Festival de Jeta/ Promotor Adelino da Kosta diz que o evento ultrapassou as expetativas
Bissau,03
Jan 25(ANG) – O promotor e patrocinador do 1º Festival Cultural da ilha de
Jeta, setor de Caió, região de Cacheu, disse que o evento ultrapassou as expetativas.
“O
evento foi marcado numa data estratégica - final do ano, em que as pessoas saem para passar a quadra festiva e nós optamos em
trazer muitos estrangeiros para virem presenciar o festival na ilha de Jeta”,
disse.
Kosta
disse que o mundo viu a vontade e determinação de um cidadão oriundo daquela
vila, de realizar um evento tão importante e, internacionalmente, a
Guiné-Bissau foi vista nas vésperas do final do ano pela positiva, através das
imagens e textos difundidos pelos órgãos de comunicação social como Agência de
Notícias da Guiné, Jornal Nô Pintcha, Televisão da Guiné-Bissau e RTP-África.
“Posso
dizer que, internacionalmente, a Guiné-Bissau chegou ao ponto alto, de ouro, diamante, petróleo com a exibição da sua rica cultura e pela forma como
é apresentada durante o Festival de Jeta”, frisou.
Da Kosta
disse que durante os preparativos do evento tiveram o cuidado de trabalhar com
a palha que representa a tradição guineense na cobertura das barracas e não com
zinco ou telha.
Evocou
ainda os trajes tipicamente guineenses e africanos sem influência europeia,
utilizados pelos diferentes grupos que desfilaram no festival até ao espaço
onde foram recebidos os hóspedes convidados, decorados de forma puramente
tradicional.
“Mesmo
os pratos onde foram servidas as refeições foram confecionados
tradicionalmente ou seja são de barro e isso é para demonstrar que a nossa tradição ainda mantêm-se viva e
presente e deve ser exibida, mimada, acarinhada e protegida”, salientou.
Adelino
da Kosta, afirmou que tudo isso permitiu as pessoas terminarem o ano 2024 e
iniciar o Ano Novo a falarem do sucesso do festival de Jeta.
Disse
que na própria comunidade de Jeta, o festival atingiu um impacto enorme
inclusive junto de gerações dos mais velhos, que terão ficado encantadas, porque foram exibidas peças culturais que não viram há muitos anos.
“Isso
cria uma riqueza espiritual para aquelas pessoas já velhas com mais de 90 anos
que já ficaram sem a esperança de viver mais tempo, e dos jovens que com os
seus telemóveis captaram as imagens do festival
para lhes servir de exemplo da história”, afirmou da Kosta.
Disse
que os guineenses devem aproveitar essa
convivência cultural em todas as regiões do país, de forma a realçar o país através
do relançamento da originalidade guineense que o mundo tanto precisa conhecer.
O festival de Jeta traduziu-se na celebração da história e
dos rituais dos manjacos, o quarto maior
grupo étnico da Guiné-Bissau, com partilha de tradições sagradas.C
O evento de um dia contou com o desfile de três grupos nomeadamente Pidjat, Prit e Ksset e no final o patrocinador Adelino da Kosta entregou a cada grupo participante um cheque no valor de 200 mil francosCFA , como prémio de participação.ANG/ÂC//SG
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