segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Líbia



 
Bissau,06 Ago 18(ANG) - Setenta e dois guineenses que vivem na Líbia querem voltar para o país "o mais breve possível", temendo pelo agudizar das tensões políticas naquele território com o aproximar das eleições gerais marcadas para dezembro.

Contatadas pela Lusa, fontes da associação de emigrantes da Guiné-Bissau na Líbia, disseram que as 72 pessoas, manifestaram a sua determinação de regressar ao país, perante uma equipa da Secretaria de Estado das Comunidades guineenses que visitou Trípoli na semana passada, para se inteirar das condições em que se encontram.

O secretário de Estado das Comunidades guineenses, Queba Banjai, acredita que possam existir na Líbia "centenas de guineenses, candidatos à emigração clandestina" através do Mediterrâneo, mas que "provavelmente estariam interessados em voltar" ao país.

Com ajuda da Organização Internacional das Migrações (OIM) e a embaixada líbia em Bissau, uma missão de três técnicos do Governo guineense visitou alguns campos de refugiados em Trípoli, tendo encontrado as 72 pessoas dispostas a voltar assim que forem criadas as condições para o efeito, precisou à Lusa fonte da associação de emigrantes.

Entre os guineenses que querem voltar figuram duas mulheres e duas crianças.

Alguns guineenses preferem ficar na Líbia por terem "trabalho estável", precisou outra fonte da associação dos emigrantes da Guiné-Bissau.

A missão do Governo de Bissau não conseguiu visitar os cinco campos de refugiados, como estava previsto, devido à insegurança que se sente em Tripoli.

"Com o aproximar das eleições gerais, marcadas para 10 de dezembro, muitos guineenses querem voltar para casa, porque temem que a insegurança aumente", declarou fonte da associação de emigrantes da Guiné-Bissau. ANG/Lusa

Transporte marítimo


Falta de faróis e balizas de navegação dificultam embarcações nos mares

Bissau,06 Ago 18 (ANG) - O capitão dos portos da Guiné-Bissau, Sigá Batista, lamentou recentemente o roubo de faróis e balizas de navegação, o que disse colocar em perigo as embarcações nos mares do país.

De acordo com Batista, os pescadores roubaram os faróis e as balizas afixados nos mares guineenses ainda na época colonial, mas que, até recentemente, garantiam segurança às embarcações que entravam ou saiam do país.

"Nesta altura, não temos nenhum farol, nenhuma outra estrutura, que garanta a segurança das embarcações", defendeu o capitão dos portos guineenses.

Sigá Batista considerou que os acidentes que têm ocorrido ultimamente com pirogas de pescadores ou de passageiros, na travessia entre as várias ilhas nos Bijagós, é a consequência de falta de instrumentos de orientação à navegação.

"Como se sabe, estes instrumentos no nosso mar são ainda da época colonial, mas funcionavam, até serem retirados pelos pescadores", afirmou Batista.

Para inverter a situação, o Instituto Marítimo Portuário da Guiné-Bissau (IMPGB) elaborou um plano estratégico, com o apoio de parceiros como embaixada de França e o gabinete integrado das Nações Unidas para consolidação da paz (Uniogbis), aguardando agora a sua aprovação pelo conselho de ministros.

O plano irá contemplar, num documento único, que terá força de lei, as competências de todas as entidades que intervêm em questões de segurança marítima, nomeadamente os bombeiros e as várias forças policiais, prevendo ações e medidas a tomar contra pesca ilegal, tráfico de droga, armas, seres humanos, comercio ilícito nos mares guineenses, bem como as diretrizes de navegabilidade, precisou Sigá Batista.

Se o plano for aprovado, o capitão dos portos guineenses acredita que vai ser possível controlar os mares do país "mesmo estando em terra", disse.

"A segurança marítima é importante para Guiné-Bissau, mas também para outros países do mundo", observou Sigá Batista. ANG/lusa

Eleições Legislativas



Bissau,06 Ago 18 (ANG) - Uma delegação da Rede de Estruturas de Gestão Eleitoral na África Ocidental (RESAO) iniciou quarta-feira (01 de agosto) em Bissau, encontros de avaliação técnica dos aspectos jurídicos e operacionais ligados ao processo do próximo escrutínio de 18 de Novembro no país.

Durante três dias de trabalhos, a rede vai avaliar, em pormenores, as necessidades ou capacidades das partes nacionais interessadas no processo e, em particular, a Comissão Nacional de Eleições (CNE), para identificar o apoio que os parceiros internacionais podem proporcionar para o sucesso das eleições.

Na quarta-feira, a missão esteve reunida com a direção da CNE tendo a missão apresentado a disponibilidade de alguns apoios para o processo eleitoral.

José Pedro Sambú, presidente da CNE, disse que agora cabe ao governo solicitar ao governo da Nigéria os apoios necessários para o processo.

“ Depois dessa apresentação, certamente que o governo estará em condições de decidir se, de facto vão pedir esse apoio à Nigéria ou não. Nós enquanto órgão de gestão de eleições pedimos os nossos parceiros para virem apoiar o processo eleitoral guineense. Em relação aos aspectos técnicos, vai-se resolver tudo porque pode-se adquirir baterias para as máquinas de impressão de cartões de eleitor, para que se possa ter uma certa  autonomia durante certo período de tempo”, disse Sambu.

A delegação reuniu depois com a Sociedade Civil, e prosseguirá encontros com representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no país, o ministro do Interior, presidente do Supremo Tribunal de Justiça, e o primeiro-ministro, Aristide Gomes.

Hoje está previsto que a delegação se reúna  com as direções dos Partidos Políticos com assento parlamentar, nomeadamente Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-verde (PAIGC), Partido da Renovação Social (PRS), Partido da Convergência Democrática (PCD), Partido da Unidade Nacional (PND), a União Para a Mudança (UM) e fará uma visita de cortesia ao presidente da ANP, Cipriano Cassamá.

A missão encerra o ciclo de contatos com as autoridades nacionais e atores políticos no dia 3 de agosto.  ANG/Rádio Sol Mansi