Falta de alimentos
e medicamentos leva 2,3 milhões de
pessoas a deixar o país
Bissau, 15 ago 18 (ANG) – A falta de alimentos e de medicamentos
forçou 2,3 milhões de venezuelanos a abandonarem o país, segundo a ONU, que
alertou terça-feira para a situação de risco de dezenas de milhares de cidadãos
da Venezuela.
“As pessoas indicam a falta de comida como a principal razão
para partir”, disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric.
Em declarações aos jornalistas, Dujarric alertou que
aproximadamente 1,3 milhões de venezuelanos padecem de desnutrição e que os que
abandonaram o país o fizeram principalmente para a Colômbia, o Equador, o Peru
e o Brasil.
Por outro lado, explicou que a grave escassez de medicamentos e
materiais médicos tem ocasionado “uma forte deterioração da qualidade dos
hospitais” na Venezuela, país onde mais de 100.000 pacientes com HIV/Sida,
“estão em risco”, devido à falta de acesso aos remédios de que necessitam.
Segundo Stephane Dujarric, reapareceram e estão em aumento, na
Venezuela, doenças como o sarampo, a malária, a tuberculose e a difteria, que
já estavam erradicadas do país.
Na Venezuela são cada vez mais frequentes as queixas da
população sobre a escassez de produtos básicos alimentares e medicamentos, no
mercado local.
Os venezuelanos queixam-se ainda de alguns produtos são
distribuídos a preços excessivamente altos, o que dificulta a aquisição de
alimentos e medicamentos por parte do povo.
Uma caixa com medicamentos para 15 dias de tratamento da
diabetes e reduzir o açúcar ou até mesmo para a hipertensão custa mais do que
um salário mínimo mensal. ANG/Inforpress/Lusa
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