quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Moçambique


Governo e Renamo assinam memorando de entendimento
Bissau, 8 ago18 (ANG) - O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi anunciou segunda-feira que foi assinado um memorando de entendimento sobre assuntos militares entre Governo e Renamo, admitindo o culminar de um processo iniciado há  um ano, quando o Presidente Nyusi se encontrou na serra da Gorongosa com o falecido líder da Renamo Afonso Dhlakama.
Apelou a comunidade internacional para apoiar o país em todo este processo.
"O memorando indica de forma clara o roteiro sobre os assuntos militares e os passos subsequentes e determinantes para o alcance de uma paz efectiva e duradoura no que tange ao desarmamento, desmobilização e reintegração do braço armado da Renamo", refere Nyusi
No  âmbito do diálogo para a paz a 21 de Julho expirou o prazo de 10 dias fixado após o encontro, a 11 de Julho, entre o Presidente Filipe Nyusi e o líder interino da Renamo, Ossufo Momade, para que fosse entregue a lista dos antigos combatentes da Renamo a serem reintegrados nas Forças de Defesa e Segurança FDS - e a Polícia da República de Moçambique - PRM.
Posteriormente, a Renamo afirmou que só entregaria as listas quando fosse assinado um memorando de entendimento sobre o assunto com o governo, temendo a repetição do cenário pós Acordo de Paz de Roma em 1992, no qual já era prevista esta integração, bem como nos Serviços de Informações e Segurança do Estado - SISE - o que não se verificou.
Em termos de calendarização, a Renamo exige que se começe pelo enquadramento dos seus homens, seguido pela sua desmobilização, integração e finalmente desarmamento dos antigos combatentes e reinserção na vida social dos que não forem integrados nas FDS e PRM, orgãos nos quais a Renamo pretende ainda integrar em cargos de chefia.
Em Junho, a Frelimo "chantageou" a Renamo segundo Ossufo Momade, ao suspender unilateralmente a sessão extraordinária do parlamento, que devia aprovar a lei sobre a nova legislação eleitoral de que depende o calendário eleitoral das eleições autárquicas de 10 de Outubro, exigindo em contrapartida avanços no processo de desmilitarização da Renamo.ANG/RFI



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