Branqueamento de capitais/”HÁ anos que temos vindo a alertar o Ministério Público sobre o fenómeno”, disse Justino Sá
Bissau,09
Jan 25(ANG) – O Presidente da Célula Nacional de Tratamento de Informação
Financeira da Guiné-Bissau (CENTIF-GB), Justino Sá insurgiu-se contra o não
andamento dos processos no Ministério Público.
A revolta desta instituição foi tornada pública, quarta-feira, pelo Presidente da CENTIF-GB, numa entrevista à Rádio Sol Mansi sobre a notícia avançada pela CNN sobre corrupção que supostamente envolve um governante guineense.
Sá sustenta ainda a sua
revolta pelo facto de, segundo diz, haver vários
relatórios enviados ao Ministério Público e que indiciam os infratores
mas que não tiveram o seguimento necessário.
“O que está a acontecer é a chamada
de atenção que temos vindo a fazer há tempo. Este caso demostra que é difícil
trabalhar na Guiné-Bissau, onde as entidades judiciais não funcionam em
plenitude. O branqueamento de capitais requer poder judicial forte, há anos que
temos vindo a enviar relatórios ao Ministério Público sem que haja a evolução
do processo”, lamentou o presidente da CENTIF.
Carlos Brandão
ex-administrador e responsável pelo Departamento de Risco do Novo Banco
(Portugal) foi demitido na administração desta instituição bancária e é
suspeito de ter sido corrompido por pelo menos um membro do Governo da
Guiné-Bissau, com quem mantinha encontros secretos, para branquear na banca
portuguesa, fortunas desviadas do erário público guineense.
“É preocupante a situação dada as carências
que a Guiné-Bissau enfrenta na educação e saúde, acima de tudo, ver alguém a
tomar do estado para levar a outro lado, é revoltante”, sublinhou. ANG/Sol Mansi
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