terça-feira, 7 de janeiro de 2025

França/Morreu Jean-Marie Le Pen, líder histórico da extrema-direita francesa

Bissau, 07 Jan 25 (ANG) - Jean-Marie Le Pen, figura da extrema-direita francesa morreu, esta terça-feira, aos 96 anos, na região de Paris, num estabelecimento onde estava internado há várias semanas. A notícia foi avançada num comunicado da família enviado à agência France Presse.

Jean-Marie Le Pen foi o líder histórico da extrema-direita em França, tendo dirigido durante 40 anos o partido que fundou - Frente Nacional - antes de o deixar à filha, Marine Le Pen, que o rebaptizou como União Nacional e o transformou numa das principais forças políticas do país.

Jean-Marie Le Pen retirou-se gradualmente da vida política a partir de 2011, quando tinha 83 anos e quando Marine assumiu a liderança do partido. Ainda assim, manteve o mandato de conselheiro regional e de deputado europeu, assim como o cargo de presidente de honra do partido.

Para trás, ficava quase meio século da vida política francesa. O ponto alto da sua carreira foi nas eleições presidenciais de 2002. A 21 de abril desse ano, aos 73 anos e na sua quarta candidatura ao Palácio do Eliseu, Jean-Marie Le Pen surpreendeu ao qualificar-se para a segunda volta das presidenciais, o que foi sentido como um sismo político em França. Em reacção, durante duas semanas, milhões de pessoas marcharam contra o racismo e a extrema-direita, o que permitiu facilmente a reeleição de Jacques Chirac.

Para a história ficam também os seus discursos polémicos sobre a imigração e os judeus, alguns que lhe valeram condenações jurídicas, nomeadamente quando disse que as câmaras de gás nazis eram um “detalhe da história”.

"O fundador da Frente Nacional, que conseguiu unir, nos anos 60 e 70, uma extrema-direita dividida, fez do seu apelido e da sua família um império político, conseguindo, através de provocações, impor combates racistas e identitários no debate político", resume o jornal Libération. ANG/RFI

1 comentário:

  1. Foi bom que Le Pen finalmente morreu e se Brigitte Bardot e o cineasta neozelandês Peter Jackson morrerem também, será melhor ainda.

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