China/Governo
promete medidas para prevenir ataques indiscriminados
Bissau,
21 Nov 24(ANG) - O ministro da Segurança Pública da China, Wang Xiaohong, pediu
"mais medidas preventivas" para "manter a estabilidade
social" após os últimos ataques indiscriminados registados no gigante
asiático, foi hoje noticiado.
"Devemos tomar
medidas práticas para prevenir e controlar as fontes de risco. Para o fazer,
devemos investigar minuciosamente cada caso e resolver os conflitos e disputas
das pessoas antes que seja tarde demais", disse Wang, citado pelo Diário
do Povo.
De acordo com o jornal
oficial do Partido Comunista Chinês, o ministro realçou, durante uma deslocação
à província de Liaoning (nordeste), que as autoridades devem "reforçar as
tarefas de prevenção" para "garantir a segurança da população e
manter a estabilidade social".
"Temos de resolver os
problemas das pessoas com precisão. E à medida que o final do ano se aproxima,
devemos também reforçar a fiscalização da segurança nos transportes rodoviários
e nos grandes eventos", acrescentou Wang.
Na terça-feira, o Ministério
Público da China prometeu "punições severas, rigorosas e rápidas"
para aqueles que cometessem "crimes hediondos" após uma recente vaga
de ataques.
A procuradoria afirmou, em
comunicado divulgado após uma reunião de trabalho, que irá implementar
"uma abordagem de tolerância zero para crimes dirigidos contra alunos ou
que comprometam a segurança escolar".
A reunião sublinhou "a
importância de processar tais casos de forma decisiva e rápida para alcançar um
poderoso efeito dissuasor".
A polícia da cidade chinesa
de Changde, na província central de Hunan, deteve na terça-feira um homem de 39
anos acusado de atropelar vários peões em frente a uma escola.
As autoridades locais
afirmaram que as vítimas, cujo número não foi divulgado e que foram levadas
para o hospital, não apresentavam ferimentos que pusessem em risco a sua vida.
No último ano,
multiplicaram-se no país asiático os ataques indiscriminados contra
transeuntes.
Na semana passada, um homem
conduziu um automóvel contra um grupo de pessoas à porta de um centro
desportivo em Zhuhai (sul), cidade que faz fronteira com Macau, provocando pelo
menos 35 mortos e 43 feridos.
Em fevereiro, um homem matou
pelo menos 21 pessoas na província oriental de Shandong com uma faca e uma
pistola.
Em julho, um automobilista
de 55 anos atropelou uma multidão em Changsha (centro da China), matando oito
pessoas, na sequência de um litígio sobre propriedade.
Em outubro, um homem de
cerca de 50 anos esfaqueou cinco pessoas à porta de uma escola em Pequim,
incluindo três crianças.
Os motivos são muitas vezes pouco claros ou não são tornados públicos, mas a imprensa local classifica frequentemente estes episódios como "vingança contra a sociedade", ou seja, ataques em que o agressor atua contra pessoas inocentes por frustração devido a disputas legais, sentimentais ou comerciais.ANG/Lusa
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