quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Branqueamento de capitais/”HÁ anos que temos vindo a alertar o Ministério Público sobre o fenómeno”, disse Justino Sá

Bissau,09 Jan 25(ANG) – O Presidente da Célula Nacional de Tratamento de Informação Financeira da Guiné-Bissau (CENTIF-GB), Justino Sá insurgiu-se contra o não andamento dos processos no Ministério Público.

A revolta desta instituição foi tornada pública,  quarta-feira, pelo Presidente da CENTIF-GB, numa entrevista à Rádio Sol Mansi sobre a notícia avançada pela CNN sobre corrupção que supostamente envolve um governante guineense.

Sá sustenta ainda a sua revolta pelo facto de, segundo diz, haver  vários  relatórios enviados ao Ministério Público e que indiciam os infratores mas que não tiveram o seguimento necessário.

“O que está a acontecer é a chamada de atenção que temos vindo a fazer há tempo. Este caso demostra que é difícil trabalhar na Guiné-Bissau, onde as entidades judiciais não funcionam em plenitude. O branqueamento de capitais requer poder judicial forte, há anos que temos vindo a enviar relatórios ao Ministério Público sem que haja a evolução do processo”, lamentou o presidente da CENTIF.

Carlos Brandão ex-administrador e responsável pelo Departamento de Risco do Novo Banco (Portugal) foi demitido na administração desta instituição bancária e é suspeito de ter sido corrompido por pelo menos um membro do Governo da Guiné-Bissau, com quem mantinha encontros secretos, para branquear na banca portuguesa, fortunas desviadas do erário público guineense.

 “É preocupante a situação dada as carências que a Guiné-Bissau enfrenta na educação e saúde, acima de tudo, ver alguém a tomar do estado para levar a outro lado, é revoltante”, sublinhou. ANG/Sol Mansi



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