Falta de faróis e balizas de navegação dificultam embarcações nos mares
Bissau,06 Ago 18 (ANG) - O capitão dos portos da Guiné-Bissau, Sigá Batista, lamentou recentemente
o roubo de faróis e balizas de navegação, o que disse colocar em perigo as
embarcações nos mares do país.
"Nesta altura, não temos nenhum farol, nenhuma
outra estrutura, que garanta a segurança das embarcações", defendeu o
capitão dos portos guineenses.
Sigá Batista considerou que os acidentes que têm
ocorrido ultimamente com pirogas de pescadores ou de passageiros, na travessia
entre as várias ilhas nos Bijagós, é a consequência de falta de instrumentos de
orientação à navegação.
"Como se sabe, estes instrumentos no nosso mar
são ainda da época colonial, mas funcionavam, até serem retirados pelos
pescadores", afirmou Batista.
Para inverter a situação, o Instituto Marítimo
Portuário da Guiné-Bissau (IMPGB) elaborou um plano estratégico, com o apoio de
parceiros como embaixada de França e o gabinete integrado das Nações Unidas
para consolidação da paz (Uniogbis), aguardando agora a sua aprovação pelo
conselho de ministros.
O plano irá contemplar, num documento único, que
terá força de lei, as competências de todas as entidades que intervêm em
questões de segurança marítima, nomeadamente os bombeiros e as várias forças
policiais, prevendo ações e medidas a tomar contra pesca ilegal, tráfico de
droga, armas, seres humanos, comercio ilícito nos mares guineenses, bem como as
diretrizes de navegabilidade, precisou Sigá Batista.
Se o plano for aprovado, o capitão dos portos
guineenses acredita que vai ser possível controlar os mares do país "mesmo
estando em terra", disse.
"A segurança marítima é importante para
Guiné-Bissau, mas também para outros países do mundo", observou Sigá
Batista. ANG/lusa
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