ONU defende
necessidade de garantir estabilidade
Bissau, 31 ago 18 (ANG) – O Conselho de Segurança (CS) da ONU
sublinhou quinta-feira a necessidade de garantir a legitimidade e credibilidade
das eleições legislativas, marcadas para 18 de Novembro, e combater o crime organizado e o tráfico de
drogas na Guiné-Bissau .
Nas suas intervenções, os países membros do CS reafirmaram a
importância da aplicação integral do Acordo de Conacri, que prevê para além da
nomeação de um primeiro-ministro de consenso – o Presidente guineense nomeou
Aristides Gomes – e a formação de um governo inclusivo, a revisão da
Constituição e realização de outras reformas.
A reunião do Conselho de Segurança terminou com a intervenção do
primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, na qual reconheceu que a
organização das eleições não é fácil: “As dificuldades que temos são numerosas,
mas não são insuperáveis”.
“Há uma nova esperança” que se retira do “constante apoio e
solidariedade efectiva da Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental”, salientou também Aristides Gomes, que agradeceu especificamente ao
Governo de Portugal o “importante apoio material” para a realização do escrutínio.
Aristides Gomes enalteceu ainda a “visão objectiva” do
representante especial do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Viegas
Filho, o qual na abertura dos trabalhos considerou que a realização das
eleições parece mais assegurada agora do que há algumas semanas.
Segundo o primeiro-ministro guineense, 20 anos depois do
conflito armado de Junho de 1998, assiste-se a uma “falha estrutural” e ao
“colapso” de entendimentos na Guiné-Bissau.
O primeiro-ministro, que já ocupou o cargo entre 2005 e 2007,
disse que o restabelecimento da confiança entre os partidos políticos é um
“grande desafio” depois de tempos de crise que o país ainda está a ultrapassar.
“Queremos recuperar e reconquistar um lugar respeitável e digno
na comunidade internacional”, assegurou o primeiro-ministro, apelando ao apoio
internacional e desbloqueamento dos fundos prometidos para a organização e
realização da votação, agendada para 18 de Novembro.
ANG/Inforpress/Lusa
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