Guerra
da Ucrânia/Rússia acusa EUA de "prolongarem a guerra"
Bissau,21 Nov 24(ANG) - Moscovo
acusou nesta quarta-feira, 20 de Novembro, os Estados Unidos de
"prolongarem a guerra" com o aumento da entrega de armas a Kiev,
pouco depois de os meios de comunicação social terem anunciado que Washington
entregou minas antipessoais à Ucrânia.
No milésimo dia da
ofensiva russa na Ucrânia, Kiev informou que o exército tinha atacado um
depósito de arsenal logístico das tropas russas perto da cidade de
Karachev, na região de Bryansk. O depósito era utilizado para armazenar bombas
e munições, incluindo as fornecidas pela Coreia do Norte.
A Coreia do Norte enviou à
Rússia novas remessas de sistemas de artilharia e lançadores de mísseis para
apoiar o esforço de guerra na Ucrânia, a informação foi avançada por um
parlamentar sul-coreano.
Ontem, o Presidente
Volodymyr Zelensky alertou para o risco de derrota contra Moscovo no caso do
fim da ajuda americana, julgando que está em jogo a “sobrevivência” da Ucrânia.
Washington levantou esta semana as restrições à utilização pela Ucrânia de
mísseis de longo alcance fabricados nos EUA para responder aos ataques russos.
O Presidente turco, Recep
Tayyip Erdogan, disse temer uma “escalada” no conflito entre a Rússia e a
Ucrânia, após a luz verde dada por Washington a Kiev para o uso de mísseis
americanos em território russo, o que descreveu como “grande erro”.
Já a China apelou
à “calma” e “contenção” um dia depois de o Presidente russo, Vladimir
Putin, ter assinado um decreto que expande as suas possibilidades de utilização
de armas nucleares.
"Sob
as atuais circunstâncias, todas as partes devem permanecer calmas e exercer
moderação, trabalhando juntas através do diálogo e da consulta para aliviar as
tensões", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores
da China, Lin Jian.
O Papa Francisco assinalou
esta quarta-feira, 20 de Novembro, o milésimo dia desde o início da invasão
russa da Ucrânia, qualificando-a de “aniversário trágico” e “um desastre vergonhoso para a
humanidade”, na presença da primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska.
Um possível ataque aéreo
significativo terá motivado o encerramento da embaixada dos Estados Unidos na
capital ucraniana. As autoridades recomendam ainda aos cidadãos
norte-americanos para estarem preparados para se abrigarem imediatamente, na
eventualidade de um alerta de ataque ser anunciado.
A ameaça de uma ataque levou
as embaixadas de Itália, Espanha e Grécia em Kiev a encerrarem as portas,
alegando razões de segurança e pedindo precauções aos cidadãos nacionais.
Por seu lado, num comunicado, o Ministério russo da Defesa disse ter abatido 50 drones ucranianos, nas últimas horas, especialmente nas regiões fronteiriças com a Ucrânia.ANG/RFI
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