Branqueamento de
capitais/PR nega que dinheiro público tenha
sido desviado para um banco português
Bissau, 09 Jan 25(ANG) - O
Presidente da República Umaro Sissoco Embalo, desvalorizou quarta-feira as
notícias de um alegado esquema de corrupção que aponta para desvio de dinheiro
do país por parte de governantes, que seria depositado num banco em Portugal.
“Para mim isso é uma
palhaçada. Sabemos qual é o espírito da imprensa portuguesa em relação à
Guiné-Bissau”, defendeu Embaló, em declarações aos jornalistas à margem da
cerimónia de lançamento de um livro no Centro Cultural Português, em Bissau.
A imprensa portuguesa tem
dado ecos às notícias de uma investigação judicial em curso em Portugal que
levou à demissão de Carlos Brandão do cargo de administrador do Novo Banco, num
processo que teria como cúmplices elementos do Governo da Guiné-Bissau.
De acordo com a imprensa
portuguesa, Brandão teria recebido desse esquema avultadas somas em euros e que
teria depositado no Novo Banco.
Umaro Sissoco Embalo negou
essa possibilidade e ainda questionou sobre quem teria esse dinheiro na
Guiné-Bissau que disse ser um “país de bem”.
“Estava a seguir (a notícia)
com todo o interesse, mas a partir do momento que comecei a ouvir os números em
causa apaguei aquelas informações. Disse às pessoas que não tem interesse”,
observou Embalo.
O Presidente guineense notou
que nem a delegação do Banco Central de Estados da África Ocidental (BCEAO)
possui milhares de euros, quanto mais, disse, um cidadão, pelo que aquela
notícia “é de gente irresponsável”.
Umaro Sissoco Embalo
destacou que tem travado um combate à corrupção no país e que na Guiné-Bissau
“não existe nenhum rico”.
“Mesmo que eu não goste de
ti, dizer milhares de euros é muita coisa. Não estamos a falar de escudos, nem
de CFA, estamos a falar de euros”, sublinhou Embalo, referindo-se a antiga
moeda corrente de Portugal e a atual moeda da Guiné-Bissau.
O chefe de Estado guineense
frisou que não gosta de politizar nada, mas que considerava aquelas informações
de “infantilismo de gente com vontade malévola de falar mal do país”.ANG/Lusa
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