa e responsabilização dos envolvidos. Vários países europeus, incluindo França, Espanha e Portugal, convocaram representantes diplomáticos israelitas para  obter esclarecimentos. As Nações Unidas reiteraram que ataques a diplomatas são "inaceitáveis" e apelaram a uma "investigação minuciosa".

Três dias depois do anúncio de Israel sobre a reabertura parcial das fronteiras à ajuda humanitária, as Nações Unidas confirmaram que entraram, esta quarta-feira, 21 de Maio, cerca de 90 camiões de provisões na Faixa de Gaza, que inclui farinha, leite para bebés e equipamento médico.

O governo local de Gaza, sob controlo do grupo islamita Hamas, confirmou a chegada de 87 camiões. A ONU alerta que este volume representa apenas uma fracção das necessidades diárias da população. Antes do início do cerco total, imposto por Israel em Março, entravam em Gaza cerca de 500 camiões por dia.

Segundo o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, Stéphane Dujarric, a ajuda tem enfrentado obstáculos logísticos significativos e representa "uma gota de água num oceano".

Durante a conferência de imprensa de quarta-feira, Benyamin Netanyahu não comentou os disparos contra a delegação diplomática nem a resposta internacional. Reafirmou, no entanto, o objectivo de concluir a operação militar em Gaza com o controlo total da região pelas forças israelitas. O primeiro-ministro israelita declarou estar disponível para considerar um cessar-fogo temporário com vista à libertação de reféns.

Ainda ontem, dois funcionários da embaixada de Israel foram mortos a tiro nos arredores do Museu Judaico em Washington. O atacante, que gritou "free, free Palestine" no momento da detenção. O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita responsabilizou os países europeus pela alegada "incitação ao ódio", referindo-se às críticas recentes à política militar de Israel em Gaza.ANG/RFI