sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Guiné-Bissau


ONU defende necessidade de garantir estabilidade
Bissau, 31 ago 18 (ANG) – O Conselho de Segurança (CS) da ONU sublinhou quinta-feira a necessidade de garantir a legitimidade e credibilidade das eleições legislativas, marcadas para 18 de Novembro, e  combater o crime organizado e o tráfico de drogas na Guiné-Bissau .
Nas suas intervenções, os países membros do CS reafirmaram a importância da aplicação integral do Acordo de Conacri, que prevê para além da nomeação de um primeiro-ministro de consenso – o Presidente guineense nomeou Aristides Gomes – e a formação de um governo inclusivo, a revisão da Constituição e realização de outras reformas.
A reunião do Conselho de Segurança terminou com a intervenção do primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, na qual reconheceu que a organização das eleições não é fácil: “As dificuldades que temos são numerosas, mas não são insuperáveis”.
“Há uma nova esperança” que se retira do “constante apoio e solidariedade efectiva da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental”, salientou também Aristides Gomes, que agradeceu especificamente ao Governo de Portugal o “importante apoio material” para a realização do escrutínio.
Aristides Gomes enalteceu ainda a “visão objectiva” do representante especial do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Viegas Filho, o qual na abertura dos trabalhos considerou que a realização das eleições parece mais assegurada agora do que há algumas semanas.
Segundo o primeiro-ministro guineense, 20 anos depois do conflito armado de Junho de 1998, assiste-se a uma “falha estrutural” e ao “colapso” de entendimentos na Guiné-Bissau.
O primeiro-ministro, que já ocupou o cargo entre 2005 e 2007, disse que o restabelecimento da confiança entre os partidos políticos é um “grande desafio” depois de tempos de crise que o país ainda está a ultrapassar.
“Queremos recuperar e reconquistar um lugar respeitável e digno na comunidade internacional”, assegurou o primeiro-ministro, apelando ao apoio internacional e desbloqueamento dos fundos prometidos para a organização e realização da votação, agendada para 18 de Novembro. 
ANG/Inforpress/Lusa

Caju


“Vietnamitas vão comprar restos da castanha de cajú no valor de 1250 francos ao quilo” ,diz Ministro do Comércio 

Bissau, 31 ago 18 (ANG) - O ministro do Comercio, Turismo e Artesanato, afirmou que os empresários vietnamitas vão comprar os restos da castanha de caju que ainda se encontram na posse dos agricultores no valor de 1.250 francos CFA ao quilo à partir do Porto de Bissau. 

Em conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, Vicente Fernandes disse que  os intermediários não podem comprar a castanha de caju menos de 500 francos CFA nas mãos dos produtores, acrescentando que o Ministério vai assumir o papel de fiscalizador dessa actividade para que as empresas que vão ao terreno não venham a comprar o produto menos do preço estipulado. 

O governante disse ainda que o grupo vietnamita mostrou a disponibilidade de apoiar o país, concretamente na atribuição de bolsas de estudos bem como nas transferências de tecnologias para os associados da Associação Nacional de Agricultores da Guiné (ANAG), e posteriormente na industrialização de produtos agrícolas.

Vicente Fernandes considerou de positivo o memorando assinado recentemente com os empresários vietnamitas, acrescentando que o preço de 1000 francos avançado no início da campanha de caju era uma estratégia montada e que veio a fracassar depois.

Por seu turno, o Presidente da Associação Nacional dos Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau (ANIN-GB), Quecuto Baió afirmou que o memorando tem vantagens para o país porque o stock de castanha de cajú vai ser comprado graças aos vietnamitas e permitirá aos agricultores venderem os seus produtos atempadamente no próximo ano.    
O país já exportou 119.477 toneladas de castanha de caju das 134.343 toneladas prevista para este ano.  

ANG/DMG/ÂC//SG

Arte e Cultura


Governo inaugura exposição de artesanato em Bissau

Bissau,31 Ago 18 (ANG) - O Governo inaugurou hoje uma exposição permanente de artesanato guineense numa unidade hoteleira de Bissau para promover o considerado "parente pobre" da arte e cultura do país.

"Percebemos que apesar da grande riqueza que o nosso artesanato representa, tem estado um pouco apagado e não se tem feito grandes mostras daquilo que de facto é o grande valor cultural que as peças artísticas produzidas pelos nossos artesãos representam", afirmou o secretário-geral do Ministério do Comércio, Turismo e Artesanato, Adolfo Ramos.

Segundo Adolfo Ramos, a mostra permanente pretende dar a conhecer ao público nacional e internacional o que se faz a nível do artesanato na Guiné-Bissau.

A mostra pode ser vista no único hotel de cinco estrelas do país, recentemente inaugurado em Bissau e inclui, entre outras, joalharia e peças em madeira.

"Entendemos que o artesanato não pode continuar o parente pobre da nossa arte e cultura porque é o de mais puro que a nossa cultura representa. Por um lado, representa as características e a forma de viver de cada um dos grupos étnicos do país e, por outro lado, é preciso dar apoios concretos", disse o secretário-geral.

Adolfo Ramos lamentou que atualmente os artesãos estejam num espaço que não representa "condignamente" a arte e a cultura da Guiné-Bissau e pediu esforços, incluindo do Governo, para interagir com os artesãos para saber quais são as suas preocupações e melhorar as suas condições de vida e de trabalho.

A exposição, cujas peças podem ser adquiridas pelos visitantes, pode ser vista no primeiro andar daquela unidade hoteleira, situada no centro de Bissau.

ANG/Lusa