quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Alemanha


Extremismo contra imigrantes  após morte de um alemão
Bissau, 29 ago 18 (ANG) - Na Alemanha, a situação é de intolerância contra imigrantes depois da morte dum alemão por um sírio, em Chemnitz, no leste, que provocou manifestações e confrontos entre extremistas da direita e da esquerda.
A violência continuou segunda-feira, na cidade Chemnitz, no leste, ex-RDA, em confrontos que opuseram manifestantes extremistas do movimento Pegida, patriotas europeus contra a islamização do Ocidente e do partido da extrema direita, Alternativa para a Alemanha contra extremistas da esquerda.
Esta situação veio no seguimento da morte dum alemão,no sábado, na mesma cidade de Chemnitz, perto de duas grandes cidades emblemáticas, Leipzig, pela sua Universidade Karl-Marx e Dresden, arrazada, pelos bombardeamentos das aviações americana e inglesa, durante a segunda guerra mundial.
A manifestação que estava prevista para terça-feira da extrema-direita, em Dresden,  conseguiu juntar apenas um punhado de pessoas, por causa da violência de sabádo, domingo e osegunda-feira.
Na manifestação de terça-feira, em que houve 20 feridos, nomeadamente, dois polícias ouvia-se slogans, como "somos o povo", fora com os estrangeiros".
Nessa região da Saxónia, a extrema-direita, está bem implantada, e os partidos extremistas, têm conseguido manipular a opinião pública, contra a política de imigração da chanceler Angela Merkel, que reagiu denunciando a intolerância.
Por seu lado, o partido social democrata, membro da coligação governamental, mostrou-se preocupado com o radicalismo ideológico a nível nacional e internacional.
A verdade, é que o governo de Angela Merkel, que já vai no seu quarto mandato, depois duma longa crise política, nas últimas eleições, está desgastado e não conseguiu resolver os problemas de sociedade como os da imigração.
Entre os imigrantes instala-se o medo, sobretudo, entre os africanos, as primeiras vítimas do racismo de extremistas alemães, por causa da cor da pele.
É esta a opinião de  Gabriel João, membro da ARDA, Associação para o reforço da democratização em Angola, residente na Alemanha.
Por seu lado, Helena Ferro Gouveia, jornalista portuguesa, que regressou a Portugal, após ter vivido vários anos, em Berlim, afirma que após os acontecimentos de Chemnitz, extremistas neo-nazis, "lançaram-se numa perseguição a estrangeiros".
 ANG/RFI

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