segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Covid-19/Protestos bloqueiam capital do Canadá e autarca admite que situação “está fora de controlo”

Bissau, 07 Fev 22 (ANG) – A situação em Otava está “fora de controlo”, admitiu domingo o presidente da câmara da capital canadiana, com o centro da cidade bloqueado há mais de uma semana com protestos contra as restrições impostas para conter a pandemia.

As manifestações, que ocorreram pela primeira vez em Otava no passado fim de semana, em 29 de Janeiro, espalharam-se a outras grandes cidades canadianas durante este fim de semana.

Dezenas de camiões e manifestantes continuavam hoje a paralisar o centro da capital do Canadá.

“A situação, neste momento, está completamente fora de controlo, porque os manifestantes estão a mandar”, disse o presidente da câmara, Jim Watson, em declarações a uma rádio local, realçando que aqueles “ultrapassam em muito a polícia”.

“Estamos a perder a batalha, (…) temos de recuperar a nossa cidade”, frisou o autarca, descrevendo como “inaceitável” o comportamento dos manifestantes, que estão a bloquear e as destruir as ruas com os camiões.

O movimento, apelidado de “Freedom Convoy”, visava inicialmente protestar contra a decisão das autoridades de exigirem, desde meados de Janeiro, que os camionistas fossem vacinados para atravessar a fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos, mas rapidamente transformou-se num movimento contra as medidas sanitárias em geral para evitar a propagação da pandemia de covid-19 e também, para alguns, contra o Governo liderado por Justin Trudeau.

Os manifestantes dizem que continuarão a sua ocupação até que as medidas sanitárias restritivas sejam levantadas.

Movimentos semelhantes, mas menores, tiveram lugar em várias grandes cidades canadianas no sábado, incluindo Toronto, Cidade do Quebeque e Winnipeg, e continuaram hoje na Cidade do Quebeque.

Na capital da província francófona do Canadá, os manifestantes eram menos que no sábado, e cerca de trinta camiões ainda foram tolerados pela polícia local, que, no entanto, avisou os camionistas que estariam em violação dentro de poucas horas.

Numa reunião de emergência com funcionários municipais, no sábado, o chefe da polícia de Otava, Peter Sloly, queixou-se de não ter recursos suficientes para acabar com aquilo a que chamou um “estado de sítio” e apelou a “recursos adicionais”.

A polícia de Otava deverá ser reforçada em breve com cerca de 250 membros da Real Polícia Montada Canadiana (RCMP), uma força policial federal.

Cerca de 450 multas foram passadas desde a manhã de sábado, inclusive por excesso de ruído e fogo de artifício, disse hoje a polícia de Otava, referindo que houve comportamentos perturbadores ou ilegais por parte dos manifestantes durante a noite, que representavam um risco para a segurança pública ou um aumento da “angústia” para os residentes da cidade.

Foram também abertas cerca de 100 investigações sobre crimes relacionados com o protesto.

A covid-19 provocou pelo menos 5,723 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado no sábado.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detectada pela primeira vez, em Novembro, na África do Sul. ANG/Inforpress/Lusa

Política/PAIGC exorta Comunidade internacional para prestar “atenção especial”  à situação política e de segurança na Guiné-Bissau

Bissau, 07 Fev 22 (ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde exorta, em comunicado,  a CEDEAO, CPLP  e toda a comunidade internacional para prestarem uma atenção especial à situação politíca e de segurança  na Guiné-Bissau.

A exortação resultou de  uma reunião da  Comissão Permanente do partido realizada sexta-feira(04) em Bissau na qual ainda se apelou  Comunidade Internacional a seguir, com atenção, o tratamento reservado às entidades e instituições mais visadas pelo o que diz ser “máquina repressiva do poder instalado”, nomeadamente no que diz respeito a necessidade de se respeitar a Constituição e demais leis do país, por forma a  contribuir para o alcance da paz e tranquilidade que todos os guineenses almejam.

Este órgão diretivo do PAIGC ainda exorta  a nação guineense e as suas instituições, nomeadamente a Assembleia Nacional Popular (ANP) e os combatentes da liberdade da pátria, a redobrarem as suas vigilâncias e mibilizações para evitar  qualquer tentativa de  instalação de caos e comprometimento da tranquilidade coletiva.

No mesmo comunicado, o PAIGC recomenda às estruturas do partido a  prosseguirem com os trabalhos para a realização das conferências agendadas, ao abrigo do artigo 15 ˚ do decreto que Declara  o Estado de alerta,  que autoriza a realização de reuniões e manifestações, observando, com rigor o habitual, as regras de distanciamento,higienização e uso correcto de máscaras individuais.

O partido liderado por Domingos Simões Pereira reafirma, no comunicado, a manutenção da data de realização do X congresso(17 a 20 deste mês) fixada pelo Comité Central do partido, pelo menos até que novas orientações forem dadas. ANG/MI/ÂC//SG        

 

União Africana/Chefe de Estado do Senegal eleito presidente e condena golpes de estado

Bissau, 07 Fev 22(ANG) – O Chefe de Estado do Senegal, eleito sábado presidente da União Africana, numa cimeira em Adis Abeba, considera os golpes de Estado em África um “grande ataque à democracia e à estabilidade institucional no continente”.

“Os Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA) elegeram sábado o Presidente do Senegal, Macky Sall, como o novo presidente da União Africana para o ano 2022”, lê-se num comunicado emitido  pela organização, que representa 55 Estados africanos.

De acordo com a mesma nota, no seu no seu discurso de aceitação, Macky Sall referiu-se às crises mais recentes do continente e afirmou: “Não esqueço o ressurgimento do fenómeno dos golpes de Estado, que constitui um grande ataque à democracia e à estabilidade institucional no continente”,

Isto numa alusão aos golpes de Estado que ocorreram no Mali, Burkina Faso, Guiné-Conacri e à mais recente tentativa na Guiné-Bissau.

A eleição de Macky Sall decorreu durante a 35.ª Sessão Ordinária da Assembleia da União, que se realiza presencialmente na sede da UA, em Adis Abeba, Etiópia, sob o tema “Reforçar a Resiliência na Nutrição e Segurança Alimentar no Continente Africano”: Reforço dos Sistemas Agro-alimentares, Saúde e Protecção Social para a Aceleração do Desenvolvimento Humano, Social e Económico”, adianta a nota.

O Presidente Macky Sall sucede na presidência rotativa da UA a Felix Antoine Tshisekedi Tshilombo, Presidente da República Democrática do Congo (RDCongo), que concluiu  o seu mandato para o ano de 2021.

A eleição do novo líder rotativo da UA, bem como a assembleia, ocorreram na sessão da abertura oficial da 35.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da UA, na presença do presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, da vice-presidente da Comissão da UA, Monique Nsanzabaganwa, de representantes das Nações Unidas e da Comissão Económica Regional, entre outros dignitários e convidados e responsáveis da UA.

A composição da nova mesa da Assembleia dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana para 2022, tal como apresentada pelo decano do Comité de Representantes Permanentes (PRC), é a seguinte: o Presidente da União Africana (UA), é o cargo ocupado pelo Presidente da República do Senegal, (região da África Ocidental). Para o cargo de primeiro Vice-Presidente da União as consultas ainda estão em curso. Já o relator será da RDCongo – (região da África Central), o segundo Vice-Presidente é da Líbia, (Região Norte); e o terceiro Vice-Presidente de Angola, (Região Sul) do continente africano

No seu discurso final, o Presidente Felix- Antoine Tshisekedi desejou ao sucessor “uma presidência bem-sucedida e agradeceu aos chefes dos Estados-membros da UA, bem como ao gabinete da UA, o apoio prestado durante o seu mandato.

Um mandato que considerou “marcado pela crise sanitária que prevalece, causada pela pandemia de covid-19”.

O Presidente da RDCongo salientou ainda assim “algumas das realizações” sob a sua presidência da União, “nomeadamente, o empoderamento económico das mulheres e dos jovens, o reforço da democracia e da boa governação, entre outros programas de desenvolvimento no âmbito da Agenda 2063”, segundo o comunicado.

Além disso, sublinhou “as iniciativas empreendidas sob a sua liderança para enfrentar os desafios da pandemia”.

No seu discurso de aceitação, o Presidente do Senegal, Macky Sall, disse “apreciar a honra, aliada à responsabilidade e confiança investidas na sua pessoa, e nos membros da nova mesa, de liderar o destino da organização durante o próximo ano”.

“Agradeço-vos e asseguro-vos do nosso compromisso de trabalhar em conjunto com todos os países membros no exercício do nosso mandato”, afirmou o novo Presidente da União.

Macky Sall prestou homenagem aos fundadores da Organização e sublinhou: “Seis décadas depois, a sua visão luminosa continua a inspirar a nossa convivência e a iluminar a nossa marcha unida em direção ao ideal da integração africana”.

“É precisamente neste espírito pan-africano que o Presidente Léopold Sédar Senghor tinha proposto, na cimeira da OUA de julho de 1964, estabelecer ‘uma autoridade política e moral permanente da Conferência de Chefes de Estado e de Governo’ para dar um impulso de alto nível à gestão dos assuntos do continente”, recordou.

O recém-eleito Presidente da União manifestou o seu apreço pelos consideráveis esforços dedicados ao serviço do continente africano realizados pelo seu antecessor e realçou: “Ao celebrar este ano o seu 20.º aniversário, a nossa União pode orgulhar-se dos progressos realizados no âmbito de grandes iniciativas como a NEPAD, PIDA, APRM, Vision 2063, a reforma institucional, a Grande Muralha Verde, a AfCFTA e, mais recentemente, a nossa resposta coordenada à pandemia de covid-19”.

“Ao mesmo tempo, os nossos desafios continuam a ser numerosos e prementes; nomeadamente nos domínios da paz e da segurança, da luta contra o terrorismo, da proteção ambiental, da saúde e do desenvolvimento económico e social”, salientou.

ANG/Inforpress/Lusa

Sublevação militar/Governo chama aos acontecimentos de 1 de fevereiro de “ignóbil  atentado terrorista contra Estado guineense”

Bissau, 07 Fev 22 (ANG) – O governo considerou os acontecimentos de 1 de Fevereiro, de “ ignóbil atentado terrorista” perpetrado contra o Estado da Guiné-Bissau, na tentativa frustrada de eliminar, fisicamente, o Presidente da República, Primeiro-ministro e os membros do executivo, reunidos em Conselho de Ministros, para consumar um golpe de Estado, através de um banho de sangue de proporções inéditas no país.

Fernando Vaz, Porta-Voz do governo, disse, em conferência de imprensa,  que assiste agora a uma tentativa de ridicularização da dramática situação.

De acordo com Vaz,  o Presidente da República esteve sequestrado, e os membros do governo estavam reféns do golpistas, plano que nunca se consumou.

Acrescentou que se assiste ainda exigências de explicações e que se faz crer, de forma hilariante, por determinado setor político, que o tiroteio resultou de um desentendimento entre o Presidente da República e o Primeiro-ministro.

 “Durante as quatro horas de tiroteio, os elementos do corpo de segurança presidencial resistiram de forma estóica e impediram a consumação dos propósitos encomendados ao grupo terrorista” salientou.

Vaz sustentou ainda que no decurso do tiroteio, o setor político e os jornais estrangeiros que habitualmente o produzem como caixa de ressonância davam como morto o Presidente da República e alguns asseguravam que o salão do Conselho de Ministros estava transformado num mar de sangue, salientando que era esse o plano delineados pelos mentores do golpe.

“Felizmente, o golpe não se consumou e personalidades estrangeiras acreditadas no nosso país e que também estavam no interior do palácio, em reuniões nos ministérios puderam testemunhar os acontecimentos, e por isso, não se conformam com as atitudes recorrentes daqueles que hoje tentam inventar cenários hilariantes para desviar as intenções.

Acrescentou que as organizações como as Nações Unidas, a União Africana, CEDEAO e muitos países no mundo não se posicionam face a um golpe de Estado de ânimo leve e de forma leviana e irresponsável como pretendem fazer crer certos setores  políticos frustrados e subversivos que têm como o único objetivo implantar o caos e a desordem no país.

Aquele responsável informou que após o bárbaro atentado terrorista, a Comissão de Inquérito está na posse de um vasto conjunto de elementos materiais que deixam claras intenção dos autores materiais e morais e que também já se sabe quais seriam os passos a seguir, caso este ato bárbaro, primário, alimentado pela cultura do ódio e da vingança tivesse surtido o resultado desejado pelos seus mentores.

“Os indícios de participação de pessoas com ligações ao narcotráfico, referidos pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló nas duas comunicações que prestou e pelo comunicado à imprensa do Primeiro-ministro são basedos em fatos reais, exaustivamente comunicados. Existem imagens e outras provas materiais que, a seu tempo, sem perturbação do inquérito, serão traduzidos a público para avaliação de todos os média de boa-fé”, referiu Fernando Vaz.

Fernado Vaz, actual ministro do Turismo e Artesanato, disse que não existe qualquer intenção de caça às bruxas ou de penalização de pessoas inocentes, justificando que, existem fatos, provas e depoimentos que coincidem com as provas materiais recolhidas pelas investigações.

O porta voz do Governo disse ainda que as novas autoridades estão empenhadas em construir , e que não há lugar para os velhos métodos do velho regime que desgovernou o país durante 40 anos.

Disse   que a democracia se baseia no império da Lei e que não reserva a ninguém o direito à impunidade. ANG/DMG/ÂC//SG

África/Malária matou quase 612 mil pessoas  em 2020, 49 mil devido à covid-19

Bissau, 07 Fev 22 (ANG) – A malária em África matou quase 612 mil pessoas em 2020, mais 68.953 face ao ano anterior, das quais 49 mil por perturbações nos programas e serviços de saúde provocadas pela covid-19, segundo um relatório divulgado hoje.


O Relatório de progresso sobre a Malária – 2021, elaborado pela União Africana (UA), a Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária (ALMA) e a Parceria RBM para o Fim do Paludismo, será hoje apresentado no âmbito da 35.ª sessão ordinária da conferência da UA, que decorre desde sábado em Adis Abeba, na Etiópia.

A apresentação do documento estará a cargo do presidente da República do Quénia e líder da Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária (ALMA), Uhuru Kenyatta.

Segundo o relatório mais recente sobre esta doença, registaram-se 232 milhões de casos de malária (96% do total global) e 611.802 mortes causados por esta doença (98% do total global) em África, em 2020.

Estes números revelam um aumento de 68.953 mortes por malária, face a 2019, com 49 mil destas mortes a serem atribuídas a perturbações dos programas de malária e dos serviços de saúde, provocadas pela pandemia de covid-19.

No início da pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tinha alertado para o risco de uma duplicação da mortalidade por malária, devido às consequentes interrupções das campanhas de pulverização e da distribuição de mosquiteiros tratados com insecticida.

O facto de este aumento se ter ficado pelos 9% reflecte as medidas tomadas pelos Estados-membros da UA para impedir o pior cenário possível.

Segundo as estimativas revistas da OMS, citadas no documento, o número de mortes por malária é significativamente mais elevado do que se julgava: 2,1 milhões de mortes adicionais em África desde 2000, um aumento de 19%.

Perante estes dados, os autores do documento concluíram que o continente africano não está no bom caminho para eliminar a malária até 2030, uma meta ambiciosa que os países almejavam alcançar.

“África não atingiu o seu objectivo de reduzir a incidência e mortalidade do paludismo em 40% até 2020, com apenas seis Estados a atingirem pelo menos um dos objectivos.

Apesar destas dificuldades, 15 Estados-Membros da UA alcançaram a sua meta para 2020 ou fizeram progressos significativos nesse sentido.

Reduziram a incidência em pelo menos 40% a Etiópia, a Mauritânia, Cabo Verde, Gâmbia e o Gana, enquanto o Essuatíni (antiga Suazilândia), a Guiné Equatorial, o Quénia, o Ruanda, o Senegal e o Togo reduziram a incidência da malária entre 25% a 40%.

O relatório refere que, em relação à mortalidade, esta foi reduzida em 40% na Etiópia, África do Sul.

O Níger, a Serra Leoa e o Togo tiveram a mortalidade reduzida (25% a 40%), enquanto Cabo Verde e São Tomé e Príncipe foram os países da UA sem mortes causadas pela malária desde 2018.

Os autores alertam para o facto de cerca de 63% das actividades dos planos estratégicos nacionais contra a malária não estarem actualmente financiados, em parte devido ao esforço mundial que foi necessário para combater a covid-19, sublinhando a necessidade de aumentar os recursos contra esta doença.

ANG/Inforpress/Lusa

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)


Politica
/APU PDGB considera a tentativa do golpe de Estado de uma “mancha” na imagem do País

Bissau, 04 Fev 22 (ANG) – A Assembleia do Povo Unido-Partido Democratico da Guiné-Bissau (APU-PDGB), considerou a tentativa de golpe de Estado, de terça-feira, uma “mancha” na imagem interna e externa do País.

Em declarações à imprensa à saída da audiència hoje com o chefe de Estado, o presidente da Comissão de Coordenação Económica da APU,  Augusto Gomes, disse que foram solidarizar-se  com o Presidente Umaro Sissoco devido ao atentado contra a sua pessoa e o Governo em geral.

"Esse ato é um ataque criminoso de malfeitores contra o Estado da Guiné-Bissau e constitui uma nódoa na imagem interna e externa do País. Estamos preocupados com isso e estamos determinados a trabalhar, por isso,  falamos na condução de um inquérito competente onde vamos ser colaboradores e ativos, se for necessário podemos trabalhar jutamente com o Presidente da República e com o Governo para poder, de fato, contribuir para a lavagem da  imagem do país, através de atos concretos”, disse.

Para Augusto Gomes, a forma como foi conduzida a tentantiva do golpe demonstra claramente que a intenção dos malfeitores era de “decapitar” o Estado da Guiné-Bissau, e diz que a  APU, enquanto partido democrático que defende principios de Estado de Direito democratico, não se compatua com esse tipo de atos.

A APU condena a tentativa de golpe de Estado que considerou de “ato cobarde e bárbaro” e diz que o povo da  Guiné-Bissau e as formações políticas  estão com o Presidente da República.

Para Augosto Gomes, a Guiné-Bissau deve continuar a viver momentos de paz e tranquilidade, por isso aconselha o Presidente da República a prosseguir  seus bons ofícios a favor de Governo para que possam fazer face aos desafios de desenvolvimento.

"Apesar deste ato ser grave devemos  manter unidos as nossas forças vivas como filhos da Guiné-Bissau que somos, para lutar contra este mal e todos os que possam ameaçar o nosso País e a nossa sociedade”, disse.

Aquele responsável disse que esse ato deve servir de oportunidade para reforçar a unidade nacional, o diálogo interno e a capacidade de estar juntos para desenvolver a Guiné-Bissau. ANG/MI/ÂC//SG

     

      Sublevação militar/UNTG lamenta perdas de vidas  de trabalhadores

Bissau,04 Fev 22(ANG) – A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné(UNTG), manifestou esta sexta-feira o  seu  repúdio ao que considera de “atrocidade e  tentativa de subverter a ordem constitucional por vias ilegais”.

Em comunicado à Imprensa, a maior central sindical do país reagia assim a tentativa de golpe de Estado ocorrida, terça-feira, em Bissau.

“A UNTG lamenta  a perda de vidas humanas, certamente de trabalhadores, pelo que expressa a sua profunda solidariedade aos familares das vítimas”, refere o comunicado.

O comunicado acrescenta que a UNTG ainda se preocupou com o facto de o acto ter ocorrido num momento em que a crise económica afecta os servidores públicos e a população em geral.

“Além de mais, muitos dos servidores públicos no sector de defesa e segurança prestam serviços ao Estado, hipoticando as suas vidas  sem nenhuma garantia salarial e nem abono de família”, lê-se no comunicado assinado pelo Secretário-geral da  UNTG, Júlio António Mendonça.

Situações como essas, refere o comunicado, preocupa a central sindical, enquanto legítimo representante dos servidores públicos e de trabalhadores em geral, e a UNTG sublinha que a luta para a mudança dessa situação só será possível  num clima de paz e estabilidade governatina na Guiné-Bissau.

No passado dia 01 de Fevereiro, um grupo de homens armados atacou com armas pesadas e metralhadoras AK-47, o palácio do Governo, numa altura em que decorria uma  reunião extraordinária do Conselho de Ministros presidida pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo.

Segundo o Governo, 11 pessoas, entre civis, miilitares e para militares perderam a vida nesse ataque ao palácio do executivo, cujo tiroteio durou cinco horas, antes de as forças de defesa e segurança assumirem o controlo da situação.ANG/ÂC//SG

Politica/PTG exorta  autoridades da Guiné-Bissau aplicação da Lei e da Ordem

Bissau, 04 Fev 22 (ANG) – O Secretário-geral do  Partido dos Trabalhadores Guineense (PTG) exortou esta sexta-feira  às autoridades nacionais a fazerem valer a Lei e a Ordem, em nome da democracia.

Em declarações à imprensa à saída de audiência com o Presidente da República,   Saliu Djaló estava assim a pedir a responsabilização criminal de eventuais implicados na tentativa de golpe de Estado, ocorrida na terça-fera passada.

“Há mãos ocultas nesta tentativa entre as quais alguns partidos politicos”, afirmou Djaló, sem identificar que partidos são.

O PTG, o mais novo partido político nacional dirigido pelo atual ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé foi ao Palácio manifestar solidariedade ao Presidente Umaro Sissoco Embaló.

"Viemos hoje ter encontro com o Presidente da República para reafirmar o nosso incondicional apoio e condenar com veemência esse ato bárbaro, praticado por pessoas ainda sem rosto. E exortamos as autoridades da Guiné-Bissau para afirmarem pela justiça e fazer em nome da democracia valer a lei e a ordem, disse”, disse.

Saliu Djaló apelou ao povo da Guiné-Bissau para , em nenhum momento,  se associar ao que chama de  “ato bárbaro”.

Para o Secretário-geral do PTG, a luta contra a corrupção, o tráfico de drogas e desordem à que o país está habituado é a razão principal para  que as pessoas desconhecidas,  com apoio de alguns partidos politicos, se actuarem contra instituições do País.

Solicitado  a apontar os portidos que acusa de envolvimento na tentativa de golpe de Estado, disse que não vai apontar nenhum partido politido,   e que a história recente da Guiné-Bissau demonstra claramente que há pessoas que se  contentaram muito com assasinatos.ANG/MI/ÂC//SG


Sublevação militar
/Juventude da CPLP condena  tentativa de mudança inconstitucional do poder na Guiné-Bissau

Bissau, 04 Fev 22 (ANG) – A Coligação da Juventude dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CJP)  condenou ,em comunicado, a  tentativa de mudança inconstitucional do poder na Guiné-Bissau. 

Segundo uma Nota à Imprensa, feita, em Luanda, a organização insta todas as forças políticas do país, bem como os grupos de infiltrados não identificados a se absterem de ações que possam provocar violência, e a procurarem uma solução política para os desacordos existentes.

A coligação diz esperar que a sociedade guineense continue a seguir o caminho de desenvolvimento estável e democrático, e refere que  qualquer grupo que queria assumir ao poder, que o faça de forma legítima, respeitando os princípios democráticos estabelecidos por lei.

A referida coligação reiterou a sua confiança e colaboração e “muita solidariedade” ao governo e  Presidente da República, e defende  que a democracia tem de prevalecer na Guiné-Bissau, e que há um Presidente eleito que deve cumprir o seu mandato.

A Coligação da Juventude dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CJP) é uma plataforma juvenil da lusofonia africana que congrega associações e pessoas singulares desses países movida pelos seus valores irreversíveis o associativismo, coragem, a neutralidade político-partidário e irmandade.

A organização intervêm nas áreas de  Pan-africanismo e integração regional, Juventude, Paz e Segurança, Liderança juvenil e participação política, Inovação e inclusão digital, Direitos humanos, Democracia e Estado de direito, Migração e desenvolvimento urbano sustentável, Igualdade de género, Saúde de adolescente e jovem, Meio ambiente e Mudanças climáticas. ANG/DMG/ÂC//SG

Havana/Cuba exige o fim do embargo dos EUA, 60 anos após sua imposição

Bissau, 04 Fev 22(ANG) - O governo cubano exigiu  quinta-feira "de forma enfática e enérgica" o fim do embargo que os Estados Unidos impuseram à ilha há 60 anos, reforçado "até limites insuspeitos" durante a pandemia de covid-19.


"A nossa denúncia continuará firme e invariável até que esta política desumana e ilegal cesse na totalidade", diz o comunicado oficial do Governo do presidente Miguel Díaz-Canel, publicado no aniversário de 60 anos da sua imposição.

Desde que Fidel Castro chegou ao poder em 1959, os 13 presidentes que passaram pela Casa Branca mantiveram "a aposta de causar o colapso económico e a insustentabilidade do projecto revolucionário", denunciou.

Seis décadas depois que o presidente John F. Kennedy emitiu a Proclamação 3447, que decretou um embargo total a Cuba e que entrou em vigor quatro dias depois, o embargo "nunca teve o menor indício de legitimidade ou justificativa moral", ressalta o texto.

No contexto da luta contra a covid-19, o embargo atingiu "limites insuspeitos de crueldade, ao impedir doações solidárias, tentando impedir o desenvolvimento de vacinas cubanas", acrescenta.

O comunicado refere-se às vacinas contra o coronavírus Abdala, Soberana 02 e Soberana Plus desenvolvidas na ilha, com as quais foram vacinadas 9,8 milhões de pessoas de uma população de 11,2 milhões.

Em 60 anos, o bloqueio causou "um custo humano incalculável" e danos de 144,4 mil milhões de dólares, reiterou o Governo, destacando que se trata de "uma violação massiva, flagrante e sistemática dos direitos humanos" dos cubanos.

O embargo, reforçado por outras leis como a Torricelli em 1992 e a Helms-Burton em 1996, "evoluiu para se tornar o acto mais complexo, prolongado e desumano de guerra económica cometido contra qualquer nação".

Cuba, que sofre com uma grave escassez de alimentos e remédios, rejeita as críticas segundo as quais o Governo usa o embargo para justificar a prolongada crise económica que a ilha vive, com um colapso de 11% do PIB em 2020, a sua pior queda desde 1993 e uma tímida recuperação de 2% em 2021.

"As medidas de coação económica atingem uma agressividade qualitativamente superior. São aplicadas medidas de guerra não convencionais", diz o comunicado, referindo-se ao reforço do embargo promovido pelo Governo de Donald Trump, que recolocou a ilha na lista de países patrocinadores do terrorismo, de onde havia saído em 2015, e aplicou 243 medidas adicionais ao embargo. ANG/Angop

 

            Covid-19/Governo decreta novo estado de alerta para 30 dias

Bissau ,04 Fev 22 (ANG) – O Governo  decretou um novo estado de alerta para um período de 30 dias , com início às 00h00 horas, do dia 04 de fevereiro de 2022, e termino no próximo dia 05 de Março às 23 '59 horas, sem o prejuízo da reavaliação da situação ao longo da vigência, se as circunstâncias assim o determinarem.

De acordo com o comunicado do Governo datado de 02 de Fevereiro, à que a ANG teve acesso, o executivo refere que o último mês da vigência do estado de alerta foi caracterizo pela gestão da quarta vaga da pandemia da Covid-19 no país tal  como na maior parte dos países do continente africano, tendo sido registados na Guiné-Bissau 877 casos positivos e sete óbitos com uma taxa de positividade de 6,3 porcento .

No documento, o Executivo salienta que tal situação traduz um aumento exponencial de casos de coronavirus numa altura em que o sector da saúde continua confrontado com uma paralização quase total, o que dificulta o processo de apuramento da realidade concreta sobre a evolução da doença no país.

Apesar de a evolução dos casos notificados da pandemia estarem a reduzir gradualmente nas duas últimas semanas, depois de se ter registado mais de 400 casos numa só semana no país, o governo, segundo o comunicado, optou pela declaração de estado de alerta, adotando medidas de incentivo à vacinação e impondo a realização de testes rápidos como condição para se ter acesso a certos locais.

No quadro do novo estado de alerta, fica proibida a realização de eventos sociais e políticos, nomeadamente Toca-Tchur, Gamô, Kussundé, funcionamento de discotecas, salas de festas, bares e outros locais de diversão, incluindo hoteis.

 “É igualmente proibida a realização de actividades políticas-partidárias, nomeadamente comícios, reuniões de base, e os mercados devem funcionar das 05:00 às 18:00 horas durante a vigência do decreto”, refere o comunicado.

As fronteiras terrestres, aéreas e marítimas manter-se-ão abertas, os voos internacionais são permitidos , estando sujeitos à observância das regras de biossegurança, sem prejuízo das regras específicas ditadas pelos departamentos governamentais competentes.

 Disse que a circulação por parte dos transportes públicos rodoviário ou fluvial fica condicionado à apresentação do cartão de vacina ou de teste com validade quinzenal.

A falta de observância das medidas, segundo o comunicado, implica uma multa que varia entre 2000 e 5000 mil francos CFA para o condutor e de 1000 fcfa para o passageiro.

O decreto permite  a prática colectiva do desporto, incluindo a realização do campeonato de futebol e as demais modalidades mediante o cumprimento das regras de higienização das mãos e desinfeção e higiene adequada aos recintos desportivas.

Em relação aos campeonatos desportivos, os recintos  devem apenas albergar 50 por cento de lotação e cumprir as observâncias das medidas de segurança, nomedamente o distanciamento físico de um metro entre espectadores, uso corecto de máscaras, a higienização das mãos e apresentação de cartão de vacina com duas doses tomadas. Em caso de não observção destas regras será aplicada uma multa de 200 mil francos CFA  à equipa e 600 mil fcfa para a entidade organizadora do evento.

O decreto indica que o acesso e permanência nas instituições públicas e privadas pelos funcionários e utentes ficam condionados ao uso correto de máscaras e apresentação do cartão de vacinação, cabendo a fiscalização ao Ministério da Função Pública, a quem compete aplicar  coimas pela violação no valor de 1000 fcfa por cada individuo e o valor se reverte para a entidadde aplicadora da multa.

O governo exorta o Alto Comissariado para a Covid-19 a intensificar os contactos com instituições privadas parceiras e sindicatos para apoio à sensibilização da população e associados.

As cerimónias fúnebres, segundo o decreto, são condicionadas a adoção de medidas contra a transmissão do SARS-COV-2, a saber: o uso  correcto de máscaras, utilização de produtos higiénicos e distânciamento fisíco de pelo menos de um metro.ANG/MSC/ÂC//SG

 

 

China/Abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim em clima de tensão geopolítica

Bissau, 04 Fev 22 (ANG) - Desde hoje e até ao dia 20 de Fevereiro decorrem em Pequim, República Popular da China, os Jogos Olímpicos de inverno, 14 anos anos depois de a capital chinesa ter acolhido em 2008 os Jogos Olímpicos de verão.

O lançamento desta competição que reúne mais de 2.900 atletas, acontece em pleno contexto de pandemia e forte tensão geopolítica, com alguns países, nomeadamente os Estados Unidos, a optarem pelo boicote diplomático dos jogos, apesar de os seus desportistas participarem na competição.

"Esplendor", foi a promessa feita pelo realizador e encenador chinês Zhang Yimou para a concepção da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de inverno de Pequim, 14 anos depois de já ter organizado as festividades dos jogos de 2008. Na altura, a cerimónia grandiosa envolveu 14 mil figurantes, bailarinos, acrobatas evoluindo no meio de fogos-de-artifício e efeitos especiais. Agora o dispositivo é, por assim dizer, mais minimalista, com "só" 3 mil artistas, devido à pandemia.

A China espera projectar uma imagem positiva com estes Jogos Olímpicos que decorrem num contexto de pandemia e de forte tensão geopolítica, com alguns países a boicotarem diplomaticamente os jogos devido à questão das violações dos Direitos Humanos naquele país.

Longe das polémicas, encontram-se contudo em Pequim vários dirigentes, nomeadamente o secretário-geral da ONU, António Guterres, assim como o Presidente Egípcio, os chefes de Estado do Cazaquistão e do Quirguistão, o Rei da Camboja, o Príncipe herdeiro saudita, Mohamed Ben Salman e, também e sobretudo um convidado de marca para o Presidente chinês, o seu homólogo russo, Vladimir Putin.

Neste que foi o primeiro encontro presencial de Xi Jinping com um dirigente estrangeiro desde há dois anos, ambos os líderes vincaram a "sua visão comum".

Os dois aliados evocaram a preparação de um novo contrato de fornecimento de 10 biliões de metros cúbicos de gás natural russo à China e, no aspecto político, Putin reafirmou "o seu apoio ao princípio de uma única China" perante as pretensões separatistas de Taiwan e tanto ele como o seu homólogo chinês marcaram a sua oposição ao alargamento da NATO e denunciaram a influência americana na Europa e na Ásia, isto numa altura em que Putin está em pleno braço-de-ferro com os países da Aliança Atlântica relativamente à crise ucraniana.

Um encontro cujo simbolismo decerto não escapará aos Estados Unidos que apesar da presença dos seus atletas na competição, optou pelo boicote diplomático juntamente com países aliados como o Reino Unido, o Canadá, a Austrália e o Japão. Por outro lado, na ausência de concertação, cada país da União Europeia adoptou posições diferentes.

A França garante o serviço mínimo com a presença em Pequim da sua ministra do desporto, Roxana Maracineanu. Já os Presidentes da Polónia e da Sérvia aceitaram o convite de Pequim.

Entretanto, a milhares de quilómetros da China, centenas de tibetanos concentraram-se junto da sede do Comité Olímpico Internacional em Lausanne na Suiça, para protestar contra o que apelidam de "jogos da vergonha" e tem havido apelos à manifestação por todo o mundo hoje para denunciar o tratamento reservado aos opositores e às minorias na China. ANG/RFI

 

Política/CEDEAO decide enviar força militar â Guiné-Bissau para apoiar a estabilização do país

Bissau, 04 Fev 22 (ANG) – A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prometeu para breve enviar uma força militar á Guiné-Bissau, com vista a apoiar a estabilização do país.

A decisão foi tomada, quinta-feira, durante a cimeira extraordinária dos Chefes de Estados e de Governos de CEDEAO, que decorreu em Accra, capital do Gana.

Segundo o comunicado final, à que a Agência de Notícias da Guiné (ANG) teve acesso, a cimeira analisou os recentes  acontecimentos políticos registados  na Guiné-Bissau, Burkina Faso e Mali,  visando a  restauração da ordem consttucional nestes três paises.

A mesma nota revela  que, as autoridades da CEDEAO foram informadas pela ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros, Coperação Internacional e das Comunidades Suzi Carla Barbosa, sobre as circunstâncias da tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau, ocorrido no passado dia 01 de Fevereiro.

“A CEDEAO condenou de imediato, e manifesta a sua solidariedade para com o Presidente Umaro Sissoco Embaló e ao povo guineense”, lê-se no documento.

Perante esta situação, refere o comunicado, a CEDEAO decide  enviar uma força militar a Guiné-Bissau para assegurar a estabilidade do país.

A CEDEAO reitera no comunicado  o seu compromisso de manter-se firme na proteção da democracia e da liberdade na região, e também  a sua posição resoluta de defender o principio de “Tolerância zero” à ascensão ao poder por meios inconstitucionais, conforme consagrado no protocolo Suplementar da organização  de 2001, sobre a democracia e boa governação. ANG/LLA/ÂC//SG

 

 

Moçambique/PR diz que guerra contra terrorismo entrou em fase "decisiva"

Bissau, 04 Fev 22(ANG) - O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse quinta-feira que a luta contra "o terrorismo" entrou numa fase "decisiva" no norte do país, assinalando que a acção militar das forças conjuntas permitiu a intensificação do cerco e perseguição dos grupos armados.


"Este ano, celebramos esta efeméride num momento decisivo na luta contra o terrorismo que ocorre nos distritos do norte desta província de Cabo Delgado", afirmou Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano falava durante o discurso alusivo às comemorações do Dia dos Heróis Nacionais, na sede do distrito de Mueda, província de Cabo Delgado, e que contou com o seu homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa, como convidado de honra.

As acções militares das Forças de Defesa e Segurança (FDS), grupos paramilitares de voluntários, a missão militar da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) e das tropas do Ruanda permitiram o cerco e a perseguição dos grupos armados, acrescentou Filipe Nyusi.

"Nesta luta, continuamos a ter heróis anónimos, os melhores filhos desta pátria, que dia e noite e juntos com outros jovens dos países irmãos da SADC e do Ruanda, entregam as suas vidas para assegurar a integridade do nosso país e o estabelecimento da paz e da tranquilidade", enfatizou Nyusi.

Os insurgentes que protagonizam ataques em Cabo Delgado, prosseguiu, são uma ameaça à liberdade, tranquilidade e desenvolvimento de Cabo Delgado e de todo o país.

Evocando o facto de estar a discursar ao lado de um monumento em memória aos combatentes da guerra contra o colonialismo português, Filipe Nyusi apelou aos moçambicanos para se inspirarem na bravura dos heróis que lutaram pela independência do país em 1975.

"A partir desta terra, os moçambicanos deram passos decisivos e galvanizaram o acender da chama para que hoje fôssemos independentes", enfatizou.

O chefe de Estado moçambicano assegurou que as autoridades estão empenhadas na criação de condições para o regresso da população para as zonas recuperadas dos grupos rebeldes.

"'Nós não nascemos para viver em tendas'", disse Nyusi, reproduzindo o que disse ser os desabafos das populações acolhidas em centros de deslocados de guerra.

Referindo-se ao actual momento da pandemia de covid-19, Filipe Nyusi frisou a importância da vacinação e das medidas de prevenção de covid, observando que a pandemia a ser continua um desafio, apesar da redução do número de infecções e de óbitos nas últimas semanas no país.

Falando nas comemorações do Dia dos Heróis Nacionais, o Presidente sul-africano destacou o apoio de Moçambique na luta contra o antigo regime racista do "apartheid" na África do Sul, assinalando a unidade entre os dois povos.

"Os heróis moçambicanos entenderam que Moçambique nunca estaria livre sem a liberdade da África do Sul e, por isso, o povo sul-africano é eternamente grato ao povo irmão de Moçambique", frisou Cyril Ramaphosa.

Ramaphosa está em Moçambique para visitar as tropas da missão militar da SADC envolvidas no combate aos grupos armados na região norte do país lusófono.

O Estado moçambicano consagrou o dia 03 de Fevereiro como Dia dos Heróis em homenagem ao fundador da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Eduardo Mondlane, assassinado nesta data em 1969.

Mondlane morreu quando uma bomba escondida num livro que tinha nas mãos explodiu.

A Frelimo atribuiu o atentado à Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), entidade do regime colonial português.

A escolha do distrito de Mueda para as comemorações do Dia dos Heróis deve-se ao facto de em 16 de Junho de 1960 a polícia colonial portuguesa ali ter aberto fogo contra pessoas que contestavam a dominação colonial, matando cerca de 600 pessoas.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.

Desde Julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes. ANG/Angop

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)