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Ensino /CONAEGUIB indignada com  atos de violência perpetrado por forças policiais contra estudantes em vigília pacífica

Bissau, 21 nov 24 (ANG) – A Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB) expressou, em comunicado a imprensa, a sua profunda indignação e repúdio ato de violência perpetrado por força policiais contra estudantes em vigília pacífica.

Por via desse comunicado a que ANG teve acesso, a organização disse que a vigília foi convocada pela Federação das Associações dos Estudantes das Escolas Superiores da Educação da Guiné-Bissau (FAEESE- GB), com objetivo de  manifestar a legítima insatisfação dos estudantes face ao aumento “brutal” das propinas anuais.

“Para além da detenção de 14 estudantes em diferentes celas da capital e das agressões físicas que deixou outros feridos, há relatos de que agentes de segurança perseguiram estudantes até dentro das instalações escolares, violando a inviolabilidade do espaço educativo, que deveria ser um local de proteção e respeito”, referiu o comunicado da organização estudantil.

A CONAEGUIB considera tais ações uma grave violação dos direitos humanos, sobretudo o direito à manifestação e a segurança nos espaços escolares, garantidos pela Constituição da República da Guiné-Bissau e por tratados internacionais ratificados pelo país.

Por isso, exige a libertação imediata e incondicional de todos os estudantes detidos durante a vigília, garantir que eventos semelhantes não se repitam, respeitando o direito à manifestação e os espaços educativos como locais de segurança e desenvolvimento.

A CONAEGUIB disse em comunicado que, a violência nunca será solução e que o uso da força contra estudantes pacíficos e a invasão de espaços escolares demonstram um desprezo pelas normas que garantem a convivência democrática.

Razão pelo qual, defende com carater de urgência o inicio de um diálogo  transparente e inclusivo entre as autoridades educativas, as associações estudantis e os estudantes para discutir soluções viáveis à problemática das propinas.

“A educação é um direito, não um privilégio: O aumento das propinas compromete o acesso de muitos jovens ao ensino superior, aprofundando as desigualdades e prejudicando o futuro da juventude guineense”, lê-se no comunicado de imprensa da CONAEGUIB.

A CONAEGUIB manifestou a solidariedade com os associados da FAEESE-GB e reitera seu compromisso com a defesa dos direitos dos estudantes em todo o território nacional.

“Não permitiremos que injustiças e atos de repressão continuem a silenciar a voz da juventude guineense”, salientou.ANG/LPG/ÂC